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Ibovespa dá sinais de queda para realizar lucros. Veja se você deve se preocupar, segundo 3 analistas

29 nov 2023, 17:46 - atualizado em 29 nov 2023, 17:46
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Acabou a fartura do Ibovespa? Para analistas gráficos, eventual queda não será fim do mundo (Imagem: REUTERS/ Carla Carniel)

Depois de uma disparada de 12,43% entre 30 de outubro e ontem (28), o Ibovespa dá sinais de esgotamento e pode virar para queda, com os investidores realizando lucros no curto prazo, antes que venha o tão esperado rali de fim de ano. A avaliação é reforçada pelo fato de que o índice encontra dificuldade para ultrapassar a região dos 126.500 pontos.

O Ibovespa respeitou essa marca em três dos últimos quatro pregões, e tudo indica que fechará esta quarta-feira (29) no mesmo patamar. Por volta das 17h42, a principal referência da Bolsa brasileira operava praticamente em queda de 0,31%, nos 126.144 pontos.

Se isso se confirmar, sua curva terá formado um padrão chamado pelos analistas técnicos de “topo duplo”. Para Ernani Reis, Henrique Colla e José Rosalen, que compõem a equipe de grafistas da Ágora Investimentos, essa formação reforçaria “a leitura de perda de força e possível realização no curto prazo.”

“Um possível movimento de realização à frente é possível, mas nada que coloque em risco o cenário atual”, afirmam Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, que formam a equipe de grafistas do Itaú BBA. Para o trio, mesmo que o Ibovespa caia para os 119.800 pontos, ou até mesmo para 118.000 pontos, permanecerá num “patamar que mantém o índice em tendência de alta”.

Ibovespa: Qual seria o tamanho da queda, antes do rali?

Mas, se a realização de lucros vier, até onde o Ibovespa pode cair, antes de ativar o botão nitro e disparar um rali de Natal?

Na média de três casas (Ágora, Itaú BBA e Genial Investimentos), o primeiro suporte está 1,38% abaixo dos 126.538 pontos com que a Bolsa fechou ontem, isto é, em 124.786 pontos. Na análise técnica, um suporte é um ponto da curva de sustentação do preço do ativo. Se respeitado, pode fazer com que a cotação ande de lado, ou, no melhor cenário, volte a subir.

Casa Fechamento* 1º Suporte % Queda** 2º Suporte % Queda**
Ágora 126.538 124.817 -1,36 123.018 -2,78
Itaú BBA 126.538 124.700 -1,45 122.700 -3,03
Genial 126.538 124.840 -1,34 122.260 -3,38
Média 126.538 124.786 -1,38 122.659 -3,07
* em 28/nov
** sobre 28/nov

Se o suporte é ultrapassado, abre-se espaço para uma queda ainda mais acentuada. Neste caso, na média das três casas, o próximo suporte estaria em 122.659 pontos, o que representaria um recuo de 3,07% sobre o último pregão.

Na ponta de alta, caso o Ibovespa encontre forças para furar o primeiro teto, na região dos 126.875 pontos, poderá acelerar os ganhos até os 130.048 pontos, equivalente a uma valorização de 2,77%.

Casa Fechamento* 1ª Resistência % Alta** 2ª Resistência % Alta**
Ágora 126.538 126.605 0,05 129.524 2,36
Itaú BBA 126.538 126.875 0,27 131.000 3,53
Genial 126.538 126.875 0,27 129.620 2,44
Média 126.538 126.785 0,20 130.048 2,77
* em 28/nov
** sobre 28/nov

No geral, os analistas técnicos, cuja metodologia procura captar tendências de curtíssimo prazo, mostram otimismo com o índice, mesmo diante de uma eventual realização de lucros nos próximos dias. “A percepção de melhora no mercado de ações, após a reunião sobre a taxa básica de juros nos EUA, segue presente nos mercados. Assim, foi dada a largada para o rali de fim de ano”, sublinha a equipe do Itaú BBA.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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