Sem negociações na B3, Ibovespa em dólar (EWZ) tem leve queda; divisa norte-americana sobe ante moedas globais

Com as negociações suspensas na B3 pelo feriado do Dia do Trabalho, o Ibovespa em dólar encerrou a sessão em leve queda nesta quinta-feira (1º). O iShares MSCI Brazil (EWZ), que é um fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) negociado na Bolsa de Nova York (NYSE) que replica o desempenho do mercado acionário brasileiro, registrou baixa de 0,55%, a US$ 26,89.
Entre os pesos-pesados, os recibos de ações (ADRs) de Vale (VALE) negociados na NYSE caíram 0,70%, a US$ 9,24. Já os papéis ordinários de Petrobras (PBR) subiram 0,49%, a US$ 11,35 e os referenciais (PBR.A) avançaram 0,85%, a U$ 10,65 — apoiados pela alta de quase 2% do petróleo Brent.
O Ibovespa (IBOV) não operou nesta quinta-feira (1º), após encerrar próximo da estabilidade na véspera (30), no nível dos 135 mil pontos. As negociações serão retomadas amanhã (2).
No exterior, as bolsas da Alemanha, França e Hong Kong também tiveram as operações pausadas hoje.
Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street fecharam em alta, mesmo com a liquidez reduzida dos mercados, impulsionados pela expectativa de negociações das tarifas de Trump e resultados trimestrais acima do esperado de Microsoft e Meta. Por lá, o feriado do Dia do Trabalho será apenas em 1º de setembro.
Dólar avança
O dólar ganhou força nesta quinta-feira (1º) frente as principais moedas globais e recuperou o nível dos 100 mil pontos, no maior nível desde 11 de abril. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, que compara a divisa norte-americana com uma cesta de seis moedas como euro e iene, subia 0,70%, 100.155 pontos.
A moeda foi beneficiada por uma combinação de fatores: dados de manufatura dos Estados Unidos e fraqueza do iene após a decisão do Banco Central do Japão (BoJ).
O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria norte-americana caiu de 49,0 em março para 48,7 em abril, contrariando as expectativas de uma queda maior, a 48. O dado foi divulgado pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM).
Mesmo com o resultado melhor do que o esperado, um PMI abaixo de 50 indica contração no setor manufatureiro, que representa 10,2% da economia dos EUA.
No Japão, o BoJ manteve os juros inalterados, a 0,5%, pela segunda vez consecutiva e também cortou a projeção de crescimento do país de 1,1% para 0,5% — considerando o encerramento do ano fiscal em março de 2026.
Em coletiva de imprensa após a decisão de hoje, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, disse que o BC japonês pode fazer novas revisão nas estimativas de crescimento econômico novamente, a depender do impacto das tarifas impostas pelo governo Trump.
“Dado um grau relativamente baixo de certeza em nossa perspectiva, há uma chance considerável de que tenhamos de ajustar nossas previsões, dependendo de mudanças em fatores que incluem tarifas”, afirmou Ueda.