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Ibovespa em 131 mil pontos e 5 setores bombando: as previsões do Banco Safra para 2021

09 dez 2020, 13:12 - atualizado em 09 dez 2020, 13:12
Aliansce Sonae-Shoppings
Reabertura: fim da pandemia deve impulsionar ações de shopping centers, segundo o Safra (Imagem: Aliansce Sonae/Divulgação)

O Ibovespa tem condições de encerrar 2021 em 131 mil pontos, o que embute uma alta potencial de 15% sobre os 113.793 pontos com que fechou o pregão de ontem (8). A estimativa foi apresentada pelo Banco Safra, em relatório assinado por Luis Azevedo, Cauê Pinheiros e Silvio Dória.

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“Temos uma visão otimista para a bolsa, uma vez que estamos próximos de uma vacina viável contra o Covid-19, que deve gerar imunidade para população e colocar um fim na pandemia e seus efeitos negativos para a economia até meados do ano que vem”, afirmam os analistas.

Além do fim da pandemia, o Safra espera um crescimento mundial mais acelerado, puxado pela recuperação dos preços das commodities. A posse do democrata Joe Biden, nos Estados Unidos, também deve contribuir para distensionar o cenário internacional, ao abrandar a guerra comercial com a China. O efeito positivo será uma reabertura de mercados para o comércio.

O Safra acrescenta que a imagem dos emergentes está melhorando, e os investidores estrangeiros começam a retornar à B3 (B3SA3). O banco lembra que, apesar de o fluxo acumulado no ano ainda estar negativo, a dona da Bolsa brasileira detectou forte entrada de estrangeiros nos últimos dois meses.

Dois critérios

Para chegar ao preço-alvo de 131 mil pontos para o Ibovespa em 2021, o banco combinou a análise de múltiplos com uma análise bottom up (que parte das estimativas para empresas e setores específicos). Pelos múltiplos, o preço-alvo encontrado foi de 125.921 pontos. Já pelo método bottom up, a estimativa ficou em 136.178 pontos.

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A rotação de papéis também foi considerada pelos analistas, que notaram uma migração dos investidores, no mês passado, para setores mais tradicionais, como petróleo e gás, siderurgia e mineração e construção civil. Para o Safra, o movimento sinaliza que o mercado já se posiciona nos papéis que devem se beneficiar com o fim da pandemia.

(Imagem: Reprodução/ Banco Safra)

Os setores com maior potencial de alta no ano que vem, segundo o banco, são: transportes (valorização estimada de 59%); telecomunicações (+42%); educação (+42%); shopping centers (+38%); e setor financeiros (+38%).

Por último, o Safra alerta para o óbvio: tais projeções podem ser comprometidas por uma série de riscos, como um crescimento econômico abaixo dos 4% estimados para 2021; a incapacidade do governo de controlar a dívida pública; novas ondas de contágio do coronavírus; aumento de impostos para cobrir as contas do governo, entre outros.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.