Mercados

Ibovespa inverte tendência após rumor de saída de Moro e cai 1,26%

23 abr 2020, 17:18 - atualizado em 23 abr 2020, 17:53
Sergio Moro
O Ibovespa caiu 1,26%, a 79.673,39 pontos, após ter fechado na véspera no maior nível em quase três semanas (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quinta-feira, diante de rumores de um possível pedido de demissão do ministro Sergio Moro e perda de fôlego no otimismo global em relação à recuperação esperada após a crise do coronavírus.

Bolsonaro e Moro tiveram uma reunião mais cedo no Palácio do Planalto em que o assunto foi tratado, disse a fonte.

O titular da Justiça –conhecido nacionalmente por seu trabalho como juiz da operação Lava Jato— não pediu demissão do cargo, segundo a assessoria de imprensa do ministério.

Valeixo foi uma escolha pessoal de Moro para comandar a PF desde o início do governo, em janeiro do ano passado.

O Ibovespa caiu 1,26%, a 79.673,39 pontos, após ter fechado na véspera no maior nível em quase três semanas. O giro financeiro da sessão somou 24,7 bilhões de reais.

Após ter chegado a flertar com os 82 mil pontos no começo da sessão, estendendo o rali da véspera, o Ibovespa foi perdendo força, mirando os mercados externos.

Participantes do mercado entendem que uma saída de Moro pode gerar mais tensões políticas dentro do governo e piorar a avaliação do próprio presidente. Moro está entre os ministros mais bem avaliados pela população.

“A bolsa perdeu mais de mil pontos em segundos”, disse Henrique Esteter, analista de research e equity sales na Guide Investimentos.

O mercado também observou dados econômicos do exterior. Cerca de 4,4 milhões de pessoas solicitaram auxílio-desemprego nos Estados Unidos, número pouco acima da previsão de pesquisa da Reuters, mas que mostra uma desaceleração no movimento.

Também chamou atenção a queda na atividade industrial dos EUA, com o PMI preliminar despencando a 36,9, nível mais fraco desde março de 2009, ante 48,5 em março. Economistas esperavam recuo para 38,0 em abril.

Em Wall Street, o S&P 500 recuou 0,05%.

Destaques

Petrobras (PETR3) avançou 1,19%, diante de nova alta forte dos contratos futuros do petróleo após troca de farpas entre o presidente norte-americano Donald Trump e representantes do governo iraniano.

Bradesco (BBDC4) caiu 1,43%, com o setor bancário também muito volátil. Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 2,81%, Itaú Unibanco (ITUB4)  e Santander (SANB11) desvalorizaram 1,43% e 1,22%, respectivamente.

CVC Brasil (CVCB3) recuou 6,26%. O maior grupo de viagens do país anunciou que contratou o Itaú BBA para realizar um possível processo de capitalização da companhia.

Iguatemi (IGTA3) avançou 3,44%, após anunciar medidas para reduzir o impacto causado pelo coronavírus. brMalls (BRML3) subiu 1,34%.

IRB (IRBR3) perdeu 8,5%, um dos piores desempenhos do dia, após cancelar projeções para 2020 diante das incertezas geradas pela pandemia de Covid-19.

Dólar

dólar fechou acima de 5,50 reais pela primeira vez nesta quinta-feira, batendo recordes históricos pelo segundo dia consecutivo diante do clima de incerteza no mercado doméstico do lado político e econômico.

O dólar à vista fechou em alta de 2,19%, a 5,5278 reais na venda, novo recorde histórico nominal e na maior valorização percentual desde o fim de março.

Na B3 (B3SA3), o dólar futuro tinha ganho de 1,16%, a 5,5280 reais, às 17h06.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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