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Ibovespa futuro opera em leve alta com foco nas negociações comerciais

10 out 2019, 9:30 - atualizado em 10 out 2019, 9:49
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Ibovespa futuiro opera em alta de 0,17% (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Por Investing.com 

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A falta de clareza sobre o rumo das negociações comerciais entre EUA e China recomenda cautela aos investidores durante a tomada de decisão na alocação da carteira, o que deixa os índices no exterior sem direção clara.

O índice Ibovespa Futuros, com isso, abre com leve alta de 0,17% a 101.495 pontos. Já o dólar opera com leve baixa de 0,11% a R$ 4,1043.

Além das negociações comerciais entre EUA e China, a repercussão da ata da última reunião de política monetária do Fed continua no foco do investidor em relação à cena externa.

No Brasil, a aprovação na Câmara do projeto de lei que divide os recursos do leilão da cessão onerosa entre Estados e municípios abre caminho para a votação do 2º turno da reforma da Previdência no plenário do Senado. Além disso, a deflação no IPCA de setembro deve continuar a revisão da extensão do atual ciclo de flexibilização monetária promovido pelo Banco Central.

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Cenário interno

Cessão onerosa

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira o projeto de lei que estabelece as regras de divisão entre Estados e municípios dos recursos oriundos do megaleilão de petróleo do pré-sal de 6 de novembro, e encaminhou a matéria para o Senado.

A forma de divisão dos recursos foi o principal embate do projeto de lei (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O dinheiro a ser repartido é uma parte do chamado bônus de assinatura, que totaliza R$ 106,6 bilhões. A forma de divisão dos recursos foi o principal embate do projeto de lei, que chegou a adiar a votação do 2º turno da reforma da Previdência no Senado, antes agendada para hoje e que foi adiada para o dia 22.

O projeto aprovado ontem manteve a destinação de 15% para Estados e 15% para municípios, além da previsão de 3% da fatia da União para Estados produtores, mas alterou a forma de rateio entre os entes.

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No caso dos Estados, dois terços dos recursos serão partilhados pelos critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE), enquanto o um terço restante levará em conta regras da Lei Kandir e do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX). Para os municípios, fica valendo a forma de distribuição definida pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Deflação do IPCA em setembro e a Selic

O IBGE divulgou ontem que o índice oficial de inflação, o IPCA, foi negativo em setembro, fechando com queda de 0,04%, enquanto no acumulado de 12 meses ficou em 2,89%. O índice anualizado ficou abaixo do centro da meta de inflação de 4,25% e próximo a margem baixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para acima ou para baixo.

O índice anualizado ficou abaixo do centro da meta de inflação de 4,25% (Imagem: Pixabay)

O ministro da Economia Paulo Guedes disse ontem, após a visita institucional ao jornal Folha de S.Paulo, de que o cenário de inflação baixa permite a redução de juros no país, além de ressaltar que a economia está começando a crescer.

A deflação em setembro deve promover revisão da extensão do atual ciclo de afrouxamento monetário. Ontem, a equipe de economistas do UBS revisou a projeção da taxa básica de juros para o fim de 2019, de 4,75% para 4,5%.

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O Banco Central retomou o ciclo de baixa da taxa básica de juros na reunião de julho, quando reduziu em 0,50 ponto percentual a Selic de 6,5% ao ano para 6%, primeira queda desde março de 2018. A reunião de setembro promoveu outro corte de 0,50 ponto percentual, com o mercado precificando nova redução de 50 pontos-base para a reunião deste mês.

Cenário externo

Fed

A maioria das autoridades do Federal Reserve defendeu a necessidade de cortar os juros em setembro, mostrou a ata da última reunião do banco central dos Estados Unidos, mas elas estão cada vez mais divididas sobre a trajetória futura da política monetária.

A ata da reunião, divulgada nesta quarta-feira, também mostrou que o Fed concordou que precisará em breve discutir se vai aumentar o tamanho de seu balanço, na esteira de turbulências no mercado monetário de curto prazo.

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Em sua reunião em 17 e 18 de setembro, as autoridades do Fed decidiram, em uma votação de 7 a 3, reduzir os custos dos empréstimos em 0,25 ponto percentual para um intervalo entre 1,75% e 2,00%.

Autoridades do Federal Reserve defendeu a necessidade de cortar os juros em setembro (Imagem: Andrew Harrer/Bloomberg)

Enquanto todos se tornaram, em geral, mais preocupados com riscos associados às guerras comerciais do governo Donald Trump, particularmente com a China, com a desaceleração do crescimento global e com outros acontecimentos, como o Brexit, eles discordaram sobre o significado disso para a economia norte-americana.

Várias autoridades acreditavam que seria prudente para o Fed cortar os juros como medida de proteção contra os riscos, enquanto várias outras disseram que as perspectivas econômicas dos EUA não justificavam o corte nos juros.

Várias autoridades observaram que os modelos estatísticos sugeriram que a probabilidade de uma recessão no médio prazo aumentou nos últimos meses e vários alertaram que o mercado de trabalho em 2019 pode ter sido menos forte do que se pensava, de acordo com as revisões preliminares do Bureau of Labor Statistics.

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Negociações comerciais EUA-China

As negociações comerciais entre a China e os EUA com representantes de alto escalão dos dois países devem ser retomadas em Washington após um hiato de dois meses.

Com os dois lados aumentando a pressão no início desta semana com medidas contra a NBA, de um lado, e os fabricantes chineses de equipamentos de vigilância, de outro, a chance de uma aproximação maior é quase zero, o que significa que os próximos dois dias serão principalmente um exercício de diminuição de danos.

A chance de uma aproximação maior é quase zero, o que significa que os próximos dois dias serão principalmente um exercício (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

Há divergência de informações veiculadas na imprensa econômica internacional, que ouviu diferentes fontes a par do assunto, sobre o humor dos dois lados e as propostas envolvidas nas negociações. A Bloomberg aponta uma probabilidade de um acordo provisório que poderia levar a novo adiamento do aumento programado nas tarifas no lado americano.

A agência também cita que os EUA avaliam propor um pacto cambial com os chineses como parte do acordo parcial, assim suspendendo a próxima rodada de aumento de tarifas. Vale ressaltar que o iuan chinês se desvalorizou ao longo de 2019 após o início da disputa comercial, rompendo a barreira simbólica de 7 iuan por dólar, última vez atingida durante a crise financeira de 2008.

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A Bloomberg também divulgou que, após a proposição do pacto cambial, que os EUA vão aprofundar discussões sobre questões como transferência forçadas de tecnologia e propriedade intelectual, temas que os chineses não vão abrir mão para negociar, já que são pilares do seu desenvolvimento econômico.

No entanto, o jornal chinês South China Morning Post e a americana Fox minimizaram a chance de acordo. Os dois veículos citaram autoridades dizendo que as negociações podem ser interrompidas após um dia.

Mercado Corporativo

Enel

A italiana Enel (ENEI) deve voltar a estudar oportunidades de aquisição de ativos de distribuição de energia no Brasil em 2020, à medida que avança na integração a seus negócios da antiga Eletropaulo, comprada em 2018 e renomeada para Enel São Paulo, disse nesta quarta-feira o presidente global do grupo europeu, Francesco Starace.

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A Enel, que possui distribuidoras também no Ceará, Rio de Janeiro e Goiás, está de olho em concessionárias que teriam sinergias com suas operações e sobre as quais há expectativa de privatização ou mudança de controle, como a Light (LIGT3), que atua na região metropolitana do Rio, e a CEB (CEBR3), estatal de Brasília.

Segundo Starace, a integração da ex-Eletropaulo junto à Enel tem sido mais rápida do que o esperado inicialmente, o que possibilitará à companhia voltar a avaliar negócios no setor no próximo ano.

A Enel também pretende em 2020 avançar em sua estratégia para a distribuidora paulista com um plano para digitalização das redes da elétrica que fornece energia na região metropolitana de São Paulo, região mais rica do país.

Magazine Luiza 

A varejista Magazine Luiza (MGLU3) selecionará em novembro startups com soluções digitais que a ajudem a melhorar a experiência do cliente tanto no comércio eletrônico quanto nas lojas físicas.

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A iniciativa surge num momento em que as rivais ampliam investimentos em tecnologias para superar desafios logísticos e expandir operações além do varejo tradicional em meio à concorrência cada vez mais acirrada com gigantes internacionais como Amazon.com (AMZN) e Mercado Livre.

Vinte startups serão pré-selecionadas para apresentarem seus serviços em 6 de novembro. O Magazine Luiza  deve escolher pelo menos cinco delas para contratação, disse à Reuters a gerente de serviços digitais, Juliana Silva.

O Magazine Luiza  deve escolher pelo menos cinco delas para contratação (Imagem: Divulgação Magazine Luiza)

De acordo com ele, a Magazine Luiza não tem limitações de orçamento para contratação dos serviços e pode até mesmo avaliar a compra de alguma das startups posteriormente se a parceria se provar bem sucedida.

Nos últimos três anos, a varejista comprou cinco startups por valores não revelados, incluindo a LogBee, de soluções logísticas, e a Softbox, de ferramentas digitais.

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No fim de junho, a companhia tinha uma posição de caixa de aproximadamente 800 milhões de reais.

Carrefour Brasil

O Carrefour (CRFB3) Brasil firmou um acordo que transfere a administração de todos os seus 17 supermercados na região metropolitana de Belo Horizonte para a rede mineira Super Nosso, em um movimento que busca explorar as peculiaridades de mercados regionais em um país de proporções continentais.

A subsidiária brasileira do grupo francês Carrefour SA converterá todos os 17 supermercados que opera no Estado de Minas Gerais para marca Super Nosso dentro de um ano, informou a companhia em comunicado na noite desta quarta-feira.

Carrefour SA converterá todos os 17 supermercados que opera no Estado de Minas Gerais para marca Super Nosso dentro de um ano (Imagem: Reuters)

O Carrefour Brasil seguirá contabilizando o faturamento das 17 unidades em seu balanço, acrescentou a empresa, sem revelar os termos financeiros da transação. O Grupo Super Nosso, por sua vez, assumirá a administração de todos os 17 supermercados, elevando o número de lojas operando sob a marca própria para 49.

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Ambas as empresas investirão na conversão dos 17 supermercados, o que deve levar cerca de 12 meses, mas recusou-se a especificar quaisquer valores. Assim que as lojas forem convertidas, o Grupo Super Nosso cuidará de toda a logística, sortimento e precificação, acrescentou.

O Super Nosso é atualmente o quinto maior supermercadista do Estado de Minas Gerais, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em termos nacionais, o grupo ocupa a 17ª posição.

Petrobras 

A Petrobras (PETR4) informou nesta quarta-feira que firmou memorando de entendimentos com a norueguesa Equinor (EQNR) focado no desenvolvimento de negócios no setor de gás natural, que incluem projetos de geração termelétrica e estudos de viabilidade sobre ativos de processamento do produto e escoamento de líquidos em unidades no Rio de Janeiro.

Segundo a Petrobras, tais estudos envolveriam o Terminal de Cabiúnas, em Macaé, e o Comperj, em Itaboraí, onde há uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) em construção, ambos pertencentes à Petrobras.

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O memorando foi assinado no momento em que o governo tenta implantar um plano para quebrar o monopólio no setor de gás com o objetivo de reduzir o preço da energia. A proposta prevê a saída da Petrobras do segmento de distribuição e transporte de gás.[nL2N23W1MC]

Atualmente, a Petrobras e a Equinor são parceiras no campo de Roncador e nos blocos exploratórios BM-C-33, Dois Irmãos e C-M-709, dentre outros.

Gol 

A companhia aérea Gol (GOLL4) suspendeu voos de 11 aeronaves Boeing 737 NG para substituição de um componente após inspeções recomendadas pela agência de aviação dos Estados Unidos, FAA, informou a empresa nesta quarta-feira.

A verificação deveria ocorrer num prazo de sete dias após a descoberta das rachaduras (Imagem: Dado Galdieri/Bloomberg)

Na semana passada, a FAA determinou a companhias aéreas a inspeção de 165 aviões Boeing 737 NG por conta do surgimento de rachaduras estruturais. A verificação deveria ocorrer num prazo de sete dias após a descoberta das rachaduras, que foram encontradas em um pequeno número de aviões.

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A decisão envolve 1.911 aviões registrados nos EUA. As rachaduras foram encontradas numa parte que prende a fuselagem do avião à estrutura da asa.

Ame/Lojas Americanas

A Lojas Americanas (LAME4) informou nesta quarta-feira que seu braço de serviços financeiros Ame fechou contrato com a empresa de tecnologia para e-commerce VTEX para integração das plataformas de pagamentos.

Segundo a companhia, o acordo e demais parcerias em negociação permitirá maximizar frentes de negócios da Ame (Imagem: Renan Dantas/Equipe Money Times)

Com a integração das plataformas, os clientes poderão pagar com Ame nos sites de comércio eletrônico que usam o sistema VTEX.

Segundo a companhia, o acordo e demais parcerias em negociação permitirá maximizar frentes de negócios da Ame, mas ainda é prematuro estimar efeitos no resultado.

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Iguatemi 

A administradora de shopping centers Iguatemi informou nesta quarta-feira que vendeu sua participação de 30% no Shopping Iguatemi (IGTA3) Florianópolis por 110,25 milhões de reais.

Em comunicado, a empresa afirmou que o pagamento da transação será feito à vista, e o valor equivale a um múltiplo de 12,3 vezes o resultado operacional líquido (NOI) de 2018.

A partir de 20 de outubro, a administração do ativo será transferido para a administradora Lumine.

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