Ibovespa futuro recua 0,37%, com cruzamento de baixa entre médias; dólar futuro cai

O Ibovespa futuro (WINV25), ou mini-índice, encerrou esta segunda-feira (6) em queda de 0,37%, aos 144.170 pontos.
Segundo análise técnica do BTG Pactual, divulgada hoje mais cedo, o cruzamento de baixa entre as médias móveis no gráfico de 60 minutos já indicava uma maior predominância vendedora no curto prazo.
Apesar disso, o banco ressalta que a tendência de alta de longo prazo permanece válida enquanto o ativo não romper o suporte de 140 mil pontos.
Há um sinal positivo no gráfico que pode sugerir uma possível retomada do fluxo comprador. Para que esse movimento se consolide, o preço precisa voltar a operar acima dos 146 mil pontos.
O dólar futuro para outubro também recuou 0,60%, negociado a R$ 5,345.
A análise aponta para uma maior presença compradora, mas reforça que a tendência de baixa no médio prazo só seria revertida com o rompimento da resistência de 5.550. Um reteste na região dos 5.400 pode ocorrer caso o preço siga acima de 5.370.
O DXY, que mede a força da moeda americana frente a seis divisas globais, avançou 0,38%, aos 98.105 pontos.
Ibovespa futuro ignora bom humor internacional
O Ibovespa futuro contrariou o bom humor dos mercados internacionais e encerrou em baixa de 0,41%, aos 143.608 pontos, mesmo com a recuperação dos preços do petróleo e novos recordes em Wall Street.
Do lado fundamentalista, o destaque do dia foi o encontro virtual entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que discutiram temas econômicos e comerciais. Segundo nota do Palácio do Planalto, a conversa teve “tom amistoso” e reforçou a intenção de ambos os líderes de aprofundar o diálogo.
Trump classificou a reunião como “muito boa” e afirmou que os dois devem se encontrar pessoalmente “em um futuro não muito distante”, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
No campo econômico, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,99 bilhões em setembro, queda de 41,1% na comparação anual, mas acima da estimativa da Reuters (US$ 2,65 bilhões). O resultado foi impactado pela importação de uma plataforma de petróleo.
O Boletim Focus trouxe revisões leves nas projeções: a inflação esperada para 2024 passou de 4,81% para 4,80%, enquanto o câmbio foi ajustado para R$ 5,45 em 2025 e R$ 5,53 em 2026.