Ibovespa futuro sobe aos 162 mil pontos após pivo de alta; Dólar futuro cai e perde suporte
O Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25), ou mini-índice, fechou em alta de 0,42% nesta quarta-feira (3), aos 162.780 pontos.
Segundo a análise técnica do BTG Pactual divulgada hoje mais cedo, o contrato mantém tendência de alta nos três horizontes — curto, médio e longo prazo — apoiado pela força compradora que voltou a dominar o mercado após o teste de suporte na região dos 159.700 pontos.
O rompimento dos 160.900 pontos, na véspera, confirmou um pivô de alta no gráfico de 60 minutos para o Ibovespa futuro e abriu espaço para o próximo objetivo técnico em 164.045 pontos.
A próxima resistência a ser batida está na zona dos 164 mil pontos, enquanto as médias de 21 e 50 períodos, em 160.710 e 159.980 pontos, funcionam como principais zonas de suporte para eventuais correções.
Já o dólar futuro para janeiro de 2026 (DOLF26) caiu 0,40%, a R$ 5,342, e estourou o suporte dos R$ 5,360. O BTG aponta que o contrato permanece sob viés de baixa nos três prazos e que o rompimento dá suporte a mais quedas.
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Dólar futuro e exterior
O movimento do dólar futuro acompanhou a tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com recuo de 0,49%, aos 98.867 pontos.
A aposta do mercado de um novo corte nos juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) ganhou mais força após dados mais fracos do mercado de trabalho.
De acordo com o relatório ADP, os EUA fecharam 32.000 postos de trabalho no setor privado em novembro, após abertura de 47.000 postos em outubro (em dado revisado para cima). Os economistas consultados pela Reuters previam criação de 10.000 postos de trabalho, depois de 42.000 postos de trabalho relatados anteriormente em outubro.
Após o dado, o mercado passou a precificar 90% de chance de o Fed cortar os juros na próxima decisão de política monetária.
Ibovespa futuro e cenário interno
Do lado fundamentalista, o Ibovespa futuro acompanhou as tratativas comerciais do governo com a Casa Branca e o ambiente corporativo.
Na manhã desta quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que espera novas revogações de tarifas comerciais impostas ao Brasil pelos Estados Unidos. “Eu acho que está perto da gente ouvir uma notícia boa, além dessa notícia de tirar alguns produtos nossos da taxação que ele fez”, disse o presidente em entrevista à TV Verdes Mares, de Fortaleza.
Além disso, as movimentações corporativas também puxam o Ibovespa e o Ibovespa futuro. Para Alison Correia, analista de investimentos da Dom Investimentos, a forte distribuição de dividendos recente é um dos motivos que tem levado a bolsa brasileira a recordes nos últimos dias.
“As empresas que tem distribuído de uma forma muito forte seus dividendos, até para tentar antecipar esse repasse por conta do aumento dos tributos que vão começar a valer a partir de janeiro. Também estamos no maior nível de recompra de empresas da história”, afirmou Correia.