Ibovespa futuro sobe e fecha acima dos 150 mil pontos; Dólar futuro cai
O Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25) subiu 0,26% nesta terça-feira (28), aos 150.220 pontos.
Segundo a análise técnica do BTG Pactual divulgada mais cedo, o topo anterior, de 149.700 pontos, agora atua como suporte. As regiões de 149.350 e 148.400 também servem como suportes dinâmicos importantes para o movimento de alta atual.
O banco alerta que uma correção tática pode ocorrer nos próximos dias, o que é comum após altas fortes. Para confirmar a continuidade da tendência, é necessário romper o novo topo histórico (150.750), com o próximo em 151.285 pontos.
Já o dólar futuro caiu 0,34%, cotado a R$ 5,3650, e venceu uma resistência de suporte. A análise do BTG apontou, mais cedo, que havia uma forte disputa entre compradores e vendedores na região entre 5.400 (resistência) e 5.380 (suporte).
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O rompimento consistente dessa extremidade é considerado essencial para definir o próximo movimento direcional da moeda no curto prazo.
Dólar futuro e exterior
O movimento do dólar futuro acompanhou parcialmente a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com recuo de 0,06%, aos 98,717 pontos.
O recuo foi embalado pela expectativa de um acordo comercial entre Estados Unidos e China e pelo forte consenso de corte de juros pelo Fed na próxima reunião de política monetária.
De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o mercado precifica 99,9% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano.
Ontem (27), a probabilidade era de 97,3%.
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Ibovespa futuro e cenário interno
Do lado fundamentalista, o Ibovespa futuro acompanhou, em grande parte, o maior apetite a risco visto no exterior.
No Brasil, o debate fiscal voltou ao centro das atenções. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, se necessário, o governo pode enviar ao Congresso uma proposta complementar à isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais, evitando perda de receitas e garantindo neutralidade fiscal.
“Estamos avaliando o impacto real da medida. As projeções da IFI apontam perda de R$ 1 bilhão, o que é facilmente ajustável”, disse Haddad.
Já a Fazenda calcula um impacto maior, de cerca de R$ 4 bilhões, mas ainda dentro da margem considerada controlável.