Ibovespa futuro sobe forte e rompe resistência; Dólar futuro cai
O Ibovespa futuro para fevereiro (WING26), ou mini-índice, fechou em forte alta de 1,60% nesta terça-feira (2), aos 165.580 pontos.
Com isso, o ativo rompeu, no pregão de hoje, a resistência dos 160.545 pontos. A superação desse nível era considerada, mais cedo, essencial para retomar o impulso comprador, segundo a análise técnica do BTG Pactual.
Já o dólar futuro para janeiro caiu 0,45%, a R$ 5,3625. O BTG Pactual aponta que, apesar da queda, o contrato continua a enfrentar o suporte dos R$ 5,360. Após esse, o próximo será em R$ 5,330.
Dólar futuro e exterior
O movimento do dólar futuro acompanhou parcialmente a tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com baixa de 0,06%, aos 99.357 pontos.
Do lado fundamentalista em relação ao exterior, a expectativa de um novo corte de juros nos Estados Unidos reduziram a atratividade do dólar e reforçaram o diferencial de juros a favor do Brasil, “especialmente diante da provável manutenção da Selic em 15% ao ano, que mantém o carry trade favorável ao real”, afirmou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
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Uma reunião do Fomc está marcada para a próxima quarta-feira.
Perto do fechamento, a ferramenta FedWatch, do CME Group, mostrava 89% de chance de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) reduzir nos juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Ontem (1º), a aposta era de 86,4%.
Ibovespa futuro e cenário interno
Já no cenário interno, o Ibovespa futuro reagiu à pesquisa AtlasIntel/Bloomberg. Divulgada na manhã de hoje, ela trouxe que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em todos os cenários de primeiro turno para as eleições presidenciais de 2026. No entanto, no segundo turno, o atual presidente do Brasil teria empates técnicos com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com Michelle Bolsonaro (PL).
O levantamento ainda mostrou que a desaprovação do presidente Lula subiu desde a última pesquisa AtlasIntel — de 48,1% para 50,7%. Já a aprovação do petista caiu de 51,2% para 48,6%.
Os investidores também reagiram, em segundo plano, a novos dados macroeconômicos. A produção industrial registrou alta de 0,1% em outubro na comparação com o mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 0,5%.
Na avaliação de Sara Paixão, analista de macroeconomia da InvestSmart XP, o dado corrobora para visão de desaceleração esperada para o segundo semestre desse ano, dado a taxa de juros em patamar restritivo.