Ibovespa futuro volta a subir, supera os 152 mil pontos e deve buscar novas marcas; Dólar futuro tem leve queda
O Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25), ou mini-índice, avançou 0,30% nesta sexta-feira (31), chegando aos 152.200 pontos.
Mais cedo, a análise técnica do BTG Pactual afirmou que “o movimento comprador está muito bem definido”, com sucessivos pregões de alta e rompimento das máximas históricas.
Havia, segundo uns analistas, um objetivo nos 152.100 pontos, agora superado. As médias de 21 e 50 períodos (gráfico de 60 minutos) atuam como suportes dinâmicos, sendo o primeiro em 150.730.
O banco cita, porém, que uma correção é esperada e saudável para a continuidade do movimento. Se a tendência se mantiver, o mini-índice pode buscar outras marcas, escalando até os 153 e 154 mil pontos.
Já o dólar futuro fechou praticamente estável, com queda de 0,06%, cotado a R$ 5,3840.
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Segundo o BTG, o ativo voltou para uma zona de congestão e indefinição, entre a resistência de 5.420 e o suporte de 5.370. Para voltar a consolidar um movimento vendedor, o contrato futuro da moeda precisa voltar a operar abaixo deste patamar.
Dólar futuro e cenário externo
O dólar futuro conseguiu “fugir” da tendência vista no exterior. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, índice que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes (como euro e libra), subia 0,27%, aos 99,798 pontos.
O fortalecimento refletiu a busca por proteção após os discursos de membros do Federal Reserve, que mantiveram viva a percepção de juros altos por mais tempo.
O presidente da unidade do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que “um corte na taxa em dezembro não está garantido”, ecoando o tom de Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano.
“Direi que todas as reuniões estão em aberto, não estamos em um curso predefinido; vamos deixar que as informações nos guiem”, declarou Bostic, durante conferência do Fed de Dallas.
Apesar da cautela, o mercado ainda precifica maior probabilidade de redução de 0,25 p.p. na próxima reunião de política monetária, diante da desinflação gradual e de sinais de perda de fôlego no mercado de trabalho.
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Ibovespa futuro e cenário doméstico
O Ibovespa futuro acompanhou o índice, que foi ajudado pelos pesos-pesados da bolsa, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). Essas ações garantiram mais um dia de ganhos — e novos recordes históricos — ao principal índice da B3, impulsionados pelo rali das commodities e pelo tom positivo em Wall Street.
Entre os dados econômicos, o mercado de trabalho chamou atenção. A taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre até setembro, ligeiramente acima da mediana das projeções da Reuters, que apontava 5,5%.
Embora o número siga em patamar historicamente baixo, os analistas destacam sinais de acomodação na criação de vagas — coerente com o cenário de atividade mais moderada e juros ainda elevados.
O cenário fiscal seguiu no radar dos investidores, com expectativas sobre medidas compensatórias após as recentes propostas de renúncias e isenções tributárias, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR).