Mercados

Ibovespa: 3 fatores que fazem índice virar foguete nesta sexta-feira

01 set 2023, 13:44 - atualizado em 02 set 2023, 0:28
B3, Ibovespa, Boi magro, Queda, Ações
Pelo menos três fatores ajudam a explicar a disparada da bolsa nesta sexta-feira (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

O Ibovespa começa o mês de setembro com mudança de humor, após derreter 5% em agosto. Por volta das 13h40, o índice disparava 1,62%, a 117.616 pontos, na sessão desta sexta-feira (1º).

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A Bolsa sobe puxado por uma série de boas notícias do exterior e do cenário doméstico, com dados na China, EUA e o fiscal brasileiro no radar. Segundo analistas, o Ibovespa segue barato e se beneficia do fluxo externo positivo.

Veja seguir três dados que ajudam a explicar o desempenho do índice hoje.

China mostra vigor

O mercado acordou com o bom desempenho da atividade industrial na China. Além disso, os recentes esforços do governo local levaram o minério de ferro a uma nova alta semanal.

O Índice de Gerentes de Compra (PMI) para a indústria do Caixin/S&P Global subiu a 51 em agosto, de 49,2 em julho, superando as previsões dos analistas de 49,3. Em paralelo, o banco central disse que reduzirá a taxa de reserva cambial e bancos cortaram taxas para hipotecas.

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A Vale (VALE3) era destaque de alta, com disparada de 4,69%, a R$ 68,11.

De acordo com Victor Benndorf, da corretora que leva o seu nome, apesar do nível de atividade mostrar vigor, não é um ponto inflexão para o país asiático.

“A China soltou algumas medidas pontuais ali para estimular a economia e o setor de construção. A tentativa está aí, mas vemos o movimento como algo especulativo, e, querendo ou não, as ação de metálicas estavam muito amassadas”, discorre.

Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, lembra ainda que nas próximas semanas, mais medidas serão anunciadas. “O cenário global está ajudando bem. Os investidores até parecem que esqueceram do fiscal”, completa.

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EUA, alívio na inflação

Nos Estados Unidos, o aumento da taxa de desemprego, que avançou para 3,8%, e moderação no crescimento de salários, subindo apenas 0,2% na comparação mensal e 4,3% no acumulado dos 12 meses (mesmo ritmo de inflação), dão sinais de que o mercado de trabalho dos EUA começa a andar em um ritmo menos inflacionário.

De acordo com o economista-sênior do Inter, André Cordeiro, embora o comportamento dos salários ainda possa preocupar o Federal Reserve porque continuam em patamares elevados, há sinais de que a política monetária está desacelerando o mercado de trabalho.

Para Komura, da Ouro Preto, os dados dos EUA foram mais fracos do que o esperado.

“Isso é bom porque permite que o Fed não seja tão duro na política monetária. Os dados de emprego não vieram tão diferentes, mas a taxa de desemprego subiu e os ganhos salariais vieram abaixo das expectativas”, completa.

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PIB cresceu mais do que o esperado

A economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023 frente ao primeiro do ano. O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou acima da expectativa do mercado, que apontava para uma alta de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, o Governo entregou o Orçamento prevendo um superávit primário de 2,8 bilhões de reais no ano que vem, saldo que conta com receitas de R$ 168,5 bilhões de novas ações arrecadatórias propostas nos últimos meses, incluindo medidas ainda não aprovadas, o que levantou questionamentos de especialistas.

“Temos uma leve queda na percepção de risco local com algumas medidas do governo buscando equalizar as contas para 2024, medidas até impopulares que em teoria são negativas para a bolsa mas positiva para os cofres.

Com Reuters

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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