Ibovespa tem ‘tempestade perfeita’ nesta segunda; veja os fatores que pesam para índice

O Ibovespa despenca nesta segunda-feira (2), primeiro pregão do mês de outubro. Por volta das 13h14, o índice caia 1,22%, a 115.142 pontos.
Os papéis das duas maiores empresas da bolsa, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), atuavam como vilões do índice. Ambas as ações sofrem com a queda dos preços do petróleo e do minério de ferro, respectivamente.
Para piorar, os juros futuros subiam, puxando ações de varejistas para abaixo.
O avanço das taxas dos contratos de DI acompanhava o movimento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, conforme persistem as preocupações com um cenário de juros mais altos por mais tempo na maior economia do mundo.
O yield do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — subia a 4,6516%.
No fim de semana, o Congresso dos EUA aprovou uma proposta para estender o financiamento do governo federal por mais 45 dias, evitando uma paralisação. Mas o acordo exclui qualquer nova ajuda à Ucrânia, uma exigência fundamental dos democratas.
“Portanto, a dor de cabeça política nos EUA não acabou, mas os políticos ganharam algumas semanas para tentar encontrar uma solução melhor”, observou a analista sênior do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya, em nota a clientes.
Segundo Gabriel Córdova, assessor na iHUB Investimentos, o Ibovespa amanhece no campo negativo, com os juros longos abrindo e cenário externo mais cauteloso, fazendo com o que os investires tanto internacionais quando domésticos fiquem em alerta para as oportunidades.
“A angústia internacional pode refletir no mês de outubro, fazendo com o que os investidores internacionais saiam de Brasil e vão para renda fixa americana”, explica.
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Para a Ágora Investimentos, o último trimestre do ano começa sem um grande catalizador para os ativos locais. Como tem sido a tônica recente, os investidores vão focar nas falas de Roberto Campos Neto e Fernando Haddad referentes à questão fiscal, além dos indicadores locais previstos para os próximos dias.
Com Reuters