Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Em fevereiro, tem a primeira Super Quarta do ano

01 fev 2023, 8:04 - atualizado em 01 fev 2023, 8:18
Ibovespa inicia fevereiro atento à primeira Super Quarta do ano, quando os bancos centrais dos EUA (Fed) e do Brasil (Copom) reúnem-se (Arte: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) inicia fevereiro em grande estilo. Depois de subir 3,4% em janeiro, o principal índice acionário da bolsa brasileira tenta manter o ânimo em pleno mês de carnaval. Da mesma forma, o dólar pode vencer a resistência dos R$ 5,00, após cair quase 4% desde o início do ano.

Mas tudo vai depender do tom dos bancos centrais. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve e o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro realizam hoje a primeira Super Quarta de 2023. Outras cinco ainda estão previstas ao longo deste ano.

De um lado, a expectativa para o dia é de nova redução no ritmo de aperto da taxa de juros nos Estados Unidos. Desta vez, ao passo de 0,25 ponto porcentual. De outro, espera-se um comunicado duro acompanhando a decisão de manter novamente a Selic em 13,75%.

2023 tem mais Super Quarta

Assim, a principal dúvida dos mercados é sobre o que pode acontecer nas próximas super quartas do ano. Um novo “Fompom” está previsto já em março e ainda não se sabe se até lá haverá algum ajuste residual por parte do Fed. Investidores em Nova York apostam que o aumento de hoje seja o último.

Da mesma forma, não é certo por quanto tempo o Copom continuará segurando o juro básico “no gogó” em meio ao risco fiscal. Portanto, os encontros em maio, setembro, outubro e dezembro, além do mês que vem, quando ambos os Comitês voltam a se reunir nos mesmos dias em 2023, prometem.

No último grande encontro concomitante entre Fed e Copom de 2022, em setembro, a dose de aumento dos juros nos EUA ainda era de 0,75 pp. Já o BC local dava início ao período prolongado de manutenção da taxa. 

Resta saber, então, se tanto o Fed quanto o Copom irão viver o mesmo momento no ciclo de política monetária ainda neste ano. Contudo, enquanto se esperam cortes agressivos nos EUA a partir de meados de 2023 diante dos riscos de recessão, aqui, cresce a chance de que o próximo movimento da taxa básica seja para cima – e não para baixo. 

Com isso, as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, a partir das 16h30, e o comunicado do Copom, quando os mercados locais já estarão fechados, ajudam a traçar o plano de voo para 2023. E esses sinais devem definir a dinâmica dos mercados globais no curto prazo.

Ainda por aqui, também merece atenção a volta aos trabalhos em Brasília. O fim do recesso no Legislativo e no Judiciário deve aumentar a volatilidade nos negócios, com a pauta econômica voltando a andar, assim como a polarização política. A eleição para presidência na Câmara e no Senado eleva a temperatura no Planalto Central neste início de mês.

Mas o noticiário mais quente pode ser a brecha para o investidor local desfazer o mau humor, que já é visto como exagerado, e entrar na onda dos estrangeiros em meio ao maior vaivém dos ativos. Afinal, quando as saídas locais cessarem, tanto o Ibovespa quanto o dólar devem ter um grande alívio, em meio ao apetite voraz dos “gringos” pelo risco nos países emergentes.  A conferir.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones cedia 0,46%; o do S&P 500 caía 0,45%; enquanto o Nasdaq tinha queda de 0,39%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; nos ADRs, o da Vale caía 0,48%, enquanto o da Petrobras recuava 0,34%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha leve alta de 0,13%; a bolsa de Frankfurt oscilava com +0,01% e a de Paris, com -0,01%%, enquanto a de Londres subia 0,13%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em leve alta de 0,07%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, liderou os ganhos e subiu 1,05%; a Bolsa de Xangai avançou 0,90%;

Câmbio: o índice DXY caía 0,17%, a 101.92 pontos; o euro tinha alta de 0,25%, a US$ 1,0893; a libra subia 0,06%, a US$ 1,2324; o dólar recuava 0,22% ante o iene, a 129,83 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,484%, de 3,512% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,203%, de 4,211% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro caía 0,19%, a US$ 1.941,60 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,18%, a US$ 79,02 o barril; o do petróleo Brent tinha leve baixa de 0,06%, a US$ 85,41 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em queda de 0,29% em Dalian (China), a 870,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes. 

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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