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Ibovespa (IBOV) tem alívio com boas notícias de Credit Suisse e expectativa no cenário local

16 mar 2023, 17:20 - atualizado em 16 mar 2023, 17:20
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Ibovespa ganha ânimo, seguindo mercados globais, com boa notícia de Credit Suisse e expectativa pela nova âncora fiscal no Brasil (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Ibovespa (IBOV) teve dia de recuperação nesta quinta-feira (16), seguindo o movimento de alívio generalizado nos mercados globais.

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O principal índice da Bolsa brasileira encerrou o pregão em alta de 0,74%, a 103.434,66 pontos.

O Credit Suisse foi novamente o assunto do dia, mas, diferentemente da sessão anterior, deu ânimo às Bolsas. Após o acionista negar elevar a participação no banco por questões regulatórias, a instituição informou que o banco central da Suíça emprestará até US$ 54 bilhões para reforçar a liquidez e a confiança dos investidores.

A notícia foi muito bem recebida pelos investidores, visto que reduz os temores de contágio no setor financeiro da Europa. Mesmo assim, a postura ainda é de cautela, pois o risco ainda existe.

Segundo André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, instalou-se uma crise de confiança no mercado com relação ao sistema financeiro.

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“Enquanto houver esse perigo de que mais algum banco possa aparecer no radar, essa melhora que vemos hoje é momentânea”, diz.

As ações do Credit Suisse, negociadas na Bolsa europeia, subiram nesta quinta, após fecharem em queda de mais de 20% no pregão passado.

As incertezas quanto ao destino dos juros acabam freando o otimismo dos mercados. Mesmo em meio ao colapso do SVB Financial Group e com a situação atual do Credit Suisse, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou a elevação da sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual para controlar a inflação no bloco.

Arcabouço fiscal

No Brasil, notícias sobre o andamento da proposta do novo arcabouço fiscal estão movimentando o mercado.

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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentará nesta sexta-feira (17) o novo plano fiscal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que, posteriormente, a regra seja incluída no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

Fernandes destaca que, embora a expectativa em relação à proposta esteja contribuindo para o cenário positivo da Bolsa brasileira, ainda não há nada de concreto.

“Estamos visualizando a ‘embalagem’ do arcabouço, mas não sabemos o que realmente vai vir”, afirma o especialista, citando os discursos pró-mercado proferidos por Haddad e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Fernandes não acredita que o arcabouço deve ter uma grande limitação de despesas. Na avaliação dele, com os diversos programas assistenciais que o governo quer implementar, “acreditamos que teremos um aumento nas arrecadações via reforma tributária do que cortes de despesas substanciais com o novo arcabouço”.

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Altas e baixas

As ações da Locaweb (LWSA3) lideraram as altas do Ibovespa hoje, com salto de 13,04%. Outra empresa que subiu forte foi a CVC (CVCB3), após os últimos dois pregões de queda expressiva.

Os frigoríficos, que chegaram a ser destaque positivo do índice no início do pregão, desaceleraram. Ainda assim, mantiveram-se em campo positivo, com JBS (JBSS3) avançando 3,79% e Marfrig (MRFG3) ganhando 3,49%.

A Taesa (TAEE11) liderou as baixas. A empresa divulgou ontem à noite os resultados do quarto trimestre de 2022, apresentando tombo de mais de 90% no lucro do período.

Elevados pela notícia positiva do Credit Suisse, os bancos marcaram sessão positiva.

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Vale (VALE3) conseguiu fechar em alta de 0,37%, apesar do recuo nos preços do minério de ferro. Já a Petrobras (PETR4) recuou 0,34%.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.