Mercados

Ibovespa (IBOV): De Fed a Vale (VALE3), entenda a arrancada do índice nesta quarta (1º)

01 nov 2023, 17:12 - atualizado em 01 nov 2023, 17:30
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Ibovespa salta nesta Super Quarta; commodities levantam o índice (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) foi contagiado pelo bom humor dos mercados globais nesta quarta-feira (1º). Com o foco voltado para as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, o índice de referência da B3 saltou 1,69%, a 115.052,96 pontos.

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O Federal Reserve (Fed) anunciou a manutenção da taxa de referência de juros dos Estados Unidos na faixa dos 5,25-5,50%, em linha com o esperado. Apesar disso, o comunicado divulgado pelo banco central americano reconhece que a economia do país continua forte, embora as condições financeiras estejam mais restritivas para empresas e famílias.

Segundo Marcelo Oliveira, CFA e sócio-fundador da Quantzed, o uso da palavra “forte” para classificar a atividade nos EUA representa uma mudança relevante no comunicado.

“[As autoridades monetárias] ressaltaram que a economia segue muito ‘forte’ ao invés de “sólida”, como estava no anterior. Isso devido ao PIB e payroll que vieram acima do esperado mês passado. Na minha visão, essa mudança mostra uma preocupação com o crescimento mais forte do que o esperado da economia e ter que manter os juros altos por mais tempo”, avalia.

Diante de uma atividade econômica ainda resiliente, a possibilidade de o Fed retomar a postura contracionista não foi descartada. Ainda, Jerome Powell, chairman do banco central americano, em coletiva de imprensa pós-decisão de política monetária, disse que as autoridades não estão pensando em reduzir os juros neste momento.

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“É justo dizer que a pergunta que estamos fazendo é se devemos aumentar mais”, afirmou Powell, que reforçou os esforços do Fed em conduzir a inflação de volta à meta de 2%.

Passado o anúncio do Fed, o mercado local está na expectativa pelo resultado da reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. A aposta predominante é de um novo corte na Selic de 0,50 ponto percentual.

Roberto Campos Neto, presidente do BC, e diretores da autarquia estiveram presentes na manifestação de servidores que se desenrolou na entrada da sede do banco nesta quarta para mostrar apoio ao movimento. Os servidores estão reivindicando uma reestruturação de carreira no BC, além de uma espécie de bônus de produtividade.

Commodities lançam Ibovespa para cima

As ações de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), de maior peso no Ibovespa, ajudaram a lançar o índice para cima. Vale, principalmente, saltou 1,91%, marcando seu quinto pregão seguido de ganhos.

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Os preços elevados do minério de ferro têm ajudado na recuperação da mineradora. Outro fator positivo que explica o movimento de alta recente, segundo analistas, é a divulgação dos resultados do terceiro trimestre do ano, que vieram em linha com o esperado.

O anúncio de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) na semana passada também serviu para impulsionar a Vale na Bolsa.

Bancos, um setor de peso relevante, tiveram um pregão positivo e ajudaram a sustentar a alta expressiva do Ibovespa hoje.

Investidores repercutiram ainda os últimos resultados divulgados pelas companhias listadas. Destaque para Carrefour Brasil (CRFB3), que saltou 7,80%, apesar do tombo de quase 60% no lucro líquido do terceiro trimestre.

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Do lado das baixas, Raia Drogasil (RADL3) perdeu 3,76%. A companhia apresentou alta de 33,1% no lucro do terceiro trimestre.

*Com informações da Reuters.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.