Ibovespa (IBOV) começa semana com pregão fraco, em compasso de espera; VALE3 volta a cair

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O Ibovespa (IBOV) seguiu boa parte do pregão desta segunda-feira (30) sem direção definida, acabando por fechar perto da estabilidade. O mercado se prepara para a semana carregada de eventos, incluindo as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Em dia fraco para Vale (VALE3), o índice teve desvalorização de 0,04%, a 112.273,01 pontos. As ações da mineradora caíram 0,36%, apesar do avanço do minério de ferro na China após o feriado de Ano Novo Lunar.

Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil, avalia o movimento da Vale como uma correção, uma vez que a ação tem aproveitado bem o rali dos preços do minério de ferro.

As ações da CVC (CVCB3) tombaram 14,4% e foram destaque negativo do Ibovespa hoje. Investidores reagiram mal à notícia de desistência da aquisição da Ōner Travels pela companhia.

Na outra ponta, os papéis da Natura (NTCO3) avançaram mais de 5% em meio a rumores de que LVMH e L’Oreal estudam ofertas por uma participação da Aesop, marca que pertence à varejista de cosméticos brasileira.

As ações da Petrobras (PETR4) subiram 0,51%, mesmo com Jean Paul Prates, CEO da estatal, afirmando que a política de preços de combustíveis é assunto de governo, enquanto o setor bancário apresentou performance mista.

De acordo com Alves, da Ação Brasil, no caso do Ibovespa, existe uma grande expectativa no Brasil sobre a política econômica do atual governo, “o que acaba tirando a confiança do consumidor, do empresário e do investidor e deixa a Bolsa brasileira em compasso de espera”.

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“Como o mercado é movido por expectativas, todos estão aguardando ‘ansiosos’, só que do lado de fora e com a pipoca na mão, preferindo comprar ‘menos'”, comenta.

Fed e Copom

Os bancos centrais dos EUA e do Brasil vão divulgar nesta quarta-feira (1º) as decisões sobre o futuro das taxas de juros de seus respectivos países.

De acordo com a Guide Investimentos, as atenções estarão voltadas para a decisão do Federal Reserve (Fed).

Em nota enviada a clientes, a corretora disse que a inflação americana tem mostrado bons sinais de desaceleração, mas ainda é cedo para comemorar.

“Vários indicadores antecedentes e alguns coincidentes já apresentam sinais de recessão”, ressalta.

A Guide não descarta a possibilidade de o Fed adotar um discurso mais hawkish (agressivo em relação à inflação) para tirar as apostas do mercado de uma possível queda dos juros em 2023.

Com informações da Reuters.