Mercados

Ibovespa fica no vermelho à espera de pacote fiscal, mas NY e Petrobras (PETR4) reduz perdas; dólar sobe a R$ 5,81

21 nov 2024, 18:11 - atualizado em 21 nov 2024, 18:11
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O Ibovespa caiu brevemente aos 126 mil pontos durante o pregão; Petrobras (PETR4) e Nova York limitaram as perdas do índice (Imagem: Leung Cho Pan/Canva)

Enquanto as medidas de corte nos gastos públicos não ganham uma data para anúncio, o Ibovespa (IBOV) permanece em tom negativo. As perdas, porém, foram limitadas por Petrobras (PETR4;PETR3) e Wall Street.

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Nesta quinta-feira (21), o principal índice da bolsa brasileira caiu 0,99%, aos 126.922,11 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,8115 (+0,77%). 

No cenário doméstico, o mercado seguiu na expectativa do anúncio do pacote fiscal.

Mais cedo,  o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que há expectativa de que a redação do pacote seja finalizada nesta semana, com a data de anúncio a ser definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à GloboNews.

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Em segundo plano, a arrecadação do governo federal teve alta real de 9,77% em outubro sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 247,92 bilhões, no melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 1995. As informações foram divulgadas pela Receita Federal.

Altas e quedas na bolsa

Entre os papéis negociados na bolsa, a Americanas (AMER3) voltou a ser destaque, mas agora na ponta negativa. As ações da varejista caíram mais de 15% durante o pregão, devolvendo os ganhos das três sessões anteriores. Mesmo com a baixa, os papéis acumulam ganhos de mais de 100% no mês.

Dentro da carteira teórica do Ibovespa, Embraer (EMBR3) ficou entre as maiores altas do índice, em recuperação da sessão anterior.

Klabin (KLBN11) também foi um dos destaques após o BTG Pactual elevar a recomendação de neutra para compra e atualizou o preço-alvo para R$ 30 (anteriormente de R$ 28) — o que representa um potencial de valorização de 45,7% em relação ao fechamento anterior, da última terça-feira (19).

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Já na ponta negativa do índice, as ações cíclicas foram pressionadas pelo avanço da curva de juros futuros, com taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) acima de 13% nos contratos de médio e longo prazos. Lojas Renner (LREN3), Cogna (COGN3) e Hapvida (HAPV3) figuraram entre as maiores quedas.

Entre os pesos-pesados do índice, as ações da Vale (VALE3) operou próximo da estabilidade, com pouco tração do minério de ferro — que fechou em alta em Dalian, na China. Já Petrobras (PETR4;PETR3) avançou com o petróleo, expectativa pela aprovação do Plano Estratégico 2025-2029 pelo conselho de administração e uma eventual sinalização de dividendos.

O plano prevê, entre outras medidas, investimentos totais de US$ 111 bilhões nos próximos quatro anos.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores repercutiram novos dados do mercado de trabalho.

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Os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram 6 mil na semana encerrada em 16 de novembro, a 213 mil, segundo dados divulgados há pouco pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado contrariou as expectativas do analistas, que esperavam alta a 220 mil.

Mas as atenções ficaram concentradas em Nvidia, que divulgou o balanço do terceiro trimestre ontem (20) depois do fechamento dos mercados.

A gigante de tecnologia teve lucro líquido de US$ 19,31 bilhões no terceiro trimestre. Apesar da alta de 109% em relação ao mesmo período do ano passado, os analistas estão preocupados no aumento de 44% nos custos operacionais e na queda de 0,50 ponto percentual na margem bruta.

O Goldman Sachs, porém, reiterou a recomendação de compra e elevou o preço-alvo.

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Em segundo plano, os agentes financeiros acompanharam a escalada de tensões entre a Ucrânia e a Rússia.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,53%, aos 5.948,71 pontos; 
  • Dow Jones: +1,06%, aos 43.870,35 pontos;
  • Nasdaq: +0,03%, aos 18.972,42 pontos.
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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.