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Ibovespa: Por que índice caiu e renovou mínimas do ano, apesar de IPCA e Petrobras (PETR4)

28 maio 2024, 17:07 - atualizado em 28 maio 2024, 18:14
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Ibovespa fecha em queda de 0,58% nesta terça (28) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa caiu e renovou mínimas do ano, segundo dados da Elos Ayta Consultoria, apesar de um IPCA-15 ligeiramente melhor que o esperado e das altas nos papéis da Petrobras (PETR3;PETR4). 

O índice fechou em baixa de 0,58%, a 123.779,54 pontos. Trata-se do menor patamar desde 17 de abril, quando chegou a 124,171 mil pontos.

Apesar de um IPCA-15 ligeiramente melhor que o esperado, e apresentando nova desaceleração nos serviços subjacentes, que animou os mercados na abertura, o resultado do Governo, com um superavit de R$ 11,1 bi, veio abaixo do que o mercado esperava (R$ 12,6 bi), e apresentando novo crescimento da dívida pública, que acaba colocando em “xeque” o trabalho para tentar aliviar as expectativas de inflação, explica André Fernandes, da A7 Capital.

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Altas e baixas do Ibovespa

As ações da Petrobras reagiram positivamente à primeira entrevista da nova CEO, Magda Chambriard, realizada ontem após o pregão. Com isso, os papéis da estatal fecharam com altas de 2,13% para ações preferenciais e 1,76% para ordinárias. 

A recém-empossada CEO da petrolífera afirmou que a companhia irá respeitar os interesses de acionistas majoritários e minoritários e que se a empresa der lucro, irá pagar os dividendos. “Se der lucro e atender interesses de acionistas públicos e privados, vamos pagar dividendos”, colocou.

Com os dados bons do IPCA-15, as empresas mais sensíveis a mudanças nas taxas de juros se beneficiam. O Pão de Açúcar (PCAR3) e a MRV (MRVE3) fecharam em altas de, respectivamente, 0,97% e 2,20%.

Na ponta negativa, Azul (AZUL4) tem seu segundo dia consecutivo em queda, fechando com -4,84%. Além disso, Magazine Luiza (MGLU3) e CVC (CVCB3) também fecham em baixas, de 6,54% e 3,93%, respectivamente.

De acordo com Fernandes, da A7 Capital, a queda das três companhias reflete uma projeção do mercado de Selic mais alta em 2024.

“São empresas que estão lutando para gerenciar suas dívidas, e uma Selic mais alta acaba por impactando os resultados dessas empresas, principalmente na linha de despesas financeiras”, afirmou.

IPCA-15

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do Brasil, subiu 0,44% em maio. Apesar da aceleração em relação à alta de 0,21% em abril, o dado veio abaixo da expectativa dos analistas, que era de 0,47%.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (28), o IPCA-15 já tem alta acumulada de 2,12% no ano, e 3,70% nos últimos 12 meses.

Mas o resultado não deve ser motivo para o Banco Central relaxar no combate à inflação, de acordo com analistas. Isso porque o índice segue acima do centro da meta para este ano, que é de 3%.

Além disso, as próximas leituras do IPCA devem trazer os efeitos da catástrofe climática no Rio Grande do Sul, que deve se traduzir em preços mais altos em itens como alimentos.

*Com Vitória Pitanga e Renan Dantas