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Ibovespa (IBOV) cai junto com petroleiras e deve estender correção até os 124,8 mil pontos, segundo análise gráfica

06 dez 2023, 18:14 - atualizado em 06 dez 2023, 18:35
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Ibovespa enfrenta dia ruim sob peso de petroleiras (Imagem: Reprodução/B3)

O Ibovespa (IBOV) não escapou de queda firme nesta quarta-feira (6). Machucado pela forte correção nos preços do petróleo no exterior, o índice de referência na Bolsa brasileira apontou perdas de 1,01%, a 125.622,65 pontos.

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Com o recuo do petróleo, as ações do setor de óleo e gás foram penalizadas na sessão, com Petrobras (PETR3;PETR4) recuando 2,38% (ordinária) e 3,60% (preferencial).

Enquanto isso, PetroReconcavo (RECV3) e Prio (PRIO3) figuraram entre os destaques de baixa, que contou com BRF (BRFS3) recuando 4,34%, após o JP Morgan cortar a recomendação para neutra.

Pesou também a queda das ações da Vale (VALE3), que foi na contramão do minério de ferro. A companhia realizou recentemente o evento com investidores e analistas do mercado, com atualização de guidance para as principais linhas dos resultados, incluindo a produção de minério de ferro.

As novas projeções da mineradora vieram mais fracas que o esperado, de acordo com analistas.

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A Sabesp (SBSP3) avançou 1,49% hoje, tendo na pauta a votação da proposta de privatização no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Análise gráfica da Ágora Investimentos sugere que o Ibovespa, ao perder o suporte dos 126.605 pontos, dará continuidade à trajetória de queda até os 124.817 pontos.

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Dia de queda nos juros

As taxas futuras de juros caíram na sessão, acompanhando o desempenho dos Treasuries, que reagiram aos dados mais fracos de emprego privado nos Estados Unidos.

Segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP, foram abertos 103.000 postos de trabalho no setor privado em novembro no país. Economistas ouvidos pela Reuters esperavam criação de 130.000 vagas para o período.

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Em paralelo, os números de outubro foram revisados para baixo, de 113.000 postos de trabalho criados para 106.000.

Na avaliação de Fabio Louzada, economista e fundador da Eu Me Banco, os dados reforçam a expectativa de queda de juros pelo Federal Reserve (Fed). O especialista também lembra que a divulgação do relatório Jolts ontem animou ainda mais os investidores quanto à proximidade do ciclo de cortes de juros americano.

Agora, o mercado volta a atenção para a divulgação dos dados do payroll.

No Brasil, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), registrou uma variação de +0,50% no mês de novembro, ante +0,51% em outubro.

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Com isso, o índice acumula -3,91% no ano e -3,62% em 12 meses. Na comparação anual, desacelerou 0,18% em novembro, acumulando +6,02% em 12 meses.

*Com informações da Reuters.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.