Mercados

Ibovespa hoje: Mercados buscam direção no dia seguinte ao Fed e em meio à safra de balanços

28 jul 2022, 8:08 - atualizado em 28 jul 2022, 8:08
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Ibovespa deve ter pregão indefinido, acompanhando a falta de rumo único dos mercados no exterior, no dia seguinte à decisão do Fed e em meio à safra de balanços (Imagem: Tainá da Silva)

Os mercados internacionais amanheceram de ressaca no dia seguinte à decisão do Federal Reserve, ao mesmo tempo em que digerem a safra de balanços. Os ativos de risco não exibem um rumo único no exterior nesta manhã, deixando indefinida a direção do Ibovespa, após avançar para além dos 100 mil pontos ontem.

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Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem perdas moderadas, sendo o Nasdaq cai mais forte, em meio ao tombo nas ações da Meta (Facebook) e antes dos balanços de Apple e Amazon. O sinal negativo também prevalece nas praças europeias, após uma sessão mista na Ásia.

Nas commodities industriais, o petróleo avança ao redor de 2%, enquanto o minério de ferro subiu 3,7% em Dalian (China), em meio aos planos do governo chinês de estabilizar o setor de construção civil. Os ADRs de Petrobras e Vale são negociados em alta no pré-mercado em Nova York, antes dos balanços das blue chips, após o fechamento do pregão local.

De um modo geral, os investidores dão o benefício da dúvida ao Fed. A expectativa é de diminuição no ritmo de alta da taxa de juros dos Estados Unidos a partir de setembro. Mais que isso, crescem as apostas de interrupção no ciclo de aperto até o fim do ano – em novembro ou em dezembro.

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Prova dos 9

Ontem, o Fed mostrou-se mais atento e preocupado com o cenário para o crescimento econômico. Ainda assim, o presidente Jerome Powell afirmou que os EUA não correm o risco de entrar em recessão. Mas o Fed pode estar errado na avaliação sobre a economia – assim como estava quando avaliava um caráter “temporário” da inflação.

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Sob a crença de que os números não mentem, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre deste ano vão servir de evidência. A expectativa é de que na leitura preliminar o que, somada à retração de 1,6% no trimestre anterior, configura-se em uma recessão técnica da maior economia do mundo.

Os números efetivos serão conhecidos às 9h30. No mesmo horário saem os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA. Vale lembrar que o mercado de trabalho também acumula sinais de pressão inflacionária, vinda dos salários.

Isso significa que, ao subestimar a persistência da inflação elevada, o Fed parece tolerar uma taxa de desemprego mais alta do que se antecipa. Talvez, por isso, Powell esquivou-se em indicar os próximos passos na condução da taxa de juros.

O presidente do Fed afirmou que a decisão será feita reunião por reunião, a depender dos dados. Faltam oito semanas para a reunião em setembro, com ao menos dois relatórios de empregos (payroll) e dois de inflação ao consumidor (CPI) e muitos outros dados de atividade até lá. A conferir.

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A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros às 8h:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,18%; o do S&P 500 tinha queda de 0,28%; e o do Nasdaq recuava 0,62%;

Europa: a bolsa de Frankfurt caía 0,11%; a de Londres tinha baixa de 0,14% e a de Paris oscilava com -0,03%.

Câmbio: o DXY subia 0,37%, a 106.85 pontos; o euro caía 0,72%, valendo US$ 1,0125; a libra cedia 0,39%, cotada a US$ 1,2109; o dólar tinha leve queda de 0,73% ante o iene, a 135,61 ienes.

Treasuries: o juro da T-note de dez anos caía a 2,789%, 2,790% na sessão anterior.

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Commodities: o futuro do ouro subia 1,02%, a US$ 1.736,90 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI crescia 1,81%, a US$ 99,02 o barril, na Nymex.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.