Bula do Mercado

Ibovespa hoje tem Brasil no futebol e China nos mercados

28 nov 2022, 7:59 - atualizado em 28 nov 2022, 8:12
Notícias sobre presidente Xi Jinping, da China, e futuro governo Lula movimentam os mercados globais hoje

O Ibovespa começa a semana novamente prejudicado pelo jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo. Desta vez, a partida será no início da tarde (13h), o que tende a aguçar o vaivém do pregão ao longo do dia, enxugando a liquidez dos negócios. Ainda assim, o viés para a bolsa é negativo, em meio aos protestos na China contra a política de Covid Zero.

Uma realidade mais dura no país asiático diante das medidas restritivas para deter o avanço da covid-19 está minando o sentimento dos mercados globais nesta segunda-feira (28). Protestos foram vistos em alguns bairros de Pequim, Xangai, Chengdu e Wuhan, entre outras cidades chinesas, além de algumas importantes universidades na capital.

Há quem diga que uma “multidão” está exausta e frustrada com a estratégia de combate contra o coronavírus, cerca de duas semanas após o governo central anunciar medidas de flexibilização de testes e quarentena. Essa massa de pessoas estaria pedindo a renúncia do presidente chinês, Xi Jinping

Outros relatam que as manifestações cheiram à “revolução colorida” apoiada por forças externas, como as de 1989 e de 2019. Tem ainda uma terceira via, que relata que os protestos são pontuais e dirigidos às administrações regionais – algo bem comum na China. É o caso de Xinjiang, onde o governo local violou as regras e impôs um lockdown severo de cem dias. 

Hoje é dia de Brasil e China

O fato é que o descontentamento social na China não é majoritário, já que 80% da população chinesa apoia a Covid Zero. Desses, 45% representam os idosos, que se mostram preocupados com um eventual afrouxamento da política de combate, uma vez que boa parte ainda não foi vacinada contra a doença. 

Vale lembrar que a China privilegiou a vacinação da força de trabalho. Aliás, a maioria das pessoas que protestou durante o fim de semana está na faixa dos 20 anos. Além disso, o país vive a pior onda de contágio desde o início da pandemia, em 2020, registrando sucessivos recordes de casos diários, ao redor de dezenas de milhares – algo bem incomum para o padrão chinês. 

Seja como for, um velho conhecido volta a abalar os mercados lá fora hoje, com destaque para o tombo de mais de 3% do petróleo. Por aqui, a PEC da Transição também mantém a tensão elevada nos ativos de risco.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva chega em Brasília para tomar as rédeas do processo e bater o martelo sobre a proposta que abraça promessas de campanha já a partir de 2023. Também se espera uma definição sobre os nomes de integrantes do próximo governo, após as falas de Fernando Haddad voltarem a assustar os investidores ao final da semana passada. 

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,58%; o do S&P 500 recuava 0,83%; enquanto o Nasdaq tinha queda de 0,96%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) recuava 3,18%, a 28.64 pontos no pré-mercado; nos ADRs, Vale tinha baixa de 1,46%, enquanto o da Petrobras caía 1,94%; 

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,78%; a bolsa de Frankfurt cedia 0,81%; a de Paris tinha baixa de 0,78% e a de Londres caía 0,40%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,48%, a 105.45 pontos; o euro subia 0,72%, a US$ 1,0475; a libra oscilava com -0,06%, a US$ 1,2087; o dólar tinha queda de 1,05% ante o iene, a 137,72 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,673%, de 3,688% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,451%, de 4,480%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,52%, a US$ 1.763,20 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI recuava 3,13%, a US$ 73,90 o barril; o do petróleo Brent caía 3,17%, a US$ 81,08 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em alta de 2,10%, a 753,50 yuans a tonelada métrica.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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