Ibovespa (IBOV) alcança os 162 mil pontos de olho em juros nos EUA; 5 coisas para saber antes de investir hoje (4)
O Ibovespa (IBOV) tenta emplacar o terceiro dia de recordes consecutivos com o apetite ao risco dos investidores, na reta final do ano e na expectativa de um novo corte nos juros dos Estados Unidos.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,47%, aos 162.522,20 pontos, na máxima intradia histórica.
O dólar à vista opera em queda ante o real, na contramão da divisa no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,3057 (-0,14%).
Day Trade:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta-feira (4)
1 – Crescimento da economia
A economia brasileira cresceu menos do que o previsto no terceiro trimestre, dando sequência ao esperado enfraquecimento da atividade diante dos juros elevados no país.
O Produto Interno Bruto (PIB) teve avanço de 0,1% entre julho e setembro na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse foi o resultado mais fraco desde a retração de 0,1% vista nos três últimos meses de 2024. O resultado do terceiro trimestre também ficou aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,2% na comparação trimestral.
Em relação ao terceiro trimestre de 2024, o PIB apresentou expansão de 1,8%, contra expectativa de alta de 1,7%
No primeiro e segundo trimestres, a economia cresceu 1,5% e 0,3% respectivamente, em dados revisados pelo IBGE de 1,3% e 0,4% informados antes.
2 – Orçamento de 2026
Na noite de ontem (3), a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional aprovou o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, mantendo a meta proposta pelo governo de superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) e com liberação acelerada de emendas parlamentares.
O texto ainda estabelece que 65% do total das emendas parlamentares de execução obrigatória sejam pagas até a conclusão do primeiro semestre de 2026, ano eleitoral.
Agora o projeto, que permite que o governo persiga o piso da margem de tolerância da meta fiscal, segue para votação em sessão conjunta do Congresso Nacional.
A LDO traz as bases para elaboração do Orçamento propriamente dito, incluindo a meta fiscal e previsões de receitas e despesas. A aprovação do texto é condição para que seja votada a Lei Orçamentária Anual (LOA).
3- Caso Master
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determinou que quaisquer novas medidas e diligências relacionadas ao caso do Banco Master deverão ser submetidas ao crivo do STF até que fique definitivamente definido que instância judicial cuidará do assunto.
A decisão de Toffoli foi tomada a partir de reclamação constitucional que pedia a suspensão das investigações até que fosse definida a competência da Justiça para tocar o caso.
“Neste sentido, qualquer medida judicial há de ser avaliada previamente por esta corte e não mais pela instância inferior”, determinou Toffoli nesta quarta-feira (3).
“Novas diligências e medidas devem ser previamente submetidas ao crivo desta Suprema Corte, cuja competência originária se encontra estabelecida, até final decisão a respeito da presente Reclamação. Inclusive sobre outras investigações conexas”, decidiu o ministro.
A reclamação alega que o dono e CEO do Banco Master, Daniel Vorcaro, permaneceu 11 dias encarcerado “em razão de decisão proferida por magistrado que não detém competência para a prática do ato constritivo”.
Vorcaro foi liberado na última sexta-feira (28) após uma desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) acatar um habeas corpus.
4- Impeachment no STF
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar determinando que apenas o procurador-geral da República (PGR) pode pedir a abertura de um processo de impeachment contra ministros da corte, informou o tribunal nesta quarta-feira (3).
Na decisão, Mendes, o decano do Supremo, entendeu que trechos da Lei do Impeachment, de 1950, que tratam do impedimento de ministros da corte não estão de acordo com a Constituição de 1988. Também destacou que o instrumento de impeachment de ministros do STF não pode ser usado para tentar intimidar magistrados.
“O impeachment infundado de ministros da Suprema Corte, portanto, se insere nesse contexto de enfraquecimento do Estado de Direito. Ao atacar a figura de um juiz da mais alta corte do país, o ponto de se buscar sua destituição, não se está apenas questionando a imparcialidade ou a conduta do magistrado, mas também minando a confiança pública nas próprias instituições que garantem a separação de Poderes e a limitação do poder”, escreveu.
Em reação, o presidente do Congresso e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP) afirmou que “eventuais abusos” no uso do instrumento do impeachment não podem levar a sua anulação, ainda mais por meio de uma decisão judicial.
“Somente uma alteração legislativa seria capaz de rever conceitos puramente legais, sob pena de grave ofensa constitucional à separação dos Poderes”, disse Alcolumbre, que também defendeu a necessidade de revisão das regras para a tomada de decisões monocráticas por parte de tribunais superiores.
“Não é razoável que uma lei votada em duas Casas legislativas e sancionada pelo presidente da República seja revista pela decisão de um único ministro do STF”, afirmou o senador.
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5 – Acordo comercial
Ontem (3), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o acordo comercial entre o país, México e Canadá, conhecido como USMCA, que será revisado em breve, será deixado para expirar ou outro acordo será negociado.
Na mesma linha, o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, disse que Trump pode decidir no próximo ano retirar os EUA do USMCA, segundo o site de notícias Politico nesta quinta-feira (4).
*Com informações de Reuters