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Ibovespa (IBOV) engata 4º dia de ganhos à espera de inflação nos EUA; 5 coisas para saber antes de investir hoje (5)

05 dez 2025, 10:09 - atualizado em 05 dez 2025, 10:10
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) mantém o ritmo de ganhos e busca novos recordes nesta sexta-feira (5), em meio à espera por novos dados de inflação nos Estados Unidos e fraqueza das commodities.

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Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,14%, aos 164.686,09 pontos, próximo da máxima recorde intradia.



O dólar à vista opera em alta ante o real, na contramão da divisa no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,3120 (0,01%).

Day Trade: 

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (5)

1 – Lula e Trump

O último telefonema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou as expectativas de um novo encontro entre os chefes de Estado no início de 2026.

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Segundo informações do Valor Econômico, intelocutores do Palácio do Planato avaliam a possibiliddade de um reunião entre Lula e Trump nos primeiros meses do próximo ano, provavelmente até o mês de abril.

Apesar do otimismo, o entorno de Lula acredita que o agendamento da visita de Estado depende, essencialmente, de algum tipo de acordo mais concreto nas pautas que permanecem na mesa de negociações entre os dois países.

Ontem (4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de reuniu com Gabriel Escobar, encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, na sede da pasta. Haddad afirmou que o país norte-americano tem interesse em cooperar com o Brasil no que diz respeito a operações de combate à lavagem de dinheiro e, consequentemente, ao crime organizado.

2 – IGP-DI abaixo do esperado

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou praticamente estável em novembro, contrariando as expectativas de leve alta, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados na manhã nesta sexta-feira (5).

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No mês, o IGP-DI registrou variação positiva de 0,01%, após recuo de 0,03% no mês anterior e contra expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,18%.

Com isso, o índice passou a acumular em 12 meses queda de 0,44%.

“Ao longo do ano, esse movimento (em 12 meses) foi determinado sobretudo pela retração nos preços das matérias-primas brutas que compõem o IPA. Em novembro, porém, essa redução interanual foi parcialmente limitada pela aceleração dos preços ao consumidor, puxada pelo grupo Habitação – com destaque para aluguel residencial e tarifa de energia elétrica – e pelo grupo Recreação, influenciado pelo aumento nas passagens aéreas”, explicou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

3- Orçamento de 2026

Ontem (4),  o Congresso Nacional aprovou o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 em votação simbólica. O texto manteve a meta proposta pela equipe econômica de superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para o governo central e com uma liberação acelerada de emendas parlamentares em ano eleitoral.

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O texto, que segue para sanção presidencial, permite ao governo perseguir o piso da margem de tolerância do alvo fiscal e ainda cria uma exceção de R$ 10 bilhões à meta fiscal das empresas estatais, em meio à crise financeira dos Correios.

A jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Tesouro pode fazer um aporte nos Correios, mas somente dentro das regras atuais do arcabouço fiscal e depois de aprovado um plano de reestruturação para a estatal.

“Pode haver, o Tesouro está estudando, vamos considerar todas as variáveis para tomar a decisão”, disse Haddad. “Não tem nada a ver com arcabouço fiscal, se houver um aporte é dentro das regras atuais.”

Segundo ele, a exclusão de R$ 10 bilhões da meta fiscal das estatais na LDO foi uma ação preventiva, para permitir que o governo eventualmente faça o aporte nos Correios caso essa seja a decisão.

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4- Negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia

Nesta sexta-feira (5), o Kremlin disse que Rússia e Estados Unidos estão fazendo progressos nas negociações de paz sobre a Ucrânia e que Moscou está pronta para continuar trabalhando com a atual equipe dos EUA.

O presidente Vladimir Putin manteve cinco horas de conversações com dois enviados dos EUA na noite da última terça-feir (2)a, nas quais o Kremlin disse que aceitou alguns elementos, mas não outros, de um plano de paz elaborado pelos EUA.

Posteriormente, Putin reafirmou a exigência da Rússia de controle total sobre a região de Donbas, na Ucrânia, dizendo que Moscou tomaria a região à força, a menos que as tropas ucranianas se retirassem.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cujos esforços para acabar com a guerra até agora não conseguiram produzir um avanço, declarou que a reunião desta semana foi “razoavelmente boa”, mas que o caminho a seguir não estava claro.

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5 – EUA e China

O representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que o comércio do país com a China tem que ser equilibrado e provavelmente precisa ser menor, acrescentando que considera que uma queda de 25% no comércio de mercadorias com a China está indo na “direção certa.”

“O objetivo com a China é tornar o comércio entre os dois países mais equilibrado. Provavelmente precisa ser menor para que não dependamos tanto um do outro e precisa ser em áreas de bens não sensíveis”, disse ele à American Growth Summit em Washington.

Greer disse que as políticas do presidente dos EUA, Donald Trump, estão ajudando a alcançar um comércio mais equilibrado com a China e que a situação geral está melhor do que no início do segundo mandato de Trump, em janeiro.

“Acho que ninguém quer ter um conflito econômico total com a China, e não estamos tendo isso”, disse ele.

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*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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