Ibovespa (IBOV) abre em alta, de olho no julgamento de Bolsonaro; 5 coisas para saber antes de investir hoje (9)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (9) em alta, com a atenção dos investidores concentrada no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), retomado nesta terça-feira (9) e com previsão de conclusão até sexta.
Por volta de 10h08 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira registrava avanço de 0,28%, aos 142.183,03 pontos.
O dólar à vista operava em alta de 0,28%, a R$ 5,4345, por volta do mesmo horário.
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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (9)
1 – Julgamento de Bolsonaro
O Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento da chamada trama golpista. Os ministros devem apresentar seus votos pela absolvição ou condenação de Jair Bolsonaro e mais sete réus.
O ministro do STF Alexandre de Moraes iniciou na manhã desta terça-feira a leitura do seu voto no julgamento.
Relator da ação penal, Moraes se manifestará sobre a acusação feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e as defesas apresentadas pelos advogados de Bolsonaro e dos demais acusados.
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A expectativa é que o voto do relator seja longo, uma vez que deve enfrentar questões preliminares, contestações à delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, a eventual participação dos réus e as punições ou não de cada um deles.
O ex-presidente é formalmente acusado de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; participação em organização criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.
Se condenado, Bolsonaro poderá pegar até 43 anos de prisão, se considerados os agravantes para os crimes.
2 – Aprovação de Lula
Os índices de aprovação de Luiz Inácio Lula da Silva e de seu governo seguem em trajetória de melhora, segundo a pesquisa CNT/MDA, em um cenário em que também cresce a percepção positiva do eleitorado sobre emprego e renda. O presidente lidera ainda os cenários eleitorais testados, tanto em primeiro quanto em segundo turno.
Segundo o levantamento, divulgado na segunda-feira (8), a aprovação pessoal de Lula subiu de 41% em junho para 44% em setembro, enquanto a desaprovação recuou de 53% para 49%. Já a avaliação positiva do governo avançou de 29% para 31% e a reprovação ficou estável, em 40%.
A sondagem também revela expectativas mais otimistas: 32% acreditam que o emprego vai melhorar nos próximos seis meses — frente a 31% em junho e 30% em fevereiro —, enquanto 33% projetam aumento de renda, contra 31% e 29% nas rodadas anteriores.
No campo eleitoral, Lula lidera cenários estimulados de primeiro turno. Contra o ex-presidente Bolsonaro (PL) — que está inelegível por duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — o petista tem 36,2%, contra 29,7% do rival. Já contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), ele registra 35,8%, ante 17,1% do governador de São Paulo.
Nos cenários de segundo turno, Lula também se mantém à frente. Contra Bolsonaro, sobe de 41% em junho para 45,7% em setembro, enquanto o ex-presidente recua de 44% para 37,7%. Contra Tarcísio, ele marca 43,9% contra 37,6%.
3 – Marfrig e BRF
A Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) informaram ao mercado que as condições previstas para a operação de incorporação de ações da BRF pela Marfrig foram cumpridas, e que a data de fechamento está marcada para 22 de setembro de 2025.
A partir dessa data, as ações da BRF deixam de ser negociadas na B3, e os acionistas passam a deter papéis da Marfrig, que estreiam em bolsa sob o ticker MBRF3 em 23 de setembro.
A relação de substituição definida é de 0,8521 ação da Marfrig para cada papel da BRF. Eventuais frações serão agrupadas e leiloadas no mercado, com o valor líquido distribuído proporcionalmente entre os antigos acionistas da BRF.
Com a aprovação da operação, alguns investidores exerceram direito de retirada: foram 9,98 milhões de ações da BRF e 5 ações da Marfrig, totalizando reembolso de R$ 198,5 milhões e R$ 16,60, respectivamente. Segundo as companhias, os valores não comprometem sua estabilidade financeira, e a incorporação foi ratificada.
Além disso, os conselhos aprovaram as chamadas Distribuições Permitidas. A BRF declarou R$ 3,32 bilhões, sendo R$ 2,92 bilhões em dividendos e R$ 400 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), o que equivale a R$ 1,83 por ação em dividendos e R$ 0,25 em JCP. Já a Marfrig anunciou R$ 2,34 bilhões em dividendos, correspondendo a R$ 2,81 por ação.
4 – Smart Fit aprova JCP
A Smart Fit (SMFT3) informou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 40 milhões, equivalente a cerca de R$ 0,067 por ação.
O pagamento será feito em parcela única até 31 de outubro de 2025, sujeito à retenção de 15% de Imposto de Renda, com exceção de acionistas imunes ou isentos.
Terão direito ao recebimento os acionistas posicionados em 12 de setembro de 2025. A partir de 15 de setembro, os papéis serão negociados na B3 sem direito ao JCP, informou a Smart Fit.
5 – Mercado de trabalho dos EUA
O mercado segue atento ao mercado de trabalho dos Estados Unidos, que abriu o caminho para o corte de juros do Federal Reserve (Fed), após a divulgação do último payroll.
Nesta terça, será divulgada a revisão do Departamento do Trabalho para o nível de emprego nos 12 meses até março, com expectativa de mostrar um ritmo mais lento de criação de vagas.
*Com informações da Reuters