Ibovespa (IBOV) abre em alta, de olho na deflação de agosto; 5 coisas para saber antes de investir hoje (10)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (10) em leve alta, com os investidores repercutindo a deflação de 0,11% registrada em agosto do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil.
Essa é a primeira deflação em um ano — a última havia sido em agosto de 2024, quando o indicador recuou 0,02%.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira registrava avanço de 0,40%, aos 142.179,85 pontos.
Já o dólar à vista operava em queda de 0,25%, a R$ 5,4260, por volta do mesmo horário. Nos Estados Unidos (EUA), o mercado está de olho está nos preços ao produtor (PPI) de agosto e nos estoques de petróleo bruto.
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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quarta-feira (10)
1 – IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, caiu 0,11% no mês de agosto.
Essa é a primeira deflação em um ano — a última havia sido em agosto de 2024, quando o índice recuou 0,02%. Além disso, trata-se da maior queda desde setembro de 2022, quando a baixa foi de 0,29%.
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A expectativa era de que o IPCA recuasse 0,16% no nono mês de 2025, segundo a mediana das projeções coletadas pelo BroadCast.
A variação e o impacto negativo mais intensos vieram da habitação (-0,90% e -0,14 ponto), devido à queda na energia elétrica residencial (-4,21%). Os grupos de alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 ponto) e transportes (-0,27% e -0,06 ponto) também contribuíram para a deflação.
2 – Vale (VALE3) atualiza projeções
A Vale (VALE3) divulgou ao mercado atualização das projeções para investimentos de capital por tipo e por negócio em 2025, refletindo iniciativas de otimização do portfólio de projetos do ano.
A mineradora cortou a estimativa de investimento (capex) total para crescimento e manutenção para uma faixa entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2025, ante US$ 5,9 bilhões estimados anteriormente.
Segundo o documento desta quarta-feira (10), no investimento de capital por negócios, a companhia estima em torno de US$ 1,7 bilhão para o segmento de metais para transição energética, ante US$ 2 bilhões projetados anteriormente. A previsão para soluções de minério de ferro está mantida em cerca de US$ 3,9 bilhões.
A Vale divulgou as projeções de vendas em 2025 para o produto “Carajás Médio Teor”, com previsão de cerca de 25 milhões de toneladas. Já para o produto concentrado “PFC”, estima cerca de 24 milhões de toneladas.
3 – Banrisul (BRSR6) pagará JCP
O Banrisul (BRSR6) pagará R$ 110 milhões em juros sobre o capital próprio, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira (9).
Segundo o comunicado, o valor por ação será de R$ 0,26896544 por ação ordinária, R$ 0,26896544 por ação preferencial e R$ 0,26896544 por ação preferencial tipo B.
Quem está fora do papel e quiser aproveitar o dinheiro, tem até o dia 12 de setembro de 2025 para comprar o papel.
A partir de 15 de setembro, a ação entrará em ‘ex-JCP’. O pagamento ocorrerá em 29 de setembro de 2025.
4- Julgamento de Jair Bolsonaro
O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro segue no radar do mercado. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (10) o julgamento por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, após os votos apresentados na véspera pelo relator da ação, Alexandre de Moraes, e pelo ministro Flávio Dino, ambos favoráveis à condenação dos réus.
O ministro Luiz Fux abriu divergência ao relator em seu voto. Ele considera que o STF não é a corte competente para julgar os envolvidos no caso, uma vez que os réus não possuem foro por prerrogativa de função.
Para Fux, a mais recente mudança da prerrogativa de função no STF não deveria abarcar os acusados no atual processo, uma vez que os crimes teriam ocorrido antes da alteração.
Na terça (9), Moraes votou para condenar o ex-presidente e os demais réus pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; participação em organização criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.
5 – Gestoras mantêm cautela sobre corte da Selic ainda em 2025
O mercado financeiro segue dividido sobre o momento em que o Banco Central (BC) dará início ao ciclo de cortes da Selic. Parte dos analistas aposta em um movimento já em dezembro deste ano, enquanto outros projetam a primeira redução apenas no primeiro trimestre de 2026.
Nas Opções de Copom, há quem precifique corte de 0,25 ponto percentual em dezembro, com contratos negociados a R$ 17,61. A maioria, porém, ainda espera manutenção dos juros na última reunião de 2025, com apostas avaliadas em R$ 62,97.
Para o início de 2026, as projeções do mercado se dividem entre corte já em janeiro ou apenas no encontro de março.
Diante desse cenário incerto, os gestores têm adotado uma postura cautelosa no mercado de renda fixa.
Enquanto a Reach Capital e a SulAmérica Investimentos mantêm posições direcionais voltadas à queda de juros, a LifeTime e a Acqua Vero optam por uma abordagem mais conservadora, realizando apenas ajustes táticos em suas carteiras.
*Com informações da Reuters