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Ibovespa (IBOV) abre em queda de olho nos EUA, após condenação de Bolsonaro; 5 coisas para saber nesta sexta (12)

12 set 2025, 10:18 - atualizado em 12 set 2025, 10:18
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O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira (12) em queda, com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no radar (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (12) em queda, com o mercado atento à repercussão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que classificou o caso contra o aliado como uma “caça às bruxas”, disse ter ficado surpreso com a decisão.

Em julho, Trump impôs um aumento de tarifas sobre produtos brasileiros, e um dos argumentos foi o julgamento de Bolsonaro. O mercado olha com cautela para eventuais novos movimentos.

Por volta de 10h12 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira registrava recuo de 0,52%, aos 142.402,29 pontos.



Já o dólar à vista operava em queda de 0,11%, a R$ 5,3840, por volta do mesmo horário.

Day Trade:

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Radar do mercado:

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (12)

1 – Condenação de Bolsonaro

A Primeira Turma do STF condenou na quinta-feira (11) o ex-presidente Jair Bolsonaro por cinco crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota na eleição de 2022.

Além do golpe de Estado, o ex-presidente e os demais sete réus respondiam pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República.

O STF fixou a pena em 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado para Bolsonaro. Os ministros colocaram ainda 124 dias-multa, com cada dia equivalente a dois salários mínimos.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não teme novas sanções ao Brasil após a condenação e que não pode tentar adivinhar qual será a reação de Donald Trump.

O presidente dos Estados Unidos, aliado de Bolsonaro e que classificou o caso contra ele como uma “caça às bruxas”, disse ter ficado muito insatisfeito com a condenação, descrevendo o veredicto como surpreendente.

2 – JCP da Telefônica Brasil

Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, informou na noite desta quinta-feira (11) que o seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 400 milhões no formato de juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas.

Com retenção de imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%, a empresa afirma que o valor líquido será de R$ 340 milhões — com base no balanço patrimonial do dia 31 de agosto.

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Serão aptos a receber o valor os acionistas com posição acionária no dia 22 de setembro. No total, o valor líquido por ação será de R$ 0,106. Os valores por ação poderão sofrer ajustes considerando a base acionária, em função de eventuais aquisições de ações dentro do Programa de Recompra de Ações.

3 – Copasa (CSMG3) pagará juros sobre o capital próprio

Copasa (CSMG3) pagará R$ 169 milhões em juros sobre o capital próprio, mostra ata de reunião divulgada nesta quinta-feira (11).

Segundo o documento, o valor por ação será de R$ 0,44.

Quem não estiver no papel e quiser aproveitar o valor, terá até o dia 22 de setembro para comprar. A partir de 23 a ação passará a ser negociada ‘ex-JCPs’.

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O pagamento ocorrerá em 10 de novembro de 2025.

4 – Mercados acionários

Analistas da Ágora Investimentos pontuam que a semana vai chegando ao fim com sinais de que os mercados acionários passarão por alguma realização de lucros, com os índices futuros de Nova York e as principais bolsas da Europa recuando na manhã desta sexta-feira (12).

Investidores avaliam qual o teto da alta recorde sustentada pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve.

“Lembrando que a disparada dos ativos ontem se deu após novos dados apontarem um mercado de trabalho pressionado e inflação relativamente contida nos Estados Unidos, corroborando à visão de, pelo menos, três cortes de juros nas próximas reuniões do Fed”, ponderam os analistas.

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5 – Volume de serviços prestados no Brasil

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,3% em julho sobre o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12), em linha com o esperado por economistas.

Foi a sexta alta mensal consecutiva do setor, que segue mostrando resiliência em meio ao aperto monetário. Na comparação com julho do ano passado, os serviços cresceram 2,8%, renovando o ponto mais alto de sua série.

Economistas esperavam alta de 0,3% sobre junho e crescimento de 2,6% na comparação anual, segundo pesquisa da Reuters.

O Banco Central, que voltará a se reunir para deliberar sobre os juros na próxima semana, tem destacado sua preocupação com a resiliência da inflação de serviços, conforme o setor opera acima do seu potencial. A expectativa é que a autarquia mantenha a Selic em 15%.

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*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.