Ibovespa (IBOV) abre em alta, de olho no exterior e Focus; 5 coisas para saber antes de investir hoje (13)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (13) em tom positivo, acompanhando o bom humor internacional e o alívio em algumas estimativas para a inflação brasileira, apresentadas no Boletim Focus desta manhã.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha alta de 0,66%, aos 141.615,68 pontos.
O dólar à vista opera em baixa ante o real. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,4675 (-0,98%).
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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda-feira (13)
1 – Tensão China-EUA
Após uma sexta-feira marcada pela turbulência causada por mais uma crise comercial entre Estados Unidos e China, os mercados iniciam a semana em busca de recuperação.
Recapitulando, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou não ver “nenhum motivo” para se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, e ameaçou um “aumento maciço” nas tarifas sobre produtos chineses.
Em publicação no Truth Social, Trump declarou que o gigante asiático tem enviado cartas a diversos países informando a intenção de impor controles de exportação sobre todos os elementos de produção relacionados às terras raras.
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Logo depois, o republicano anunciou uma nova tarifa de 100% sobre mercadorias chinesas. As taxas passarão a valer em 1º de novembro e se somam às já impostas no primeiro semestre.
O aumento das tensões comerciais abalou Wall Street, provocando queda nas ações das grandes empresas de tecnologia e gerando preocupação entre companhias estrangeiras que dependem da produção chinesa de terras raras processadas e ímãs desse tipo de material.
No domingo (12), Trump publicou uma nova mensagem sugerindo uma possível trégua no conflito comercial com a China, embora também tenha deixado uma ameaça velada.
Em resposta, Pequim classificou as novas tarifas impostas por Washington como “hipócritas” e defendeu as medidas de restrição sobre a exportação de elementos e equipamentos de terras raras.
2 – Boletim Focus
Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções para a inflação de 2025 de 4,80% a 4,72%, mostra o Boletim Focus desta segunda-feira (13).
As perspectivas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguem em 4,28% para 2026 e 3,90% para 2027. Já para 2028, a aposta foi cortada de 3,70% para 3,68%.
As previsões para o câmbio também foram revistas para baixo. O mercado espera agora que o dólar frente ao real seja de R$ 5,50 em 2026 e R$ 5,51 em 2027.
As apostas para os anos de 2025 e 2027 ficaram estáveis em R$ 5,45 e R$ 5,56 por dólar, respectivamente.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas ajustaram apenas o número projetado para 2027, de 1,90% para 1,83%.
Os crescimentos da atividade brasileira estimados para este e próximo ano são de 2,16% e 1,80%, enquanto para 2028 é de 2%.
Em relação à Selic, as perspectivas dos economistas para 2025 a 2028 se mantiveram estáveis — em 15%, 12,25%, 10,50% e 10%.
3 – Ações da China
As ações chinesas caíram acentuadamente em um pregão volátil nesta segunda-feira (13), à medida que uma retomada da guerra comercial entre Estados Unidos e China afetou o apetite por risco e incentivou a realização de lucros, puxando os papéis para baixo após máximas de uma década.
O índice de blue chips CSI300 recuou 1,8% e o índice Shanghai Composite caiu 1,3% até o intervalo do almoço. Em Hong Kong, o índice de referência Hang Seng despencou 3,5% e o índice Hang Seng Tech perdeu 4,5%.
Contrariando a tendência de queda mais ampla, no entanto, o setor de terras raras da China, que está no centro das tensões comerciais renovadas, saltou mais de 4% para um recorde na sessão da manhã, enquanto as ações de semicondutores também registraram ganhos.
4 – Raízen (RAIZ4)
A Raízen (RAIZ4) informou que não está considerando qualquer forma de reestruturação de dívida ou pedido de recuperação judicial ou extrajudicial, em esclarecimento às notícias veiculadas na mídia na sexta-feira (10).
Pela manhã, o jornal Valor Econômico reportou que pelo menos um grande investidor desmontou uma posição de títulos de dívida externa (bonds) da Raízen — joint venture entre Cosan e Shell —, derrubando valor do papel no mercado secundário.
De acordo com fontes do mercado, o papel com vencimento em 2054 da Raízen caiu 20% em relação ao fechamento da última quinta-feira (9) e 30% frente ao de quarta-feira (8), chegando a ser negociado a 62,875% do valor de face.
No fato relevante, a Raízen ainda afirmou que mantém posição robusta de caixa, com R$ 15,7 bilhões em disponibilidades ao final do primeiro trimestre 2025/26, e R$ 5,5 bilhões (US$ 1,0 bilhão) em linhas comprometidas de crédito rotativo (RCF) disponíveis.
5 – Santander
O Santander (SANB11) pagará R$ 2 bilhões em juros sobre o capital próprio, mostra documento enviado ao mercado na sexta-feira (10).
Quem quiser aproveitar a bolada, terá até o dia 21 de outubro para comprar o papel. A partir de e 22 de outubro de 2025 (inclusive), as ações serão negociadas “Ex-Juros Sobre Capital Próprio”.