Mercados

Ibovespa (IBOV) cai com pressão das commodities e à espera de Powell; 5 coisas para saber antes de investir hoje (14)

14 out 2025, 10:13 - atualizado em 14 out 2025, 10:14
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Após os ganhos da sessão anterior, o Ibovespa (IBOV) inicia a sessão desta terça-feira (14) no negativo, pressionado pelo desempenho das commodities no mercado internacional.

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Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha queda de 0,23%, aos 1421.461,16 pontos. 



O dólar à vista opera em alta ante o real, na esteira do exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,5036 (+0,76%).

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Pela manhã, o minério de ferro encerrou as negociações com queda de mais de 2% na Bolsa de Dalian. Os contratos futuros do petróleo Brent, referência para o mercado, também recuam mais de 2% em temor de escalada da tensão comercial entre os Estados Unidos e a China.

Por aqui, os investidores acompanham novas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência no Senado Federal sobre a proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe salário de até R$ 5 mil por mês. As medidas compensatórias à derrubada da MP alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continuaram no radar.

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (14)

1- Setor de serviços cresce em agosto

O setor de serviços do Brasil seguiu em alta em agosto e renovou o patamar recorde da série histórica.

O volume de serviços teve em agosto expansão de 0,1% na comparação com o mês anterior, em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (14).

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Com o sétimo resultado mensal seguido de crescimento, o setor acumulou no período avanço de 2,6% e marcou a maior sequência de resultados positivos desde os oito meses compreendidos entre fevereiro e setembro de 2022.

Os dados mostraram ainda expansão de 2,5% no volume de serviços em relação a agosto do ano anterior, também em linha com a expectativa.

2- Apagão

Um incêndio em subestação no Paraná levou à interrupção do fornecimento de energia em várias partes do Brasil na madrugada desta terça-feira (14), com um desligamento total de cerca de 10.000 megawatts (MW) de cargas, segundo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A ocorrência registrada às 0h32 (horário de Brasília) se deu em um reator da subestação Bateias, desligando toda a instalação de 500kV e ocasionando a desinterligação do Sul, que exportava cerca de 5.000MW para o Sudeste/Centro-Oeste naquele momento.

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Na região Sul, o incêndio levou a uma perda de aproximadamente 1.600MW de carga.

Já nas demais regiões, o ONS apontou que o apagão decorreu da atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), um mecanismo de proteção acionado de forma automática que implica corte de energia quando há necessidade de se reequilibrar o sistema elétrico por algum distúrbio.

Em nota, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que enviou ofícios às empresas envolvidas para cobrar explicações sobre a interrupção no fornecimento de energia.

As ações das companhias do setor elétricos devem concentrar as atenções dos investidores hoje.

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3- Leilão de reserva

O Ministério de Minas e Energia vai lançar o leilão para contratar mais capacidade para o sistema elétrico na próxima semana, disse o ministro Alexandre Silveira nesta terça-feira (14).

Em participação no programa “Bom Dia, Ministro”, do CanalGov, Silveira afirmou ainda que o governo tem expectativa de lançar ainda este ano o primeiro certame para contratar baterias e sistemas de armazenamento de energia para o Brasil.

4 – Tensão entre EUA e China

Os Estados Unidos e a China começaram a cobrar taxas portuárias adicionais de empresas de transporte marítimo nesta terça-feira (14), tornando o alto mar uma frente importante na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A China disse que começou a cobrar taxas especiais sobre navios de propriedade, operados, construídos ou com bandeira dos EUA, mas esclareceu que os navios construídos na China estarão isentos das taxas.

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A tensão comercial foi retomada na semana passada após a China anunciar uma grande expansão de seus controles de exportação de terras raras e o presidente dos EUA, Donald Trump, em resposta, ameaçou aumentar as tarifas sobre os produtos chineses para três dígitos.

No último fim de semana, porém, os dois países adotaram um tom conciliador, destacando a cooperação entre suas equipes de negociação e a possibilidade de encontrarem um caminho a seguir.

5- Expectativa por Powell

Os investidores operam à espera de novas pistas sobre a política monetária nos Estados Unidos.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, fará um discurso no início da tarde desta terça-feira (14).

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Powell e os demais membros do Banco Central norte-americano também estão enfrentando um vácuo de dados oficiais em meio à paralisação do governo dos EUA — que atrasou o relatório de empregos (payroll) de setembro e outras estatísticas importantes.

Uma atualização dos preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) está programada para 24 de outubro, antes da reunião do Fed marcada para os dias 28 e 29 de outubro.

Os investidores preveem que o BC reduzirá sua taxa de juros referencial em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%, com novo corte em dezembro. Hoje, os juros estão no intervalo entre 4,00% a 4,25% ao ano.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.