Ibovespa (IBOV) sobe com expectativa por decisões de juros; 5 coisas para saber nesta segunda (15)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (15) em alta, com o mercado iniciando a semana já de olho na próxima quarta-feira, que reserva as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto não chega, está no radar o Boletim Focus.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira registrava avanço de 0,45%, aos 142.910,24 pontos.
Já o dólar à vista operava em queda de 0,50%, a R$ 5,3278, por volta do mesmo horário.
Day Trade:
Radar do mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda-feira (15)
1 – Relatório Focus
Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) voltaram a cortar a projeção de inflação para 2025 — desta vez, de 4,85% para 4,83% –, mostra o Boletim Focus desta segunda-feira (15).
As expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2027 também caíram, de 3,93% para 3,90%. Já para 2026 e 2028, elas seguem em 4,30% e 3,70%, respectivamente.
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Após semanas de estabilidade, a previsão para a Selic do próximo ano recuou de 12,50% para 12,38%. Para 2025, 2027 e 2028, as estimativas apontam que a taxa básica encerre em 15%, 10,50% e 10,00%, respectivamente.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), houve revisão para baixo em 2026 e a aposta passou de 1,85% para 1,80%. Já para 2027, a projeção subiu de 1,88% para 1,90%.
A expectativa para o câmbio este ano caiu de R$ 5,55 para R$ 5,50, enquanto as previsões para 2026 e 2027 seguem em R$ 5,60, e a de 2028 passou para R$ 5,54.
2 – Decisões de juros no radar
Esta semana será marcada pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, que acontecem na Super Quarta (17).
O Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic no patamar de 15% ao ano.
O JP Morgan pontua que, desde que o aperto monetário foi interrompido, houve um avanço em direção as metas do Banco Central: a atividade econômica desacelerou; a inflação recuou de seu pico sequencial no início deste ano; a taxa de câmbio se valorizou mais do que seus pares; e as expectativas de inflação começaram a diminuir.
Os economistas do banco afirmam, no entanto, que esses desenvolvimentos ainda “não são suficientemente bons para justificar uma mudança na postura” da autarquia.
Já nos EUA, o mercado espera que o Federal Reserve reduza os juros em 0,25 ponto percentual, levando a taxa para o intervalo de 4% a 4,25%. Segundo o CME FedWatch Tool, a probabilidade desse movimento é de 94,2%.
3 – Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
Duas empresas listadas no Ibovespa (IBOV) têm ‘data com’ programada para dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) na semana de 15 a 19 de setembro: Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3).
Os investidores de Marfrig com ações na quinta-feira (18) têm direito a uma fatia dos dividendos de R$ 2,34 bilhões. O montante corresponde a R$ 2,81 por papel.
Aqueles com posição em BRF também no dia 18 garantem R$ 3,32 bilhões em proventos, sendo R$ 2,92 bilhões em dividendos e R$ 400 milhões em juros sobre capital próprio (JCP). Os valores por ação serão de R$ 1,83 e R$ 0,25, respectivamente.
Os papéis de ambas as companhias passarão a ser negociados “ex-dividendos/JCP” a partir do dia 19 de setembro.
O pagamento será feito aos investidores em parcela única: 29 de setembro para acionistas da BRF e 30 de setembro para Marfrig.
4 – IBC-Br: Prévia do PIB brasileiro cai 0,5% em julho
O indicador mensal de atividade econômica (IBC-Br) registrou queda de 0,5% em julho, mostra dado divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (15).
A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) foi a 2,9% no ano, enquanto passou a um ganho de 3,5% no acumulado em 12 meses.
A expectativa do mercado era de que o índice cairia 0,20% no sétimo mês do ano, segundo as projeções do Investing.com.
O indicador de indústria caiu 1,1%, seguido pelo de agropecuária, que recuou 0,8%. Já o IBC-Br de impostos e o de serviços tiveram baixas de 0,7% e 0,2%, respectivamente.
5 – Trump pressiona nações da Otan a suspenderem compras de petróleo russo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no sábado (13) que o país está preparado para impor novas sanções energéticas à Rússia, mas somente se todas as nações da Otan deixarem de comprar petróleo russo e implementarem medidas semelhantes.
“Estou pronto para impor grandes sanções à Rússia quando todas as nações da Otan concordarem e começarem a fazer a mesma coisa, e quando todas as nações da Otan pararem de comprar petróleo da Rússia”, disse Trump em uma publicação em uma rede social.
Nas últimas semanas, os EUA aumentaram a pressão sobre os países da Otan para reforçarem as sanções energéticas contra a Rússia em uma tentativa de ajudar a acabar com sua guerra com a Ucrânia — um conflito que Trump tem lutado para encerrar, apesar das repetidas ameaças de penalidades mais severas contra Moscou e seus parceiros.
Trump também tem enfrentado críticas em seu país por estabelecer repetidamente prazos de duas semanas para que a Rússia reduza a escalada e permitir que eles passem sem ações concretas.
