Ibovespa (IBOV) abre em alta, de olho no Focus e IBC-Br; 5 coisas para saber antes de investir hoje (15)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (15) em alta, com o mercado digerindo os dados do Boletim Focus e o indicador mensal de atividade econômica (IBC-Br), ambos divulgados nesta manhã.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,81%, aos 162.068,02 pontos.
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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda-feira (15)
1 – Boletim Focus
Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) reduziram novamente a projeção para a inflação de 2025. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (15), a estimativa para o avanço dos preços caiu de 4,40% para 4,36%.
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2026 também recuou, passando de 4,16% para 4,10%. Já as projeções para 2027 e 2028 permaneceram inalteradas, em 3,80% e 3,50%, respectivamente.
No caso da Selic, a expectativa para o próximo ano voltou a ser revista, saindo de 12,25% para 12,13%. Para os outros dois da pesquisa, as estimativas seguem estáveis, em 10,50% e 9,50%.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve os juros no patamar de 15% ao ano pela quarta reunião seguida e não retirou o tom firme do comunicado. O mercado aguarda pela ata da reunião, que sai nesta terça-feira (16), para novos indicadores sobre o futuro da taxa.
As projeções para o crescimento da economia neste e no próximo ano não sofreram alterações nesta edição do Focus.
2 – Prévia do PIB
O indicador mensal de atividade econômica (IBC-Br) registrou queda de 0,20% em outubro, mostra dado divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (15). A projeção do mercado, no entanto, era de alta de 0,10%.
A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) foi a 2,40% no ano, enquanto passou a um ganho de 2,50% no acumulado de 12 meses.
O indicador de indústria caiu 0,70%, seguido pelo de impostos e serviços, que recuaram 0,40% e 0,20%, respectivamente. Já o IBC-Br de agropecuária teve alta de 3,10%.
Na edição anterior, de setembro, a prévia do PIB registrou queda de 0,20% na comparação mensal.
A última leitura fechada do PIB, do terceiro trimestre de 2025, mostra que a economia subiu 0,10%. Nos primeiros três meses do ano, o crescimento foi de 1,40%, enquanto, entre abril e junho, avançou 0,30%.
3 – Novonor assina acordo para vender fatia na Braskem
A Braskem (BRKM5) disse nesta segunda-feira que a Novonor assinou um acordo de exclusividade com a empresa de investimentos IG4 Capital para vender sua participação na petroquímica.
Conforme o documento, a Novonor se comprometeu a transferir a participação na Braskem para um fundo da IG4, que passará a deter 50,111% do capital votante e 34,323% do capital total da petroquímica.
Após a conclusão da operação, a Novonor permanecerá com 4% da Braskem.
A IG4 acrescentou em outro comunicado que a operação envolve cerca de R$ 20 bilhões em dívida e não causará mudanças operacionais imediatas na Braskem.
4 – Correios
Um grupo de cinco bancos fechou uma proposta para emprestar R$ 12 bilhões aos Correios. A proposta ainda será analisada pelo Tesouro Nacional, que precisará ser avalista da operação. Caixa, Banco do Brasil, Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) devem participar do negócio.
A empresa acumula prejuízo de R$ 6,05 bilhões de janeiro a setembro deste ano e busca recursos para conseguir reequilibrar as contas. Desde 2022, o prejuízo da estatal chega a R$ 10 bilhões.
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos, como antecipou a Coluna do Estadão.
No início do mês, o Tesouro reprovou um empréstimo de R$ 20 bilhões, valor inicialmente pleiteado pela estatal, depois que cinco bancos cobraram juros de 136% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) na operação. O órgão entendeu que os juros teriam que ficar dentro do teto de 120% do CDI estabelecido pelo Comitê de Garantias do Tesouro.
5 – Comissão Europeia e Mercosul
A Comissão Europeia ainda espera assinar o acordo comercial com o Mercosul até o final do ano, afirmou um porta-voz da Comissão nesta segunda-feira (15).
“O acordo é de suma importância para a nossa União Europeia, do ponto de vista econômico, diplomático e geopolítico, mas também em termos da nossa responsabilidade no cenário global”, disse o porta-voz Olof Gill a jornalistas.
No domingo, a França pediu à União Europeia e aos países do Mercosul que adiassem a reunião prevista para dezembro, alegando que as condições para a assinatura do acordo comercial UE-Mercosul ainda não estão reunidas.
*Com informações da Reuters