Mercados

Ibovespa (IBOV) recua 1% com ata do Copom mais ‘hawkish’ e expectativa por payroll; 5 coisas para saber antes de investir hoje (16)

16 dez 2025, 10:12 - atualizado em 16 dez 2025, 10:25
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Política monetária e dados de emprego norteam as negociações nesta terça-feira (16). O Ibovespa (IBOV) começa a sessão em tom negativo em reação à ata do Copom, que manteve o mercado divido entre as apostas de primeiro corte na Selic em janeiro ou em março.

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No exterior, o payroll “atrasado” de outubro e novembro dos Estados Unidos fica no radar.

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava em queda de 1,30%, aos 160.371,77 pontos. Apenas quatro ações tinham alta. 



O dólar à vista opera em alta ante o real, na esteira do desempenho da divisa no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,4356 (+0,25%).

Day Trade: 

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Radar do Mercado: 

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (16)

1 – Ata do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu, na ata da reunião da semana passada, os avanços decorrentes da atual condução da política monetária, mas reiterou a manutenção da Selic em um patamar significativamente contracionista.

Os membros concluíram que “a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”.

O documento divulgado nesta terça-feira (16) ainda revela que o Comitê avalia que a condução cautelosa da política monetária tem contribuído para a obtenção de ganhos desinflacionários. Eles destacam, ainda, a continuidade da moderação gradual da atividade econômica e a redução das expectativas de inflação.

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Na semana passada, o Copom optou por manter a taxa básica de juros estável em 15% ao ano, pela quarta vez consecutiva.

2 – Reforma tributária

Na noite de ontem (15), a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, com regras sobre a gestão e a fiscalização do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Segundo a Agência Câmara de Notícias, o plenário aprovou, por 330 votos a 104, o parecer do relator, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE). Destaques que podem alterar pontos do texto ainda serão votados.

Segundo Benevides Filho, a proposta alinha incentivos, padroniza interpretações da norma e reduz custos tributários ocultos na produção.

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O IBS foi criado pela reforma tributária para substituir o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. O texto-base aprovado também trata da incidência do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD).

3 – Petrobras na Braskem

Após o anúncio de que a IG4 fechou um acordo para assumir a participação da Novonor na Braskem (BRKM5), a Petrobras (PETR4) afirmou que irá acompanhar os desdobramentos e avaliar os termos e condições para decidir sobre um eventual exercício dos direitos de preferência e de tag along que detém.

No comunicado enviado ao mercado na noite de segunda-feira (15), a Petrobras afirmou estar avaliando a elaboração de um novo acordo de acionistas, tendo em vista as tratativas em curso.

“A Petrobras reitera que qualquer decisão definitiva seguirá as práticas de governança da companhia, os procedimentos internos aplicáveis e eventuais aprovações de órgãos reguladores, sendo tempestivamente informada ao mercado”, diz a estatal.

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A Novonor detém atualmente 50,1% das ações com direito a voto da Braskem e 38,3% do total de ações, enquanto a Petrobras possui 47% das ações votantes e 36,1% do total de papéis. 

4 – À espera do payroll

Nesta terça-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulga o relatório oficial de emprego, o payroll,  de novembro e uma atualização parcial de outubro, que não incluirá a taxa de desemprego e outras métricas depois que a paralisação de 43 dias do governo impediu a coleta de dados.

Para economistas consultados pela Reuters, o mercado de trabalho não deve ter desviado muito do padrão recente de contratações em baixa velocidade e aumento lento na taxa de desemprego. Eles afirmam que os empregadores se retraíram nas contratações devido ao que alguns descreveram como um choque causado pelas tarifas de importação abrangentes do presidente Donald Trump.

As tarifas de importação aumentaram os preços de muitos produtos, fazendo com que os consumidores, principalmente as famílias de baixa e média renda, fossem mais seletivos em suas compras e, por fim, reduzissem seus gastos.

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A economia dos EUA provavelmente abriu 50.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, segundo previsão de uma pesquisa da Reuters com economistas. Embora não tenha havido uma estimativa para outubro, economistas previram cortes no mês, com o BNP Paribas prevendo redução de até 100.000.

5 – Rússia e Ucrânia

Nesta terça-feira, o Kremlin afirmou que uma trégua de Natal proposta pela Ucrânia depende de um acordo de paz ser alcançado ou não.

Na véspera, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que Kiev apoia a ideia de um cessar-fogo, em particular para ataques à infraestrutura de energia, durante o período de Natal.

Questionado sobre a ideia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou: “A questão agora é se nós, como diz o presidente (Donald) Trump, chegaremos a um acordo ou não.”

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Peskov disse que é improvável que a Rússia participe de tal cessar-fogo se a Ucrânia estiver focada em “soluções inviáveis de curto prazo” em vez de um acordo duradouro.

“Queremos paz. Não queremos uma trégua para dar à Ucrânia um espaço para respirar e se preparar para a continuação da guerra”, afirmou Peskov aos repórteres. “Queremos parar esta guerra, atingir nossos objetivos, assegurar nossos interesses e garantir a paz na Europa para o futuro. É isso que queremos.”

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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