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Ibovespa (IBOV) cai com Wall Street de olho em bancos regionais; 5 coisas para saber antes de investir hoje (17)

17 out 2025, 10:11 - atualizado em 17 out 2025, 10:12
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O cenário externo continua a pressionar o Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (17). Os investidores começam a sessão mais preocupados com a saúde dos bancos regionais dos Estados Unidos, após duas instituições informar que sofreram “calotes’ relacionados a uma suposta fraude.

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Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha queda de 0,51%, aos 141.481,11 pontos. 



O dólar à vista opera em alta ante o real, acompanhando o ritmo do exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,4521 (+0,17%).

Day Trade: 

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta-feira (17)

1 – Relações comerciais

Na noite de ontem (16), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que os governos de Brasil e Estados Unidos irão trabalhar em uma agenda de reuniões para negociações comerciais nas próximas semanas.

“Foi um princípio auspicioso de um processo negociador no qual trabalharemos para normalizar e abrir novos caminhos para as relações bilaterais”, disse o chanceler brasileiro em uma breve declaração à imprensa em Washington, depois do encontro com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

“Já estamos trabalhando na montagem de uma agenda de reuniões e manterei contatos diretos com o secretário Rubio nos próximos dias para monitorar o avanço e estabelecer prazos para novos encontros”, acrescentou.

De acordo com o próprio ministro, o encontro com Rubio, acertado na semana passada, teve duas partes, uma privada, de cerca de 20 minutos. A segunda, de aproximadamente 45 minutos, incluiu diplomatas brasileiros que acompanharam Vieira a Washington, o representante comercial dos Estados Unidos (USTR), Jamieson Greer, e o subsecretário de Defesa, Michael Jensen.

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Vieira também reiterou que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se encontrar “em breve”.

2- Crédito nos EUA

A saúde financeira dos bancos regionais dos Estados Unidos é o principal motivo de preocupação dos investidores nesta sexta-feira (17).

Ontem (16), o mercado já passou a operar mais cauteloso após Zions Bancorp e Western Alliance anunciar que foram vítimas de suspeitas de fraudes em empréstimos vinculados a fundos imobiliários.

O Zions reportou uma baixa contábil de US$ 50 milhões para cobrir dois empréstimos concedidos a mutuários que enfrentam ações judiciais. O anúncio foi feito na noite da última quarta-feira (15) pelo banco.

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Já o Western Alliance  informou que apresentou uma ação judicial contra um de seus tomadores de crédito, o Cantor Group V, alegando que a empresa cometeu fraude.

As preocupações com o setor bancário têm origem nas falências de empresas relacionadas ao setor automobilístico: First Brands e Tricolor Holdings. As duas companhias entraram com pedidos de recuperação judicial, Chapter 11, no final de setembro.

No caso da First Brands, a empresa estimou, em seu plano de reestruturação, uma dívida entre US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões e ativos entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões, acendendo uma luz vermelha no mercado de crédito e tornando a empresa objeto de investigação do Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos.

Segundo o jornal Financial Times, o valor real da dívida da empresa é de aproximadamente US$ 12 bilhões.

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“Por enquanto não há sinais de problemas sistêmicos de crédito no setor bancário. O que emergiu até agora parece concentrado em casos idiossincráticos, enquanto a qualidade do crédito, de modo geral, está melhor do que se temia ao olhar para os resultados divulgados pelos bancos nos últimos dias”, afirma o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

3- Shutdown nos EUA

Na manhã desta sexta-feira (17), o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse que o presidente Donald Trump deve intensificar suas ações caso a paralisação (shutdown) do governo federal dos Estados Unidos continue após este fim de semana.

Hassett não disse quais ações o presidente republicano poderá tomar se os parlamentares não chegarem a um acordo.

Na semana passada, a Casa Branca informou que havia iniciado demissões em todo o governo norte-americano, já que Trump cumpriu a ameaça de cortar a força de trabalho federal durante a paralisação do governo, que agora está em seu 17º dia.

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4- Tensão entre EUA e China

A tensão comercial entre os Estados Unidos e a China segue concentrando as atenções dos investidores em todo o mundo.

Hoje (17), o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que a sua proposta de impor uma tarifa de 100% sobre os produtos chineses não seria “sustentável”, em entrevista à Fox Business Network. “Não é sustentável, mas é esse o número. […] Eles me forçaram a fazer isso”, afirmou o chefe da Casa Branca.

Ele ainda afirmou que irá se reunir com o presidente da China, Xi Jinping, em duas semanas.

Na semana passada, Trump ameaçou uma taxação de 100% sobre a China após o país asiático anunciar a expansão dos controles de exportação de terras raras.

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5 – Ouro ultrapassa US$ 4,3 mil por onça-troy

Ainda na manhã desta sexta-feira (17), o ouro ultrapassou a marca de US$ 4.300 por onça-troy  e mantém o ritmo de valorização rumo ao seu maior ganho semanal desde dezembro de 2008.

O impulso é dado por uma combinação de fatores: incerteza geopolítica e econômica e crescentes apostas de cortes nas taxa de juros dos Estados Unidos.

O ouro deve registrar um ganho de cerca de 8,1% nesta semana. Mais cedo na sessão, o ouro esteve a caminho de seu maior ganho desde setembro de 2008, quando o colapso do Lehman Brothers alimentou a crise financeira global.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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