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Ibovespa (IBOV) sustenta os 145 mil pontos após decisões de juros; 5 coisas para saber nesta quinta (18)

18 set 2025, 10:17 - atualizado em 18 set 2025, 10:27
ações ibovespa
O Ibovespa abriu o pregão desta quinta-feira (18) em leve queda (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (18) em leve queda, após renovar máxima histórica intradia na véspera de olho nas decisões de juros no Brasil e Estados Unidos — que vieram dentro das expectativas.

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Hoje, o mercado digere principalmente o comunicado tido como “duro” do Comitê de Política Monetária (Copom) após divulgar a decisão de manter a Selic estável em 15%.

Por volta de 10h10, o principal índice da bolsa brasileira recuava 0,16%, aos 145.363,57 pontos. No entanto, alguns minutos depois o IBOV virou para leve alta de 0,02%, aos 145.638,14, mantendo oscilações.



dólar à vista operava em queda por volta do mesmo horário, com recuo de 0,17%, a 5,2960.

Day Trade:

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Radar do mercado:

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta-feira (18)

1 – O dia após Super Quarta

A sexta Super Quarta do ano foi marcada por corte de juros do banco central dos Estados Unidos e manutenção da Selic no Brasil, conforme já esperado pelos mercados.

O Ibovespa renovou máximas após o Federal Reserve (Fed) iniciar a flexibilização da política monetária, levando a taxa para o intervalo de 4% a 4,25% ao ano. O índice subiu 1,06%, a 145.593,63 pontos.

Os diretores ainda sinalizaram possíveis novos ajustes nos juros até o final do ano. A mediana das expectativas, também divulgada ontem, indica que a taxa encerrará 2025 em 3,6% — o que implica mais dois cortes de 0,25 ponto percentual.

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No Brasil, o Banco Central manteve a Selic estável em 15%. O tom do comunicado foi hawkish (duro) e parece ter fechado as portas para quedas neste ano, segundo especialistas.

O comunicado “duro” do Comitê de Política Monetária (Copom) ao manter a Selic estável em 15% pela segunda reunião consecutiva joga a possibilidade de cortes para o primeiro trimestre de 2026, afirma o economista-chefe da XP, Caio Megale.

Segundo Megale, o Copom agiu conforme o esperado ao realizar a manutenção da taxa de juros e sinalizar que deve permanecer nesse patamar por um período prolongado. No entanto, dois pontos do comunicado surpreenderam o mercado.

O primeiro foi manter a ressalva de que a taxa poderia voltar a subir, se necessário. “A maioria do mercado entende que os juros vão ficar em 15%. Não se cogita aumentar juros por conta da melhora recente no câmbio e nas expectativas.”

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O segundo ponto, segundo o economista, está relacionado às projeções de inflação. O Copom apresentou uma estimativa para o primeiro trimestre de 2027 em 3,4%, acima da expectativa média do mercado, que variava entre 3,2% e 3,3%.

3 – Natura (NATU3)

Apenas alguns dias após anunciar a venda dos negócios da Avon CARD, a Natura (NATU3) firmou acordo vinculante para vender a Avon International para um veículo de aquisição afiliado à Regent, mostra fato relevante divulgado ao mercado nesta quinta-feira (18). O mercado estava com alta expectativa para um desfecho sobre este ativo.

A venda ocorrerá pelo valor nominal de £ 1,00 (uma libra) no fechamento da operação. Somado a isso, há cláusulas de earn-outs (pagamentos condicionados a desempenho) e pagamentos contingentes em determinadas condições após o fechamento.

“Os earn-outs terão como base resultados futuros, e os pagamentos contingentes serão pagos em certos eventos de liquidez. Os earn-outs e valores contingentes estão limitados a 60 milhões de libras”, diz o documento.

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O acordo não abrange o mercado russo da Avon, nem a marca e as operações da Avon para a região da América Latina, diz a Natura.

4 – Totvs (TOTS3)

A Totvs (TOTS3) informou nesta quarta-feira (17) que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,15 por ação, totalizando aproximadamente R$ 88 milhões.

Os recursos serão imputados aos dividendos obrigatórios do exercício. Terão direito ao recebimento os acionistas com posição em 23 de setembro de 2025. A partir do dia seguinte, 24 de setembro, os papéis serão negociados ex-JCP.

pagamento será realizado em 6 de outubro de 2025, via crédito em conta corrente e domicílio bancário fornecidos ao Itaú Unibanco, disse a Totvs. O valor está sujeito à retenção de Imposto de Renda na fonte, conforme a legislação vigente.

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5 – Lula mantém liderança eleitoral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve sua liderança em todos os cenários eleitorais sondados pela pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18), que também apontou um salto dos que defendem que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não seja candidato.

O percentual dos que defendem que Bolsonaro se retire da disputa e apoie outro candidato passou de 65%, em agosto, para 76% em setembro. Os que consideram que ele deveria manter sua candidatura passaram de 26%, na rodada passada, para 19%.

No caso de ele não concorrer, diz a Genial/Quaest, 15% dos entrevistados avaliam que ele deveria apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em agosto, essa parcela correspondia a 10%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 14 deste mês, depois da conclusão do julgamento do ex-presidente, condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por cinco crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota na eleição de 2022 e sentenciado a uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado.

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*Com informações da Reuters 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.