Mercados

Ibovespa (IBOV) cai mais de 1% com PIB e julgamento de Bolsonaro; 5 coisas para saber antes de investir hoje (2)

02 set 2025, 10:13 - atualizado em 02 set 2025, 10:23
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O Ibovespa (IBOV) o pregão desta terça-feira (2) em forte queda (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Depois de uma sessão com liquidez limitada, o Ibovespa (IBOV) tem um dia agitado pelo noticiário doméstico. Os investidores reagem aos números da economia brasileira no segundo trimestre (2T25) e ao início da reta final do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

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Nesta terça-feira (2), o principal índice da bolsa brasileira também volta a ter apoio de Wall Street — que ficou inoperante na véspera devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos.

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 1,17%, aos 139.645,12 pontos. Apenas quatro ações da carteira teórica abriram em território positivo.



O dólar à vista operava em forte alta ante o real. No mesmo horário, a divisa norte-americana avançava a 5,4887 (+0,89%).

Day Trade:

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Radar do mercado:

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (2)

1 – Desaceleração da economia

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, o que representa desaceleração frente ao avanço de 1,4% nos três primeiros meses do ano. Os números ficaraam acima das expectativas do mercado, que esperava um avanço trimestral de 0,3%.

O PIB totalizou R$ 3,2 trilhões em valores correntes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (2). Foram R$ 2,7 trilhões vindos de valor adicionado a preços básicos, e outros R$ 431,7 bilhões de impostos sobre produtos líquidos de subsídios.

2 – Julgamento de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a reta final do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado nesta terça-feira (2). O processo deve se estender até a sexta-feira da próxima semana, dia 12. 

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A análise do caso teve início às 9h (horário de Brasília) com a leitura do relatório da ação —  um resumo com toda a instrução processual — pelo ministro Alexandre de Moraes.

Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá duas horas para fazer sua sustentação oral. Ele pediu em alegações finais a condenação de Bolsonaro no processo.

Após isso, as defesas de cada um dos oito réus terão uma hora cada para se manifestar, começando pelos advogados do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que fez delação premiada. A defesa de Bolsonaro será a quinta a falar — a expectativa é que fale na manhã de quarta-feira.

Depois da defesa, Moraes será o primeiro a votar, seguido, pela ordem, pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da turma e último a votar. A expectativa, segundo fontes que acompanham o processo, é que o voto de Moraes fique para a próxima semana.

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O ex-presidente é formalmente acusado de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; participação em organização criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.

Se condenado, Bolsonaro poderá pegar até 43 anos de prisão, se considerar agravantes para os crimes.

3 – Mercado livre de energia

O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu um consulta pública com uma proposta de regras para a abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores nesta terça-feira (2). A ação era amplamente aguardada pelo setor elétrico e prevista em medida provisória.

O chamado “ambiente de contratação livre”, ou ACL, permite que os consumidores possam comprar energia elétrica diretamente de um fornecedor, gerador ou comercializador.

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Os participantes do mercado livre podem negociar livremente preços e prazos de contratação, enquanto os do mercado regulado, como as residências, estão vinculados aos contratos e tarifas das distribuidoras de energia.

Hoje, o mercado livre de energia é restrito principalmente a empresas, sendo que desde o ano passado tem crescido a participação também de pequenas e médias empresas, com cargas mais baixas, atraídas pela perspectiva de economia de custos.

A proposta do governo envolve o regramento para a abertura do ACL para consumidores atendidos de baixa tensão, inferior a 2,3 kilovolts (kV), como residências.

4- Membro da IEA

O Brasil fez um pedido formal para se tornar membro da Agência Internacional de Energia (IEA), informou a instituição na manhã nesta terça-feira (2).  A IEA informou ter recebido uma carta de ministros do governo brasileiro solicitando que o Brasil possa iniciar o processo de adesão à agência em sua sede em Paris.

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A AIE é uma fórum autônomo internacional, fundado em 1974 no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), composto por 29 países.

5 – Rússia e China

O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, provavelmente manterão conversações na China na quarta-feira (3), informou a agência de notícias Interfax, citando um assessor do Kremlin.

Putin e Kim participarão de um desfile militar na Praça da Paz Celestial amanhã ao lado do presidente chinês Xi Jinping, e as conversas entre os líderes russo e norte-coreano podem continuar depois, disse a agência de notícias estatal Tass.

*Com informações da Reuters

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