Ibovespa (IBOV) abre em queda e perde os 145 mil pontos; 5 coisas para saber nesta segunda (22)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (22) em queda, perdendo o patamar dos 145 mil pontos nos primeiros minutos de negociação. No radar, está o Boletim Focus divulgado nesta manhã.
Por volta de 10h15, o principal índice da bolsa brasileira recuava 0,74%, aos 144.779,50 pontos. No último pregão, o IBOV chegou a renovar máximas históricas, voltando a superar os 146 mil pontos no melhor momento.
O mercado também está atento às falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participa do Macro Day, evento promovido pelo BTG Pactual.
O dólar à vista operava em alta por volta do mesmo horário, com avanço de 0,18%, a R$ 5,3330.
Day Trade:
Radar do mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda-feira (22)
1 – Relatório Focus
Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) cortaram a projeção para a Selic de 2026 para 12,25% ao ano, mostra o Boletim Focus desta segunda-feira (22).
Para 2025, 2027 e 2028, as estimativas apontam que a taxa básica encerre nos patamares de 15%, 10,50% e 10,00%, respectivamente.
A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do próximo ano também foi jogada para baixo — de 4,30% para 4,29%.
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Já as perspectivas para a inflação deste ano seguem em 4,83% e, para 2027 e 2028, são de respectivos 4,30% e 3,70%.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e ao câmbio, as apostas dos economistas do mercado se mantiveram estáveis.
Os crescimentos da atividade brasileira projetados para este e os próximos três anos são de 2,16%, 1,80%, 1,90% e 2,00%.
Já as previsões para o dólar frente ao real são de, respectivamente, R$ 5,50, R$ 5,60, R$ 5,60 e R$ 5,54.
2 – Embraer (EMBR3)
O Grupo Latam fechou acordo com a Embraer (EMBR3) para o pedido de 74 aeronaves E195-E2, sendo 24 entregas firmes e 50 opções adicionais de compra, mostra comunicado da fabricante brasileira enviado ao mercado nesta segunda (22).
O pedido firme das aeronaves está avaliando em aproximadamente US$ 2,1 bilhões, em preço de tabela dos aviões. O pedido do Grupo Latam à Embraer acompanha o plano de expansão da conectividade na América do Sul.
Segundo o documento, o início das entregas está previsto para o segundo semestre de 2026, inicialmente para a Latam Airlines Brasil, com potencial de inclusão de outras afiliadas do grupo no futuro.
Até então, a Latam não operava aviões da Embraer. O último pedido de aeronaves E2 no Brasil ocorreu pela Azul, a única a voar com essa geração de jatos comerciais no país.
3 – Semana de inflação
A agenda desta semana tem como destaques os dados de inflação dos Estados Unidos e prévia do indicador de preços do Brasil.
Lá fora, sai o índice de gastos de consumo (PCE, na sigla em inglês) de agosto — métrica preferida do Federal Reserve (Fed) para monitorar a inflação.
O dado, que será anunciado na sexta-feira (26), vem após o banco central norte-americano iniciar o ciclo de cortes de juros, e deve oferecer novos sinais sobre a trajetória da economia.
Já por aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deve voltar a subir, segundo as projeções do último Boletim Focus.
A prévia da inflação referente ao mês de setembro será divulgada na quinta-feira (25).
4 – Cosan (CSAN3)
A Cosan (CSAN3) realizou nesta segunda-feira (22) uma teleconferência para dar mais detalhes ao mercado sobre o aporte de R$ 10 bilhões do BTG Pactual Holding & Asset Management e da empresa de investimentos Perfin.
Durante a coletiva, Rodrigo Araujo, CFO da companhia, os recursos da transação serão totalmente alocados para fortalecer a estrutura de capital da Cosan e não serão utilizados para capitalizar a Raízen (RAIZ4).
“Operação que traz uma série de novas características a companhia, com novos sócios. São investidores que agregam muito para companhia e o futuro do grupo vai se dar pelo crescimento do nosso portfólio”, disse.
Vale reforçar que a Aguassanta, de Rubens Ometto, segue com 50,01% das ações, se mantendo como acionista controlador. A capitalização se dará através de dois follow-on, da seguinte maneira:
O primeiro terá oferta-base de R$ 7,25 bilhões, totalmente subscrita pelo Consórcio de Investidores e hot issue de R$ 1,81 bilhão (25% da oferta base), que será destinada apenas à atual base acionária. Todo investidor que participar da transação receberá 50% das ações subscritas com lock-up de 2 anos.
5 – Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil viveu momentos de ouro entre 2020 e 2024, quando o lucro saltou e bateu em R$ 9 bilhões, enquanto o ROE (retorno sobre o patrimônio) chegou à casa dos 20% e o retorno de dividendos alcançou dois dígitos.
Porém, a piora dos números no primeiro e no segundo trimestre fez o banco rever a estratégia, depositando menos dividendos. A parcela paga do lucro para os acionistas, o payout, caiu de 40% para 30%, com rendimentos em torno de 4%.
Mas, ao que parece, a ação do BBAS3 chegou a um piso, e alguns analistas enxergam até uma oportunidade. A pergunta agora é: quando os dividendos polpudos voltarão?
Quem espera que o retorno ocorra no curto prazo pode se decepcionar.
Segundo o JPMorgan, que se reuniu com a administração do Banco do Brasil, ainda é cedo para discutir o payout em 2026.