Ibovespa (IBOV) recua na expectativa por dados ao longo da semana; 5 coisas para saber antes de investir hoje (24)
Em uma semana agitada por dados econômicos e na reta final do mês, o Ibovespa (IBOV) inicia a semana em tom negativo. Os investidores operam em modo de espera por novos dados econômicos, entre eles a inflação, e declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha queda de 0,16%, aos 154.529,17 pontos.
O dólar à vista opera em queda ante o real, e acompanha o desempenho da moeda no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,3984 (-0,06%).
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda-feira (24)
1 – Selic menor em 2026
No Boletim Focus desta segunda-feira (24), os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções para a Selic de 12,25% para 12% em 2026. Para este ano, a estimativa da taxa segue em 15% ao ano.
As expectativas para inflação também foram ajustadas para baixo. Os economistas veem o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) a 4,45% no final de 2025, ante a 4,46% há uma semana. Essa é a segunda redução consecutiva, com a projeção dentro do intervalo de tolerância da meta perseguida pela autarquia, de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.
Em relação ao câmbio, o mercado espera que o dólar frente ao real seja de R$ 5,40 ao final deste ano.
2 – Confiança do consumidor
Os consumidores brasileiros mostraram melhora da confiança pelo terceiro mês seguido em novembro, atingindo o nível mais alto desde o final de 2024, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta segunda-feira (24).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês alta de 1,3 ponto, chegando a 89,8 pontos, patamar mais elevado desde dezembro de 2024 (91,3).
“A confiança do consumidor sinaliza uma trajetória de recuperação gradual ao subir pelo terceiro mês seguido. Houve melhora disseminada entre as faixas de renda, tanto das percepções sobre a situação atual quanto das expectativas”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
3- Prisão preventiva de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã do último sábado (22) pela Polícia Federal, por violar regras da sua prisão domiciliar que vigorava desde agosto.
Já nesta segunda-feira (24), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decide se mantém Bolsonaro em prisão preventiva. Os ministros do colegiado vão votar se confirmam a decisão individual do relator do caso, Alexandre de Moraes, que decretou a prisão do ex-presidente.
Moraes citou a vigília convocada pelo filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas imediações da casa do ex-presidente no sábado às vésperas do encerramento do processo a que Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
O ministro do STF também destacou a violação da tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente como um gravíssimo indício de tentativa de fuga.
Em audiência de custódia que manteve sua prisão preventiva, Bolsonaro alegou que teria tido um ‘surto’ ao tentar violar o equipamento.
4- Meta fiscal
Na noite da última sexta-feira (21), o governo federal anunciou a contenção de R$ 7,7 bilhões em gastos dos ministérios este ano para cumprir regras fiscais, valor menor do que os R$ 12,1 bilhões apontados em avaliação feita em setembro.
Em relatório de avaliação de receitas e despesas, os ministérios da Fazenda e do Planejamento informaram que, para o cumprimento da regra de limite de gastos do ano, será necessário o bloqueio de R$ 4,4 bilhões em despesas, R$ 7,7 bilhões a menos do que a trava implementada em setembro.
Por outro lado, será necessário um contingenciamento de R$ 3,3 bilhões para o cumprimento da meta de resultado primário do ano, de déficit zero com uma banda de tolerância de 0,25% do PIB, o equivalente a R$ 31 bilhões.
5 – Negociações para cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia
Ontem (23), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que fez um bom progresso nas conversações sobre um esboço do plano dos EUA para acabar com a guerra na Ucrânia, quando se reuniu com uma delegação ucraniana em Genebra.
“Portanto, acho que a conclusão é que esta é uma reunião muito, muito significativa, eu diria, provavelmente a melhor reunião e dia que tivemos até agora em todo esse processo, desde quando assumimos o cargo em janeiro”, declarou Rubio aos repórteres.
Em uma declaração conjunta após as negociações de domingo em Genebra que haviam elaborado uma “estrutura de paz refinada” depois que um plano anterior de 28 pontos endossado pelo governo Trump foi criticado pelos aliados de Kiev como sendo muito favorável a Moscou.
Já nesta segunda-feira (24), o Kremlin afirmou que vai esperar para ver como as conversações entre os Estados Unidos e a Ucrânia sobre um possível plano de paz se desenrolam, e não comentará reportagens da mídia sobre uma questão tão séria e complexa.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também disse que a Rússia não havia recebido nenhuma informação oficial sobre o resultado das negociações de Genebra.
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*Com informações de Reuters