Ibovespa (IBOV) avança e tenta retomar os 156 mil pontos à espera de Galípolo; 5 coisas para saber antes de investir hoje (25)
O Ibovespa (IBOV) tenta engatar uma nova alta na expectativa por novas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e início de uma bateria de dados de inflação nos Estados Unidos.
O tom positivo é impulsionado, por sua vez, por comentários do diretor de política monetária do BC, Nilton David. Há pouco, ele afirmou que “aumentar os juros não está mais no cenári-base” da instituição. “A questão agora é entender quando será o processo de corte de juros.”
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha alta de 0,30%, aos 155.742,49 pontos.
O dólar à vista opera em baixa ante o real, e acompanha o desempenho da moeda no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,3651 (-0,55%).
Day Trade:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (25)
1 – BC não está incomodado com juros
Em evento na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reforçou que o BC está dependente de dados e que está “insatisfeito” com expectativas de inflação. Ele ainda disse que as críticas do governo à taxa de juros “não incomodam”.
“Toda vez que for necessário, o BC vai usar a taxa de juros”, acrescentou ontem (24).
Galípolo deve dar novas declarações nesta terça-feira (25). O presidente do BC participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para explicar o acordo da autarquia, elaborado pelo ex-presidente Roberto Campos Neto, para encerrar processo administrativo e o uso de “contas ônibus” pelas fintechs.
O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Saadi, também está presente na audiência.
2 – “Pauta bomba” no Senado
Nesta terça-feira (25), o Senado deve votar o projeto que prevê aposentadoria integral e paritária para agentes comunitários de saúde (ACSs) e agentes de combate às endemias (ACEs). A matéria é considerada uma “pauta bomba”, já que a medida deve gerar um impacto fiscal negativo de R$ 11 bilhões nos próximos três anos, segundo estimativas de técnicos do Congresso.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) já foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
A data de apreciação da medida pelo plenário do Senado foi anunciada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), duas horas depois da indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A Casa desejava que o ex-presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fosse o indicado para a Corte.
Caso seja aprovado, o texto ainda deve passar pela Câmara dos Deputados.
3- Investimento estrangeiro
Neste ano até outubro, os investimentos diretos no Brasil já superaram o total de 2024, segundo dados do Banco Central divulgados na manhã desta terça-feira (25), em meio às expectativas do governo de que esses investimentos alcancem um recorde em 2025.
No período, o investimento direto no país alcançou US$ 74,257 bilhões, alta de 8,8% sobre o ano anterior e acima dos US$ 74,091 bilhões em todo o ano de 2024.
Somente em outubro os investimentos diretos no país alcançaram US$ 10,937 bilhões, acima dos US$ 6,304 bilhões projetados em pesquisa da Reuters e contra US$ 6,698 bilhões em outubro de 2024.
4- Prisão preventiva de Bolsonaro mantida
Ontem (24), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma instalação da Polícia Federal em Brasília.
Bolsonaro, que estava em prisão domiciliar, foi preso no sábado (22) após o ministro do STF Alexandre de Moraes ver risco de fuga do ex-presidente, que foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
Votaram para manter a prisão de Bolsonaro, além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
5 – Juros nos EUA
Nos Estados Unidos, as apostas de novo corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) saltaram para 80%. Nesta manhã (25), a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava 80,7% de chance de o Fed reduzir os juros para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Ontem (24), a probabilidade era de 84,4%. Por sua vez, a expectativa de manutenção dos juros subiu de 15,6% para 19,3% hoje.
A precificação da continuidade do ciclo de afrouxamento monetário foi reforçada por novos comentários de diretores do Fed.
Em destaque, o diretor Christopher Waller afirmou que dados disponíveis indicam que o mercado de trabalho dos EUA continua fraco o suficiente para justificar outro corte nos juros na próxima reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece entre os dias 9 e 10 de dezembro.
Desde a última reunião do Fed, “a maior parte dos dados do setor privado e dos dados anedóticos que obtivemos é que nada realmente mudou. O mercado de trabalho está fraco. Ele continua enfraquecido”, e espera-se que a inflação diminua, disse Waller no programa Mornings with Maria, da Fox Business, ontem (24).
Nos últimos dias, alguns dirigentes do BC norte-americano têm dado declarações divergentes sobre a trajetória dos juros, enquanto o mercado tem fortalecido a expectativa por uma nova redução.
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*Com informações de Reuters