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Ibovespa (IBOV) avança, de olho na inflação dos EUA; 5 coisas para saber nesta sexta (26)

26 set 2025, 10:11 - atualizado em 26 set 2025, 10:18
ações ibovespa
O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira (26) em alta, de olho no PCE dos Estados Unidos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (26) em alta, de olho no índice de preços (PCE) dos Estados Unidos (EUA), que subiu 0,3% em agosto, segundo divulgado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA) nesta manhã.

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O mercado aguardava o dado com expectativa, em meio ao risco de uma inflação mais persistente do que o esperado e à preocupação com o mercado de trabalho e com a saúde da economia.

Este é o primeiro PCE — indicador inflacionário favorito do Federal Reserve (Fed) — após o início da flexibilização monetária no país. Em meados de setembro, o banco central norte-americano reduziu os juros de referência para o intervalo de 4% a 4,25% ao ano.

Por volta de 10h08, o principal índice da bolsa brasileira avançava 0,39%, aos 145.876,22 pontos. Alguns minutos depois, o IBOV chegou a acelerar alta para 0,60%, retomando o patamar dos 146 mil pontos.



dólar à vista operava em queda por volta do mesmo horário, com recuo de 0,50%, a R$ 5,3365.

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Radar do mercado:

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (26)

1 – PCE

O índice de preços (PCE) dos Estados Unidos (EUA) subiu 0,3% em agosto, segundo divulgado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA) nesta sexta-feira (26). O PCE foi a 2,7% em um ano — acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed).

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo da inflação avançou 0,2% no oitavo mês de 2025. No acumulado de 12 meses, os preços foram a 2,9%.

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O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, que esperava aumentos de justamente 0,3% no mês e de 2,7% em um ano, segundo as projeções do Investing.com.

O PCE de agosto veio após o índice subir 0,2% no sétimo mês do ano e 2,6% em 12 meses. O núcleo, por sua vez, registrou avanços de respectivos 0,3% e 2,9% na leitura de julho.

2 – Ambipar (AMBP3)

A agência de risco S&P Global rebaixou a nota de crédito (rating) da Ambipar (AMBP3) de ‘BB-‘ para ‘D’. A classificação que equivale a um calote da dívida (default). A decisão ocorreu um dia após a companhia obter uma proteção judicial contra credores.

A liminar suspende qualquer cláusula contratual que possa levar a um vencimento antecipado dos compromissos da companhia, um passo que pode anteceder recuperação judicial. Segundo a S&P, essa ação é “equivalente a uma reestruturação geral da dívida”, o que justifica a classificação ‘D’.

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A notícia sobre a proteção contra os credores derrubou as ações da Ambipar. A medida, que revela dificuldades de pagamento vinculadas a operações com derivativos atreladas a green bonds, derrubou as ações da empresa de soluções ambientais.

Os papéis chegaram a cair mais de 40% no pregão de ontem da B3 e fecharam com perda de 24%.

3 – Dividendos da Cury (CURY3)

Cury (CURY3) anunciou nesta quinta-feira (25) o pagamento de R$ 200 milhões em dividendos.

Terão direito aos dividendos os acionistas da companhia na data-base de 30 de setembro de 2025.

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As negociações das ações da companhia ocorrerão “ex-dividendos” a partir de 1º de outubro de 2025. O pagamento dos dividendos será realizado em uma única parcela, no dia 7 de outubro de 2025.

4 – Tarifas de Trump

O presidente Donald Trump anunciou na quinta-feira (25) uma nova rodada de tarifas punitivas sobre uma ampla gama de bens importados, incluindo 100% de tarifas sobre medicamentos de marca, 25% sobre caminhões pesados, além de tarifas para móveis, com entrada em vigor prevista para a próxima semana.

A mais recente ofensiva tarifária, que Trump disse ter como objetivo proteger a indústria manufatureira dos Estados Unidos e a segurança nacional, segue-se a tarifas generalizadas de até 50% sobre parceiros comerciais e outras tarifas direcionadas sobre produtos como aço.

As medidas lançaram uma sombra sobre o crescimento global e paralisaram a tomada de decisões empresariais ao redor do mundo, enquanto o Federal Reserve afirmou que também estão contribuindo para o aumento dos preços ao consumidor nos EUA.

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Os anúncios de Trump em sua rede social não mencionaram se as novas tarifas se somarão às tarifas nacionais já existentes. No entanto, acordos comerciais recentes com Japão, União Europeia e Reino Unido incluem disposições que limitam as tarifas sobre produtos específicos, como os farmacêuticos.

5 – Gol e Azul

Gol (GOLL54) e Azul (AZUL4) anunciaram na noite de quinta-feira (25) o fim das negociações de fusão entre as empresas áreas. Após assinarem um memorando de entendimento para a fusão no início do ano, o encerramento do projeto é creditado ao processo de recuperação judicial da Azul.

“As partes não tiveram discussões significativas ou progrediram em uma possível operação de combinação de negócios por vários meses como resultado do foco da Azul em seu processo de Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA)”, afirmou a Gol em carta enviada à Azul e disponibilizada em comunicado ao mercado.

No mesmo documento, a Gol afirma que “a execução do MOU (Memorando de Entendimentos) e o pré-arquivamento junto ao Cade ocorreram em outro cenário e em outro momento das empresas, que não é mais o mesmo”.

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*Com informações da Reuters 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.