Ibovespa (IBOV) opera estável com deflação e tensão entre Fed e Trump; 5 coisas para saber antes de investir hoje (26)

O Ibovespa (IBOV) repercute dados de inflação no Brasil, mas a tensão entre o governo e o Banco Central nos Estados Unidos concentra as atenções nesta terça-feira (26).
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha queda 0,01%, aos 138.009,58 pontos.
O dólar à vista opera em leve queda ante o real, em sintonia com o exterior. No mesmo horário, o dólar à vista caía a R$ 5,4065 (-0,14%).
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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (26)
1- Prévia da inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, teve deflação de 0,14 % em agosto, após alta de 0,33% no mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na manhã desta terça-feira (26). Essa é a primeira deflação em dois anos.
A prévia da inflação acumula alta de 3,26% no ano e de 4,95% em doze meses. No mês passado, esses números eram de 3,40% e 5,30%, respectivamente.
A projeção era de que o IPCA-15 recuaria 0,21% neste mês, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Broadcast. No acumulado de 12 meses, a previsão era de que o índice fecharia em 4,88%.
2- Déficit em conta corrente
O Brasil registrou déficit em transações correntes maior do que o esperado em julho, mas os investimentos diretos no país superaram as expectativas, informou o Banco Central.
No mês, o déficit em transações correntes atingiu US$ 7,067 bilhões, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,50% do Produto Interno Bruto (PIB).
A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas apontava para um saldo negativo de US$ 5,6 bilhões em julho. No mesmo período do ano anterior, houve déficit de US$5,156 bilhões
3- Movimentações no câmbio
Na noite da última segunda-feira (25), o Banco Central informou que dará início a leilões para rolagem de contratos de swap cambial, que expiram em 1º de outubro de 2025, a partir de 2 de setembro.
A autarquia informou que, como de costume, os lotes ofertados poderão ser alterados a cada dia e que as propostas acatadas podem eventualmente ser inferiores à oferta, a depender das condições de demanda.
Segundo o BC, as condições de cada leilão serão divulgadas “oportunamente”.
No swap cambial tradicional, o título paga ao comprador a variação da taxa de câmbio acrescida de uma taxa de juros. Em troca, o BC recebe a variação da taxa Selic. A operação funciona como uma injeção de dólares no mercado futuro.
4- Trump x Fed
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu a diretora do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Lisa Cook, por alegações de impropriedade em empréstimos hipotecários.
Trump pediu a renúncia de Cook em 20 de agosto, depois que o diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional dos EUA, William Pulte, nomeado por Trump, acusou-a de reivindicar duas de suas hipotecas como residências principais. O Departamento de Justiça dos EUA disse que estava investigando o assunto.
“Determinei que há causa suficiente para removê-la de seu cargo”, disse Trump em uma carta a Cook publicada em sua plataforma Truth Social.
O presidente ainda disse que havia provas suficientes de que Cook havia feito declarações falsas em pedidos de hipoteca. “No mínimo, a conduta em questão demonstra o tipo de negligência grave em transações financeiras que questiona sua competência e confiabilidade como reguladora financeira.”
A demissão de Cook marca uma escalada na tentativa de Trump de remodelar a composição da liderança do Fed. Ele vem pressionando o Banco Central, em ataques diretos ao chair Jerome Powell, para que faça cortes agressivos nas taxas de juros.
5- Todos os olhos em Nvidia
O resultado da operação da Nvidia na China será o foco dos investidores no balanço da companhia. A divulgação dos números está prevista para hoje (26) depois do fechamento dos mercados.
A pioneira em chips de inteligência artificial concordou recentemente em pagar um alíquota de 15% sobre a receita das vendas feitas na China ao governo norte-americano em troca de licenças de exportação.
No ano passado, a China foi responsável por 13% da receita da Nvidia. Para o segundo trimestre encerrado em julho de 2025, muitos analistas não levaram em conta nenhuma receita das vendas de H20, uma vez que a aprovação dos Estados Unidos ocorreu no final do trimestre, enquanto a resistência da China complica os cálculos de previsão para o ano.
Em maio, a Nvidia havia dito que as restrições reduziriam as vendas em US$8 bilhões no trimestre de julho. As restrições levaram a um prejuízo de US$4,5 bilhões no trimestre anterior.
De modo geral, espera-se que a empresa informe um crescimento de 53,2% da receita do segundo trimestre de, para US$46,02 bilhões, de acordo com dados da LSEG.
*Com informações de Reuters