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Ibovespa (IBOV) sobe 1% com encontro entre Lula e Trump e renova recorde intradia; 5 coisas para saber antes de investir hoje (27)

27 out 2025, 10:11 - atualizado em 27 out 2025, 10:13
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) começa a semana com impulso das commodities, com destaque para o minério de ferro. Os investidores ainda dividem as atenções com os balanços corporativos, tratativas comerciais entre Estados Unidos e Brasil, além de acordos entre as duas maiores economias do mundo.

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Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha alta de 0,98%, aos 147.608,59 pontos. Com o avanço, o Ibovespa renovou o recorde histórico intradia — o maior nível anterior foi registrado em 30 de setembro, aos 147.578,39 pontos.



O dólar à vista opera em queda ante o real, na esteira do exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,3673 (-0,47%).

Day Trade: 

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda-feira (27)

1 – Projeção do IPCA próximo ao teto da meta

Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções para inflação pela quinta semana consecutiva, de acordo com o  Boletim Focus desta segunda-feira (27). A previsão do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 4,70% para 4,56% em 2025 — próximo ao intervalo de tolerância da meta perseguida pela autarquia, de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.

As perspectivas para o IPCA nos próximos três anos também sofreram revisões para baixo.

Os economistas também reduziram as estimativas para Produto Interno Bruto (PIB) e câmbio. As projeções para a taxa básica de juros, a Selicficou estável em 15% para este ano pela 18ª semana consecutiva.

2- Lula e Trump

Neste domingo (26), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram uma reunião bilateral na Malásia. Esse foi o primeiro encontro dos mandatários.

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“Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”, escreveu Lula em uma publicação nas redes sociais após o encontro.

Lula pediu ao presidente norte-americano que a taxação seja suspensa durante o processo de negociação, segundo relato do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, que participou da reunião realizada em meio à cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Vieira, em entrevista coletiva, ainda disse que o governo norte-americano concordou com uma cronograma de negociações com o Brasil para chegar a um acordo sobre o tarifaço contra o Brasil, nas próximas semanas.

O ministro também afirmou que Trump se comprometeu a visitar o Brasil e Lula se comprometeu em visitar os EUA.

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“(Trump e Lula) estabeleceram, inclusive, que haverá visitas recíprocas. O presidente Trump quer ir ao Brasil e o presidente Lula aceitou também, disse que irá com prazer aos Estados Unidos no futuro”, disse Vieira.

3- Relações comerciais entre EUA e China

Neste fim de semana, os Estados Unidos eliminaram a ameaça das tarifas de 100% sobre as importações chinesas a partir de 1º de novembro.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que espera que a China adie a implementação de seu regime de licenciamento de minerais de terras raras e ímãs por um ano, enquanto a política é reconsiderada.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país norte-americano e a China estão prontos para alcançar um acordo comercial, já que ele deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, no final desta semana na Coreia do Sul.

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“Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo”, disse Trump aos repórteres no avião presidencial Força Aérea Um, a caminho do Japão, vindo da Malásia. “A China está chegando e será muito interessante.”

Trump acrescentou que talvez assine um acordo final sobre o TikTok na próxima quinta-feira (30).

4- Novo presidente do Fed

Na manhã desta segunda-feira (27), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que o governo pretende definir o nome do próximo presidente do  Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) “antes do Natal”.

Segundo ele, cinco candidatos seguem na disputa e uma nova rodada de entrevistas será feita após o feriado de Ação de Graças. “Queremos apresentar uma boa lista ao presidente logo depois do feriado”, disse.

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O presidente Donald Trump endossou o cronograma, mas destacou que a decisão final caberá a ele. “É o trabalho mais fácil do mundo, mas para fazê-lo bem é preciso ser muito inteligente. E temos hoje alguém que não é nada inteligente”, afirmou, em referência ao atual presidente do Fed, Jerome Powell.

Trump também brincou sobre os possíveis indicados, citando Bessent, o representante comercial dos EUA (USTR), Jamieson Greer, e o secretário de Estado, Marco Rubio.

5 – Vitória de Milei na Argentina

O partido do presidente da Argentina, Javier Milei, obteve a vitória nas eleições legislativas de meio de mandato.

O resultado das urnas foi um alívio para Milei, cujos números nas pesquisas haviam caído nas últimas semanas, e também agradou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cujo governo enfrentou críticas depois de conceder à Argentina um grande socorro financeiro.

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“Parabéns ao presidente Javier Milei por sua vitória esmagadora na Argentina. Ele está fazendo um trabalho maravilhoso! Nossa confiança nele foi justificada pelo povo da Argentina”, disse Trump em uma publicação no Truth Social.

Para apoiar Milei, o governo Trump ofereceu um resgate potencialmente no valor de US$ 40 bilhões, incluindo um swap cambial de US$ 20 bilhões que já foi assinado e uma proposta de facilidade de investimento em dívida de US$ 20 bilhões.

“Esperamos dar continuidade aos passos em direção à liberdade econômica que atrairá investimentos do setor privado e criadores de empregos, trazendo prosperidade ao povo argentino”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em um post no X, ao parabenizar Milei.

Os analistas disseram que o resultado mais forte do que o esperado poderia refletir o medo de uma nova turbulência econômica se o país abandonasse as políticas de austeridade de Milei que, ao mesmo tempo em que cortam os subsídios dos quais muitos argentinos dependem há muito tempo, conseguiram reduzir drasticamente a inflação.

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“Os argentinos mostraram que não querem voltar ao modelo de fracasso”, disse Milei, falando triunfante diante de uma multidão de apoiadores em um hotel em Buenos Aires após o anúncio dos resultados.

*Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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