Mercados

Ibovespa (IBOV) cai com indústria forte e sem payroll; 5 coisas para saber antes de investir hoje (3)

03 out 2025, 10:12 - atualizado em 03 out 2025, 10:19
ibovespa-ibov-acoes-fechamento
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) encerra a primeira semana de outubro acumulando perdas. Nesta sexta-feira (3), o tom negativo deve-se à produção industrial mais forte do que o esperado no Brasil e as incertezas sobre a política monetária dos Estados Unidos sem a divulgação do payroll.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha queda de 0,06%, aos 143.860,77 pontos. 



O dólar à vista opera em leve alta ante o real, na contramão do exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,3410 (+0,03%).

Day Trade: 

Radar do Mercado: 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (3)

1- Produção industrial

A produção industrial do Brasil cresceu mais do que o esperado em agosto depois de quatro meses de fraqueza, mesmo com a entrada em vigor das tarifas dos Estados Unidos e em meio a um cenário de juros elevados no país.

Em agosto, a indústria nacional registrou avanço de 0,8% em relação ao mês anterior, resultado que ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%.

Esse foi o maior avanço mensal desde março, quando a produção das fábricas cresceu 1,7%.

Nos quatro meses seguintes o setor apresentou queda da produção em três deles, sendo que em junho expandiu apenas 0,1%, e acumulou nesse período perda de 1,2%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

2- Com a palavra, Lula

Nesta manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que faltarão acomodações para os participantes da conferência climática da ONU COP 30, que será realizada em novembro em Belém, e disse não temer o esvaziamento do evento devido aos altos preços de hospedagem na capital paraense.

Em entrevista à TV Liberal, do Pará, Lula também afirmou que o atual patamar da taxa de juros é um “problema” que precisa ser consertado.

3- Shutdown nos EUA

Nesta sexta-feira (3), o Senado dos Estados Unidos (EUA) votará novamente os planos democratas e republicanos para encerrar a paralisação do governo, que está entrando em seu terceiro dia. A máquina pública entrou oficialmente em shutdown (paralisação) na última quarta-feira (1º).

Ainda não há consenso entre os partidos. Os democratas afirmam que qualquer pacote de financiamento também deve expandir os subsídios de saúde da era da pandemia, que irão expirar no final de dezembro, enquanto os republicanos afirmam que essa questão deve ser tratada separadamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enquanto isso, o presidente norte-americano, Donald Trump, congelou US$ 26 bilhões destinados aos Estados de tendência democrata e ameaçou demitir mais funcionários federais, além dos 300.000 que ele terá forçado a sair até o final do ano. O chefe de orçamento, Russ Vought, pediu às agências federais que elaborassem planos para demitir aqueles cujo trabalho não esteja alinhado com as prioridades do governo.

A paralisação, a 15ª desde 1981, suspendeu a pesquisa científica, os relatórios de dados econômicos, a regulamentação financeira e uma ampla gama de outras atividades.

O pagamento foi suspenso para cerca de 2 milhões de funcionários federais, embora as tropas, os agentes de segurança dos aeroportos e outros considerados “essenciais” ainda devam se apresentar ao trabalho.

4 – Alerta do Fed

O presidente da unidade do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) de Nova York, John Williams, disse que mudanças imprevisíveis são inevitáveis e que os bancos centrais precisam estar cientes disso e ter estratégias para operar nesses ambientes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Mudanças imprevisíveis e incertezas certamente continuarão conosco no futuro próximo”, disse Williams, destacando questões como “os efeitos das contínuas mudanças demográficas globais, inteligência artificial e inovações potencialmente transformadoras em nossos sistemas financeiros”.

Os comentários de Williams, que foram feitos em discurso preparado para um evento em Amsterdã, não abordaram as perspectivas da política monetária dos Estados Unidos.

Williams atua como vice-presidente do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que estabelece as taxas de juros dos EUA. O colegiado reduziu os juros norte-americanos no mês passado, com as autoridades tentando compensar os riscos crescentes para o mercado de trabalho do país.

5- Petróleo em leve recuperação

Os preços do petróleo tentam recuperar as perdas da semana, ainda com preocupações com o excesso de oferta da commodity antes da reunião mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no radar. Os membros do grupo devem se encontrar no próximo domingo (5).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Opep+ pode concordar em aumentar a produção de petróleo em até 500.000 barris por dia em novembro, o triplo do aumento de outubro, já que a Arábia Saudita busca recuperar sua participação no mercado, disseram três fontes familiarizadas com as negociações à Reuters.

Ontem (2), o contrato mais líquido do Brent, referência mundial, para dezembro, encerrou a sessão com recuo de 1,89%, a US$ 64,11 o barril no pregão da Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Já o contrato para novembro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, teve baixa 2,10%, a R$ 60,48 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos — no menor desde 30 de maio.

Nesta sexta-feira (3), os contratos ensaiam recuperação. Por volta de 10h (horário de Brasília), o Brent para dezembro subia 0,39%, a US$ 64,38 o barril, enquanto o WTI tinha avanço de 0,45%, a US$ 60,75 o barril.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

*Com informações de Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.