Ibovespa (IBOV) mantém ritmo de alta aos 147 mil pontos e caminha para setembro positivo; 5 coisas para saber antes de investir hoje (30)

O Ibovespa (IBOV) chegou ao fim de setembro em tom positivo com valorização acumula de quase 3,5%. O último dia do mês, por sua vez, promete ser agitado com reação a novos dados de emprego e o risco de paralisação do governo dos Estados Unidos, além da queda do petróleo.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha alta de 0,63%, aos 147.252,90 pontos.
O dólar à vista opera em queda ante o real, acompanhando o exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,3155 (-0,13%).
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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (30)
1- Taxa de desemprego
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na manhã desta terça-feira (30).
O resultado ficou em linha com o esperado: a mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 5,6% no período.
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego se mantém no piso histórico de agosto. O nível de ocupação também se manteve no maior valor da série histórico, aos 58,8%.
2- Dívida pública
A dívida bruta do Brasil ficou estável em agosto, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário menor do que o esperado, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central.
A dívida pública bruta do país como proporção do Produto Interno Bruto fechou agosto em 77,5%, mesmo nível do mês anterior e abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 78,0%.
Já a dívida líquida do setor público foi a 64,2%, de 63,6% em julho e expectativa de 64,1%.
Em agosto, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 17,255 bilhões, menor do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$ 21,0 bilhões.
O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$ 15,934 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram rombo primário de R$ 1,314 bilhão e as estatais tiveram saldo negativo de R$ 6 milhões, mostraram os dados do Banco Central.
3- Petróleo em queda
Os preços do petróleo operam em forte queda pelo segundo dia consecutivo, em meio a relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, que são liderados pela Rússia, (Opep+) planeja outro aumento na produção da commodity em novembro.
Espera-se que a Opep+ confirme o aumento de pelo menos 137.000 barris por dia (bpd) em novembro. Segundo fontes à Reuters, o movimento é baseado na recente valorização do óleo bruto que, por sua vez, incentiva os esforços para recuperar a participação de mercado.
Ontem (29), O contrato mais líquido do Brent, referência mundial, para dezembro, encerrou a sessão com queda de 3,08%, a US$ 67,09 o barril no pregão da Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já o contrato para novembro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, recuou 3,45%, a R$ 63,45 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
Na manhã desta terça-feira (30), os contratos do Brent e do WTI operam com queda de 2%.
4- Shutdown nos EUA
Os Estados Unidos (EUA) se preparam para uma paralisação (shutdown) do governo já que parece ser improvável que republicanos e democratas cheguem a um acordo para prorrogar o financiamento após o prazo de meia-noite (horário local).
O Senado, controlado pelos republicanos, deve votar um projeto de lei de gastos temporários que já falhou uma vez, sem nenhum sinal de que uma segunda votação trará sucesso. Os democratas querem modificar o projeto de lei de gastos para prorrogar os benefícios de saúde que expiram no final do ano para milhões de norte-americanos. Os republicanos dizem que devem tratar dessa questão separadamente.
Enquanto isso, as agências federais divulgaram planos detalhados que fechariam escritórios que realizam pesquisas científicas, atendimento ao cliente e outras atividades não consideradas “essenciais” e mandariam milhares de trabalhadores para casa se o Congresso não chegar a um acordo.
As companhias aéreas advertiram que uma paralisação pode atrasar os voos, enquanto o Departamento do Trabalho disse que não divulgará seu relatório mensal de emprego, o payroll — previsto para a próxima sexta-feira (3).
5- Cessar-fogo em Gaza
No tarde de ontem (29), a Casa Branca divulgou um documento de 20 pontos para um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
O plano prevê uma troca de reféns mantidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos mantidos por Israel, uma retirada israelense de Gaza, o desarmamento do Hamas e um governo de transição liderado por um órgão internacional.
Em entrevista coletiva, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “por concordar com o plano e por confiar que, se trabalharmos juntos, poderemos pôr um fim à morte e à destruição que temos visto por tantos anos, décadas e até séculos”.
Por enquanto, o Hamas está avaliando a proposta. “Os negociadores do Hamas disseram que analisariam o plano de boa fé e dariam uma resposta”, afirmou uma autoridade informada sobre as negociações à Reuters nesta terça-feira (30).
O grupo extremista não participou das rodadas de negociações que antecederam o plano de Trump.
*Com informações de Reuters