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Ibovespa (IBOV) avança e mira os 154 mil pontos com commodities após Copom; 5 coisas para saber antes de investir hoje (6)

06 nov 2025, 10:11 - atualizado em 06 nov 2025, 10:11
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Depois de alcançar os 153 mil pontos pela primeira vez, o Ibovespa (IBOV) tenta manter o patamar recorde com “forças opostas”: um tom mais ‘duro’ do Copom, que dissipou as apostas de corte nos juros ainda neste ano, e a forte valorização das commodities.

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Os balanços corporativos e as movimentações comerciais no exterior, além da continuidade da paralisação (shutdown) da máquina pública dos Estados Unidos, também dividem as atenções dos investidores.

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha alta de 0,33%, aos 153.787,88 pontos, em novo recorde intradia.



O dólar à vista opera em queda ante o real, e acompanha o desempenho da moeda no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,3393 (-0,41%).

Day Trade: 

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta-feira (6)

1 – Selic em 15% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15,00% ao ano, no maior nível da taxa básica de juros desde meados de 2006, na quarta-feira (5).

Essa foi a terceira manutenção consecutiva e em linha com o esperado pelo mercado. A decisão do colegiado foi unânime.

O colegiado, entre outros fatores, observou que a inflação cheia e as medidas adjacentes “apresentaram algum arrefecimento”, mas seguem acima da meta de inflação.

Mas, para os diretores do BC, expectativas seguem desancoradas, além de projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. E, por isso, a política monetária deve seguir em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.

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2- Isenção para salários de R$ 5 mil

No noite de ontem (5), o Senado aprovou o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, concede desconto aos que recebem até R$ 7.350 e cria uma taxação mínima para pessoas de renda mais alta.

O projeto mantém a taxação mínima de até 10% sobre pessoas de alta renda para compensar a perda de receita gerada pela isenção, medida proposta e defendida pelo governo.

Aprovado de maneira unânime em votação simbólica, e sem mudanças em relação à versão produzida em outubro pela Câmara, o projeto segue direto para sanção presidencial.

Com a sanção ainda neste ano, a isenção ampliada começará a valer já em 2026.

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3- Fiscal ‘não vai explodir’, diz Haddad

Em entrevista ao portal UOL nesta manhã (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o desempenho fiscal do país irá “explodir” em 2027, afirmando ainda que o Orçamento do ano que vem a ser encaminhado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional preverá um superávit nas contas públicas.

“O fiscal não vai explodir em 2027, como não explodiu, por exemplo, quando fizemos a PEC da Transição”, disse Haddad segundo o UOL.

“É como se as pessoas dissessem: ‘Olha, se continuar fazendo essa trajetória vai bater no muro’. Mas não é assim. Tem um piloto ali. Estamos numa pista de Fórmula 1, vamos fazendo as curvas, tangenciando”, acrescentou.

O ministro disse ainda que a equipe econômica está fechando o Orçamento do ano que vem, que incluirá uma meta de superávit prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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4- Novo acordo UE-China entrou no radar

Nesta quinta-feira (6), o Ministério do Comércio da China sinalizou novas perspectivas para um acordo comercial ou de investimento com a União Europeia (UE), levantando a ideia de negociações para um acordo semelhante a um pacto de investimento histórico cuja ratificação foi congelada em 2021.

“A China está disposta a aprofundar a cooperação mutuamente benéfica com a UE e explorar a possibilidade de negociar vários acordos econômicos e comerciais, incluindo acordos de investimento”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio quando perguntado se Pequim planejava reiniciar as negociações sobre o Acordo Abrangente de Investimento UE-China.

“A China e a União Europeia compartilham amplos interesses em comum e há áreas significativas para cooperação nos setores econômico e comercial”, afirmou He Yadong, acrescentando que Pequim notou a recente série de acordos de livre comércio de Bruxelas e seu aparente impulso para diversificar as exportações.

5 – Juros na Inglaterra

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve a taxa de juros inalterada nesta quinta-feira (6).

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Mas uma votação apertada e sinais de que o presidente da autoridade monetária britânica, Andrew Bailey, poderá em breve se juntar àqueles que buscam um corte mantêm a porta aberta para uma mudança após o orçamento do governo no final deste mês.

Ciente da taxa de inflação ainda alta do Reino Unido, o Comitê de Política Monetária do país, composto por nove membros, votou por 5 a 4 para manter a taxa básica de juros do banco central em 4,0%.

A maioria dos economistas consultados pela Reuters na semana passada previu uma decisão pela manutenção por 6 votos a 3.

*Com informações de CNBC e Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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