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Ibovespa (IBOV) tenta defender os 153 mil pontos com pressão negativa de NY; 5 coisas para saber antes de investir hoje (7)

07 nov 2025, 10:10 - atualizado em 07 nov 2025, 10:11
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Na maior sequência de ganhos em quase 30 anos, o Ibovespa (IBOV) tenta defender o nível dos 153 mil pontos nesta sexta-feira (7), em meio à pressão negativa de Wall Street e forte queda das exportações chinesas. Os balanços corporativos, com destaque para  Petrobras (PETR4), limitam as perdas.

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Os balanços corporativos e as movimentações comerciais no exterior, além da continuidade da paralisação (shutdown) da máquina pública dos Estados Unidos, também dividem as atenções dos investidores.

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha queda de 0,19%, aos 153.044,13 pontos. 



O dólar à vista opera em queda ante o real, e acompanha o desempenho da moeda no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,3636 (+0,27%).

Day Trade: 

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (7)

1 – Superávit comercial

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,964 bilhões em outubro, uma alta de 70,2% sobre o saldo apurado no mesmo mês do ano passado, com exportação recorde para o mês e um recuo nas importações, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na tarde de quinta-feira (7).

Os dados da pasta mostram que o país registrou crescimento nas vendas ao exterior mesmo diante de uma queda mais profunda nas exportações para os Estados Unidos, sob impacto do tarifaço sobre produtos brasileiros, mas também de uma demanda menor do país norte-americano mesmo em áreas não tarifadas.

O saldo comercial de outubro veio acima de expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam superávit de US$ 6,2 bilhões para o mês.

2- Poupança registra 4º mês seguido de saques

A caderneta de poupança no Brasil registrou saques líquidos pelo quarto mês consecutivo em outubro, totalizando R $9,652 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC) nesta sexta-feira (7).

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No acumulado do ano, a poupança registra retirada líquida de R$ 88,121 bilhões.

Em outubro, houve saldo negativo de R$ 6,883 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto a poupança rural teve saques líquidos de R$ 2,769 bilhões. As duas modalidades tiveram saídas nos quatro meses anteriores.

A rentabilidade atual da caderneta de poupança é dada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Esta fórmula vale enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano — a taxa básica de juros está atualmente em 15% ao ano.

3- IGP-DI de outubro

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,03% em outubro, ante elevação de 0,36% no mês anterior, em uma queda menor do que a expectativa de agentes do mercado apurada em pesquisa Reuters, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira (7).

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A expectativa na pesquisa Reuters era de deflação de 0,22%. Com o resultado de outubro, o IGP-DI acumula no ano queda de 1,31%, ao passo que em 12 meses o índice está em alta de 0,73%, segundo a FGV.

A deflação em outubro foi impactada pela queda registrada em produtos agropecuários e de energia, segundo o economista do FGV Ibre Matheus Dias.

“No IPA, destacou-se a queda generalizada de produtos agropecuários com peso significativo na estrutura do índice, como café em grão, trigo em grão, soja em grão e leite in natura, que exerceram pressão deflacionária. Quanto aos preços ao consumidor, passagens aéreas e tarifas de energia elétrica foram os principais responsáveis pela desaceleração”, disse ele, segundo comunicado da FGV.

4- Exportações da China têm pior queda em nove meses

As exportações da China tiveram uma queda inesperada em outubro, após meses de antecipação de pedidos dos Estados Unidos para contornar as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

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A segunda maior economia do mundo tem se esforçado muito para diversificar seus mercados de exportação desde que Trump venceu a eleição presidencial de novembro passado, preparando-se para uma retomada da guerra comercial que dominou seu primeiro mandato e buscando laços comerciais mais estreitos com o Sudeste Asiático e a União Europeia.

Mas nenhum outro país chega perto de igualar as vendas anuais da China de mais de US$ 400 bilhões em mercadorias para os EUA, uma perda que os economistas estimam ter reduzido o crescimento das exportações da China em cerca de 2 pontos percentuais, ou aproximadamente 0,3% do PIB.

Dados alfandegários de outubro reforçaram essa perspectiva, já que as exportações da China diminuíram 1,1%, o pior desempenho desde fevereiro, revertendo o aumento de 8,3% registrado em setembro e ficando abaixo da previsão de crescimento de 3,0% em uma pesquisa da Reuters.

5 – Terras raras

A China começou a projetar um novo regime de licenciamento de terras raras que poderá acelerar as exportações, mas é improvável que isso represente uma reversão completa das restrições, conforme esperado por Washington, disseram membros do setor.

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O Ministério do Comércio disse a alguns exportadores de terras raras que eles poderão solicitar novas licenças simplificadas no futuro e, em reuniões do setor, delineou os documentos que serão exigidos, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.

As restrições à exportação se tornaram a fonte mais potente de influência de Pequim em sua rivalidade comercial com Washington. A China produz mais de 90% das terras raras processadas e ímãs de terras raras do mundo, vitais em produtos que vão de carros a mísseis.

Na semana passada, após o acordo firmado entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, a China disse que faria uma pausa de um ano nas restrições impostas em outubro.

*Com informações de CNBC e Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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