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Ibovespa (IBOV) sobe com exterior e expectativa de aprovação da MP da taxação; 5 coisas para saber antes de investir hoje (8)

08 out 2025, 10:16 - atualizado em 08 out 2025, 10:17
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) tenta retomar os 142 mil pontos com a recuperação do petróleo e dos índices de Wall Street, em meio à expectativa de aprovação da medida provisória alternativa às mudanças do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas Casas Legislativas.

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Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha alta de 0,33%, aos 141.818,02 pontos. 



O dólar à vista opera em queda ante o real, na contramão do exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,3298 (-0,38%).

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quarta-feira (8)

1- Aprovação do governo

A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva  chegou a seu melhor nível neste ano, embora ainda seja menor que a avaliação negativa.

De acordo com o levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta manhã desta quarta-feira (8), 33% avaliam o governo de maneira positiva, ante 31% na rodada anterior, em setembro.

A avaliação negativa bateu 37% em outubro, um ponto percentual a menos do que o aferido em setembro. Os que avaliam o governo como regular são 27%, contra 28% na pesquisa anterior.

A aprovação pessoal do presidente também seguiu o curso de melhora da avaliação iniciado em maio.

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Em outubro, 48% disseram aprovar o governo, melhor patamar do ano e dois pontos percentuais a mais do que em setembro, enquanto 49% responderam que o desaprovam, configurando um empate dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Em setembro, a desaprovação era de 51%.

A melhora dos índices ocorre em meio à discussão da proposta do governo de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$5 mil mensais.

Também tem contribuição das notícias sobre o encontro de Lula com o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral da ONU — o que “preparou o terreno” para um telefonema entre os dois na segunda-feira, abrindo as negociações sobre a tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros importados pelos EUA.

2- MP da taxação

A aprovação da medida provisória (MP) 1.303, que eleva a taxação sobre aplicações financeiras e bets, deve acontecer no Congresso ainda nesta quarta-feira (8), último dia de validade da medida.

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Ontem (7), a proposta foi aprovada em Comissão Mista do Congresso e agora segue para apreciação pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

O texto excluiu a elevação da taxação sobre apostas esportivas online (bets). Agora, as empresas que exploraram a atividade em anos anteriores deve declarar as receitas retroativas mediante o pagamento de 15% de Imposto de Renda (IR) e multa de 100% sobre esse valor apurado.

As As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e de Crédito Imobiliário (LCI), das Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCD), Letras Hipotecárias (LH) e Letras Imobiliárias Garantidas (LIG) seguiram isentas de IR.

Ao todo, a MP prevê arrecadação de mais de R$ 17 bilhões em 2026. A estimativa inicial do governo quando encaminhou a MP ao Congresso era de um aumento de R$20,9 bilhões da arrecadação no ano que vem.

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Vale lembrar que a medida foi editada na intenção de compensar a perda de arrecadação após o governo recuar de parte do aumento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

3- Tarifa zero de transporte público

Na última terça-feira 7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta de tarifa zero no transporte público deve integrar a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.

Segundo Haddad, um estudo técnico sobre a viabilidade da medida está em andamento por determinação de Lula. “Nós estamos fazendo nesse momento uma radiografia do setor a pedido do presidente Lula. Ele sabe que esse tema é importante para os trabalhadores, para o meio ambiente e para a mobilidade urbana”, disse Haddad em entrevista à Record TV.

4- Poupança

A caderneta de poupança no Brasil registrou o segundo maior volume de saques líquidos no ano em setembro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Banco Central.

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No mês passado, houve um saque total de R$ 15,011 bilhões, volume que fica atrás apenas dos R$ 26,226 bilhões de janeiro. Somente os meses de maio e junho deste ano registraram depósitos líquidos.

Em setembro, houve um saldo negativo de R$11,721 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Já a poupança rural teve saques de R$3,290 bilhões.

O resultado mensal levou o total de retiradas líquidas no acumulado do ano a R$ 78,469 bilhões.

A rentabilidade atual da caderneta de poupança é dada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Esta fórmula vale enquanto a Selic estiver acima de 8,5% ao ano — a taxa básica de juros está atualmente em 15% ao ano.

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Em 2024, a poupança registrou saques líquidos de R$ 15,467 bilhões.

5- Shutdown nos EUA

A paralisação (shutdown, em inglês) da máquina pública dos Estados Unidos entrou no oitavo dia nesta quarta-feira (8).

Ontem (7), o presidente Donald Trump afirmou que alguns funcionários federais afastados do trabalho durante  o shutdown não receberão salários retroativos quando retornarem ao trabalho.

“Eu diria que depende de quem estamos falando”, disse ele. Uma lei de 2019, assinada por Trump ,determina que funcionários públicos afastados do trabalho “serão pagos pelo período de interrupção das verbas”.

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Os republicanos parecem estar sob crescente pressão para considerar as demandas dos democratas em relação à saúde, que têm estado no cerne da divergência entre os dois partidos.

Segundo relatos, a senadora republicana Susan Collins teria compartilhado um “rascunho para discussão” de uma proposta que inclui promessas do Partido Republicano para um acordo com o Obamacare.

Os dados econômicos seguem com as divulgações suspensas. Hoje, o mercado se concentra na ata da última decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, em que foi reduzido os juros em 0,25 ponto percentual para a faixa de 4,00% a 4,25% ao ano.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.