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Ibovespa (IBOV) sobe com derrota do governo no Congresso e IPCA; 5 coisas para saber antes de investir hoje (9)

09 out 2025, 10:13 - atualizado em 09 out 2025, 10:14
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) começa a sessão em tom positivo com os investidores reagindo à derrubada da MP da Taxação, alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e ao IPCA abaixo do esperado.

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O cessar-fogo em Gaza, o shutdown nos Estados Unidos e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) também dividem as atenções do mercado nesta quinta-feira (9).

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha alta de 0,23%, aos 142.466,20 pontos. 



O dólar à vista opera próximo da estabilidade ante o real, em linha com o exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,3465 (+0,05%).

Day Trade: 

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Radar do Mercado: 

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta-feira (9)

1- IPCA abaixo do esperado

A inflação no Brasil voltou a subir em setembro diante do aumento dos preços da energia elétrica e mesmo com a queda de alimentos.

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48%, após deflação de 0,11% em agosto, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira (9). Esse foi o resultado mais alto desde março (+0,56%).

A alta acumulada em 12 meses passou de 5,13% em agosto para a 5,17%, afastando-se do teto da meta contínua do Banco Central — de 3,0%, medida pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

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Apesar dos avanços, os números ficaram abaixo das expectativas. De acordo com os economistas ouvidos pela Reuters, o IPCA registraria alta de 0,52% no mês e de 5,22% em 12 meses.

2- Derrubada da MP da Taxação

Na noite de ontem (8), o governo sofreu uma derrota na Câmara dos Deputados com a aprovação de um requerimento que retirou de pauta a Medida Provisória 1.303, que tratava da taxação de aplicações financeiras. Com isso, a proposta perdeu a validade.

Vale lembrar que a medida foi editada na intenção de compensar a perda de arrecadação após o governo recuar de parte do aumento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A previsão era de aumento de um pouco mais de R$ 17 bilhões na arrecadação federal em 2026.

O requerimento, apresentado pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP), foi aprovado por 251 votos a favor e 193 contra, contando com o apoio expressivo de partidos do centrão, como PP, União Brasil e PSD.

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Na prática, o texto foi rejeitado sem sequer ter sido analisado seu mérito. A MP caducaria se não fosse aprovada pelos plenários da Câmara e do Senado até esta quarta-feira (8).

“Hoje ficou claro que a pequena parcela muito rica do país não admite que seus privilégios sejam tocados. Não querem pagar impostos como a maioria dos cidadãos”, criticou a ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, em sua rede social após a votação.

“E não querem que o governo tenha recursos para investir em políticas para a população. Quem votou na Câmara para derrubar a MP que taxava os super-ricos votou contra o país e o povo”, acrescentou a ministra.

3- Novas alternativas ao IOF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentará várias alternativas de medidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a derrota sofrida pelo governo com a MP da Taxação.

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Em entrevista a jornalistas na porta do Ministério da Fazenda em Brasília, Haddad afirmou que a redução dos gastos tributários é uma determinação constitucional e que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que restabeleceu um decreto de Lula sobre o IOF após o Congresso votar pela sua revogação dá “conforto” ao Executivo para chegar ao final do ano.

Além disso, Lula também disse que discutirá como o sistema financeiro pode pagar o imposto devido na próxima semana como alternativa à MP da Taxação, em entrevista à rádio Piatã, da Bahia, na manhã desta quinta-feira (9).

4- Lula à frente de Tarcísio

O presidente Lula manteve sua liderança em cenários das eleições presidenciais, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (9).

A pesquisa registrou que o presidente conta com percentuais que variam entre 35% e 43% nos cenários estimulados de primeiro turno, ocupando a primeira posição em todos eles. Na rodada anterior, em setembro, Lula liderava com patamares de intenção de votos de 32% a 43%, a depender do adversário.

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O levantamento também mostrou ampliação da vantagem do petista sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um eventual segundo turno.

Tanto Tarcísio quanto Lula oscilaram dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos em um eventual segundo turno. A diferença entre os dois, no entanto, passou de 8 para 12 pontos percentuais: Lula registra 45% (eram 43% em setembro), contra 33% do governador de São Paulo, que na rodada anterior contava com 35%.

Em outros cenários, o possível candidato com menor diferença no segundo turno é Ciro Gomes (PDT), que soma 32% e perde para o petista por 9 pontos percentuais.

A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 5 de outubro, com 2.004 entrevistas.

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5- Acordo em Gaza

Na noite de ontem (8), o grupo extremista Hamas anunciou um acordo para encerrar a guerra em Gaza após conversas em torno da proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que inclui a retirada israelense do enclave e a troca de reféns e prisioneiros.

O Hamas pediu a Trump e aos Estados garantidores que assegurem que Israel implemente totalmente o cessar-fogo, acrescentou o grupo em um comunicado.

Logo após, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversou com Trump, que se parabenizaram pela “conquista histórica” da assinatura do acordo de cessar-fogo em Gaza.

Os dois líderes concordaram em continuar sua estreita cooperação, e Netanyahu convidou Trump para discursar no Knesset.

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*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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