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Ibovespa (IBOV) opera de lado com Focus e Trump no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (5)

05 maio 2025, 10:11 - atualizado em 05 maio 2025, 10:15
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Ibovespa abre em queda nesta segunda-feira (5) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta segunda-feira (5) em queda, com a guerra tarifária ainda em ascensão e as projeções do Boletim Focus antes das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,09%, aos 135.006,10 pontos.



O dólar à vista também abriu em queda nesta segunda. Às 9h58 (horário de Brasília), a moeda recuava 0,29%, a R$ 5,6410 na venda.

Day Trade

Resultados

Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta segunda-feira (5)

1 – Projeções para Selic e inflação de 2025 desaceleram antes do Copom

A projeção para a inflação de 2025 desacelerou de 5,55% para 5,53%, no Boletim Focus desta segunda-feira (5). O reajuste acontece antes da reunião do Copom, que acontece nesta semana, nos dias 6 e 7 de maio.

Para 2026 e 2027, as projeções permanecem em 4,51% e 4,00%, respectivamente. Já para 2028, os economistas reduziram de 3,78% para 3,80%.

Em relação à Selic, os economistas reajustaram as expectativas para 2025 de 15%, para 14,75%. Já para 2026 e aos dois anos seguintes, as perspectivas para a taxa básica de juros são 12,50%, 10,50% e 10%.

2- Gerdau (GGBR4), Engie (EGIE3) e outras 2 empresas têm ‘data com’ para dividendos milionários

Quatro empresas têm ‘data com’ programada para dividendos nesta semana de volta do feriado do Dia do Trabalho. Nesta segunda, investidores da Energisa Mato Grosso (ENMT4) garantem direito a parcela de R$ 0,372 em dividendos.

Na terça-feira (6), a Engie Brasil (EGIE3) tem “data-com” para dividendos no total de R$ 715 milhões, ou R$ 0,88 por ação. O pagamento ainda não teve data definida pela companhia.

Por fim, na quinta-feira (8), acionistas da Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) terão o direito a receber dividendos de R$ 0,12 e R$ 0,08 por ação, respectivamente.

3 – ‘A agenda que deveria ter sido, mas não foi’

Nos Estados Unidos (EUA), a prévia do orçamento de Donald Trump para 2026 prevê uma redução de aproximadamente US$ 163 bilhões em despesas do governo, com impactos especialmente severos nas áreas de educação — que teria o orçamento encolhido em US$ 12 bilhões — e saúde, cuja verba seria reduzida em mais da metade, de US$ 9 bilhões para US$ 4 bilhões.

Habitação, meio ambiente, trabalho e programas de ajuda externa também sofreriam cortes. No total, o orçamento proposto ficaria 23% abaixo dos níveis atuais de gasto.

Por outro lado, Trump propõe uma elevação de 13% nas despesas militares, ultrapassando a marca simbólica de US$ 1 trilhão, além de um aumento de 65% no financiamento para segurança de fronteiras, destaca Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

Contudo, trata-se de uma típica proposta de “orçamento enxuto”, aquela espécie de carta de intenções que presidentes costumam apresentar no início de mandato — “mais um compêndio de aspirações políticas do que um plano realista de aprovação no Congresso”.

“O dilema, portanto, está no contraste: uma pauta econômica tecnicamente promissora emergindo das ruínas de uma estratégia comercial improvisada”, diz. “Ainda assim, vale acompanhar — talvez, mesmo por acidente, algo bom finalmente aconteça”, finaliza.

4- Às vésperas do IPCA

Além das projeções da Selic e inflação para 2025 terem sido reduzidas, os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) também reajustaram a projeção para a inflação de abril. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que sai na sexta-feira (9), deve desacelerar 0,43%, segundo o Relatório Focus desta segunda.

É válido ressaltar que em março, o IPCA subiu 0,56%. Na leitura, as maiores influências vieram dos grupos de alimentação e bebidas, que registrou alta de 1,17% e impacto de 0,25 p.p., e despesas pessoais, com 0,70% e 0,07 p.p.

O acumulado do ano do IPCA-15 segue acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para baixo ou para cima.

5- ‘O fim de uma era’

Em Omaha, o mercado financeiro ouviu o anúncio que há anos pairava como uma sombra inevitável: Warren Buffett deixará, até o fim de 2025, o posto de CEO da Berkshire Hathaway.

Segundo Matheus Spiess a notícia veio sem ensaio, surpreendendo até mesmo Greg Abel, seu sucessor na função. “O silêncio inicial rapidamente cedeu lugar a uma longa aclamação de pé: não se aplaudia um executivo, mas uma era inteira da história do capitalismo”, disse.

Agora, o mercado não perde apenas o CEO da Berkshire, mas sim, um dos últimos bastiões de uma visão mais paciente, humilde e metódica sobre o ato de investir. “Fica o exemplo, e com ele a pergunta incômoda: o mercado aprendeu o suficiente com Buffett para continuar sem ele?”, pondera.

*Com informações de Reuters 

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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