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Ibovespa (IBOV) abre em alta de olho na Super Quarta; 5 coisas para saber ao investir hoje (7)

07 maio 2025, 10:10 - atualizado em 07 maio 2025, 10:10
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Ibovespa abre em alta nesta qurta-feira (7). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (7) em alta à espera das decisões das taxas de juros tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos.

Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira avançava 0,39%, aos 134.038,31 pontos.



O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta quarta-feira, à medida que os investidores reagiam a uma possível diminuição das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto aguardam as decisões do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.

Às 9h32 (horário de Brasília), o dólar à vista subia 0,02%, a R$5,7127 na venda.

Do lado corporativo, a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2025 (1T25) segue com a divulgação dos resultados da Klabin (KLBN11), Mercado Livre (MELI34), Bradesco (BBDC4), Minerva (BEEF3), Ultrapar (UGPA3), C&A (CEAB3), Guararapes (GUAR3), Vivara (VIVA3), Auren (AURE3), Engie Brasil (EGIE3) e Taesa (TAEE11).

  • E MAIS: Analista dá o veredito sobre as ações da Vale (VALE3) após o resultado fraco no 1T25; confira

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Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quarta-feira (7)

1 – Fed pressionado

Chegou o Dia D: nesta quarta-feira (7), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) anuncia o futuro da taxa de juros nos Estados Unidos.

A expectativa é de que o Federal Reserve anuncie mais uma manutenção na taxa de juros, que está no patamar de 4,25% e 4,5%. Essa decisão não é surpresa, uma vez que os dirigentes da autoridade monetária adiantaram que o cenário econômico atual pede cautela.

São os próximos passos do Fed que intrigam os investidores. Por um lado, o banco central norte-americano está preocupado com os efeitos das tarifas impostas por Donald Trump aos produtos importados na inflação e geração de emprego.

Por outro, Jerome Powell foi “fritado” por Trump e vem sendo pressionado pela Casa Branca por um afrouxamento monetário mais rápido.

A ferramenta de monitoramento CME FedWatch sinaliza que o mercado está dividido: 68% apostam em uma manutenção dos juros na reunião de junho, enquanto 31,1% projetam uma queda de 0,25 ponto percentual. Outros 0,9% esperam uma redução maior, de 0,50 pp.

O presidente do Fed tem uma coletiva de imprensa marcada para de tarde, logo após o anúncio da decisão monetária.

2- Selic em 14,75%?

Por aqui, o dia é de agenda cheia do lado dos indicadores, com direito à balança comercial, dados de produção industrial e índice de aluguéis residenciais.

Mas a atenção dos investidores é toda da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa do mercado é de que o Banco Central opte por mais uma alta na taxa básica de juros, que atualmente está no patamar de 14,25% ao ano, após cinco altas seguidas, sendo três de 1 ponto percentual.

Para a reunião de maio, o reajuste projetado é de 0,50 pp, elevando a Selic para 14,75% — maior patamar desde agosto de 2006.

A dúvida que fica é sobre os próximos passos do BC. Parte dos analistas apostam em uma Selic terminal de 15%, ainda pressionada pela volatilidade geral do mercado. Outros já consideram uma pausa no aperto monetário, levando em conta que os riscos inflacionários ainda são altos, mas já estiveram piores.

3 – EUA e China terão reunião no sábado em primeiro passo para resolver guerra comercial

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o negociador-chefe de comércio, Jamieson Greer, se reunirão com a principal autoridade econômica da China na Suíça no sábado, disseram autoridades norte-americanas, no que poderia ser o primeiro passo para resolver uma guerra comercial que está perturbando a economia global.

A notícia da reunião no final desta terça-feira fez com que os futuros dos índices acionários norte-americanos subissem acentuadamente, com a retomada das negociações após um segundo dia consecutivo de perdas em Wall Street, alimentadas pela incerteza sobre o tsunami de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.

“Minha impressão é que se tratará de uma desescalada”, disse Bessent à apresentadora da Fox News, Laura Ingraham, durante um segmento do programa “The Ingraham Angle”, após o anúncio da reunião. “Temos que aliviar a escalada antes de podermos avançar”.

Após o anúncio, um porta-voz do Ministério do Comércio chinês confirmou que a China havia concordado em reatar conversas com os EUA.

4- Klabin tem resultado dentro do esperado no 1T25

A fabricante de papel para embalagens e celulose Klabin teve lucro líquido de R$446 milhões no primeiro trimestre, recuo de 3% ante o resultado apurado um ano antes, com um desempenho operacional dentro do esperado pelo mercado.

A companhia teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$1,86 bilhão de janeiro ao final de março, avanço anual de 13%, com a margem passando de 37% para 38%.

Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$1,84 bilhão e faturamento líquido de R$4,89 bilhões, segundo dados da Lseg. Por fim, a receita líquida somou R$4,86 bilhões, crescendo 10% na mesma comparação.

5- Prio (PRIO3) lucra US$ 352,9 milhões no 1T25, alta de 62%

Prio (PRIO3) registrou lucro líquido de US$ 352,9 milhões no primeiro trimestre de 2025, crescimento de 62% em relação ao mesmo período de 2024. O avanço ocorreu mesmo com a queda na margem Ebitda ajustada, que passou de 79% para 66%.

A receita líquida somou US$ 696,9 milhões, alta de 15% na comparação anual. Já o Ebitda ajustado recuou 4%, para US$ 459,3 milhões.

O resultado foi melhor do que esperado por analistas, de receita líquida de US$ 657 milhões, Ebitda de US$ 446 milhões e lucro líquido de US$ 169 milhões, segundo estimativas da XP.

A produção média da Prio foi de 109,3 mil barris por dia, com destaque para o campo de Peregrino. O custo de extração (lifting cost) ficou em US$ 12,8 por barril, ligeiramente acima do esperado pela empresa.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.