Ibovespa (IBOV) abre em alta com primeiro acordo comercial no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (8)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quinta-feira (8) em alta, com primeiro acordo comercial no radar.
Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira avançava 0,06%, aos 133.474,73 pontos.
O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações desta quinta-feira, à medida que os investidores reagiam às decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, enquanto aguardam o anúncio de um acordo tarifário entre Estados Unidos e Reino Unido.
Às 10h (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,68%, a R$ 5,7065 na venda.
Do lado corporativo, a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2025 (1T25) segue com a divulgação dos resultados do Inter (INBR32), Energisa (ENGI11), Itaú Unibanco (ITUB4), Ambev (ABEV3), 3tentos (TTEN3), Cogna (COGN3), B3 (B3SA3), Hapvida (HAPV3), MRV (MRVE3), Tenda (TEND3), PetroReconcavo (RECV3), Alpargatas (ALPA4), Assaí (ASAI3), Lojas Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3), Petz (PETZ3), Ecorodovias (ECOR3), Localiza (RENT3) e Suzano (SUZB3).
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Day Trade
Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quinta-feira (8)
1 – Habemus acordo comercial
Saiu a fumaça branca — mas nós não estamos falando do novo papa. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em suas redes sociais que o país fechou o seu primeiro acordo tarifário e que ele será anunciado às 11h (no horário de Brasília) desta quinta-feira (8).
O país com quem o acordo foi feito ainda não foi revelado, mas a mídia internacional especula que seja o Reino Unido, que está inserido na cota mínima de 10% de tarifa imposta pela Casa Branca.
A notícia animou o mercado, que vem sofrendo há semanas com o temor de uma guerra comercial e eventual recessão da economia norte-americana.
Vale lembrar que, no próximo sábado (10), os EUA e a China devem dar início às negociações em busca de um acordo comercial. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o negociador-chefe de comércio, Jamieson Greer, se reunirão com a principal autoridade econômica da China, na Suíça.
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2- Decisões dos juros
E os juros devem permanecer altos por mais um tempo. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que ainda é “muito cedo” para movimentações na política monetária, alegando que as incertezas são elevadas.
“A incerteza sobre a trajetória da economia é extremamente elevada. […] Os riscos de maior desemprego e maior inflação parecem ter aumentado [após o anúncio das tarifas], mas ainda não se materializou nos dados”, afirmou.
Por aqui, os investidores digerem a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A decisão do Banco Central de elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75%, já estava precificado em não pegou ninguém de surpresa.
O que deixa o mercado incomodado é que o Comitê não forneceu uma orientação para a decisão de junho — um dos pontos mais esperados nos últimos dias.
“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, disse o comunicado.
Com a falta de clareza do comunicado, o mercado agora se divide entre as apostas de fim aperto monetário já nessa decisão e a chance de uma última alta de 0,25 ponto percentual no atual ciclo de aperto monetário na próxima reunião do Copom em junho.
3 – IGP-DI volta a subir em abril com alta de 0,30%, mas fica abaixo do esperado
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 0,30% em abril, mas registrou resultado abaixo do esperado, depois de cair 0,50% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (8).
A expectativa em pesquisa da Reuters com economistas era de uma alta de 0,35% no mês.
No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,20%, revertendo a direção após a baixa de 0,88% no mês anterior.
4- Preços ao Produtor recuam pelo 2º mês seguido, a 0,62% em março
Os preços ao produtor no Brasil recuaram em março pelo segundo mês seguido diante da queda nos preços dos alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,62% em março sobre o mês anterior, depois de ter caído 0,12% em fevereiro. Os dois meses de deflação seguiram-se a 12 resultados positivos seguidos. O resultado do mês levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 8,37%.
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5- Bradesco (BBDC4): Lucro salta 39% no 1T25, chega a R$ 5,9 bilhões e bate expectativas
O Bradesco (BBDC4) reportou lucro recorrente de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. O número ficou acima do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 5,3 bilhões no período e animou os investidores.
Após sequência negativa, com rentabilidade bem abaixo dos pares e índices de qualidade, incluindo inadimplência, que mostraram deterioração preocupante, o Bradesco tenta ‘acertar a mão’ no ano, algo que já foi visto no primeiro e no segundo trimestre, onde as despesas e a margem com cliente mostraram evolução.
As American Depositary Receipts (ADRs) do banco operam em alta no pré-market da Bolsa de Nova York, após o banco reportar lucro no primeiro trimestre de 2025.mgora de manhã, por volta das 8h, as ADRs que representam as ações do Bradesco (BBD) disparavam 9,25%, após fecharem em queda de 3,40%.
*Com informações de Reuters