Ibovespa (IBOV) abre em alta e repercute dados de inflação e balanços do 1T25; 5 coisas para saber ao investir hoje (9)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta sexta-feira (9) em alta, com primeiro acordo comercial no radar.
Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira avançava 0,15%, aos 136.435,03 pontos.
O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nesta sexta-feira, a caminho de fechar a semana com pouca variação, à medida que os investidores aguardavam as discussões entre autoridades de Estados Unidos e China no fim de semana enquanto avaliavam dados de inflação no Brasil.
Às 10h (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,01%, a R$ 5,6615 na venda.
Do lado corporativo, a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2025 (1T25) segue com a divulgação dos resultados da Porto Seguro (PSSA3) e Braskem (BRKM5).
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Day Trade
Radar do mercado
Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta sexta-feira (9)
1 – IPCA sobe 0,43% em abril e acumula alta de 5,53% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,43% em abril, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). O número indica uma desaceleração em relação à alta de 0,56% apurada em março.
A inflação acumula alta de 2,48% no ano e de 5,53% em 12 meses. No mês passado, esses números eram de 2,04% e 5,48%, respectivamente.
O acumulado de um ano do IPCA segue acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para baixo ou para cima. Ou seja, levando em consideração a banda, a inflação pode ser de 1,5% na mínima e 4,5% na máxima.
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2- IPCA pode indicar novo aumento nos juros?
O último pregão foi de ganhos, com o acordo comercial dos Estados Unidos e Reino Unido mostrando que a Casa Branca está disposta a negociar as tarifas recíprocas e evitar uma guerra comercial. Mas isso foi ontem. Hoje (9), o mercado brasileiro acompanha a divulgação da inflação.
A alta do indicador acima das projeções pode amargar o humor dos investidores. Isso porque, no comunicado da última quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) não forneceu uma orientação para a decisão de junho — um dos pontos mais esperados nos últimos dias.
“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, disse o comunicado.
Com a falta de clareza do comunicado, o mercado agora se divide entre as apostas de fim aperto monetário já nessa decisão e a chance de uma última alta de 0,25 ponto percentual no atual ciclo de aperto monetário na próxima reunião do Copom em junho.
3 – EUA e a China devem dar início às negociações no sábado (10)
Lá fora, o dia é de agenda esvaziada, com o mercado ainda aproveitando o otimismo com os futuros acordos comerciais de Trump.
No sábado (10), os EUA e a China devem dar início às negociações em busca de um acordo comercial. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o negociador-chefe de comércio, Jamieson Greer, se reunirão com a principal autoridade econômica da China, na Suíça.
No entanto, Bessent já ressaltou que essa primeira conversa se concentrará na redução das tensões comerciais entre os dois países, e que não deve ser esperado um grande acordo.
Em abril, os dois países escalaram uma guerra comercial com o aumento de tarifas contra produtos importados — 145% impostos pelos EUA e 125% pela China.
4- Itaú (ITUB4): Lucro sobe 14% e vai a R$ 11 bilhões no 1T25, em linha com expectativa
O Itaú (ITUB4) registrou lucro recorrente gerencial de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 14% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (8).
A cifra ficou dentro da expectativa da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 11 bilhões.
De acordo com o banco, o número foi motivada pela combinação de um mix saudável da carteira de crédito e de uma inadimplência controlada.
Conhecido por ser um relógio suíço, devido à sua entrega de resultados recorrentes, o Itaú confirma, assim, o bom momento operacional que vive nos últimos anos.
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5- B3 (B3SA3) tem lucro recorrente estável em R$ 1,13 bilhão no 1º trimestre
A B3 (B3SA3) registrou lucro líquido recorrente praticamente estável no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, em R$1,13 bilhão, conforme relatório de resultados divulgado nesta quinta-feira.
Analistas, em média, esperavam um lucro líquido de R$1,16 bilhão para a operadora da bolsa paulista nos primeiros três meses do ano, de acordo com dados compilados pela LSEG.
*Com informações de Reuters